Terça-feira, 21 de Julho de 2009 - 1oh37
Cochilo da Revisão e Canalhice Editorial
Posso garantir, o propósito não é “pegar no pé” do Jornal da Cidade. Mas não dá para ficar na moita quando os coleguinhas diplomados em Comunicação Social (Jornalismo) e defensores do diploma com unhas e dentes, mesmo tentando dar algum “molho” crítico às maracutaias envolvendo a prefeitura de Aracaju e as ONGs, cometem deslizes na briosa língua pátria e abusam dos limites éticos. Senão vejamos (nota publicada hoje na coluna Periscópio):
ONGsSe o Ministério Público estiver disposto a fazer uma rígida fiscalização e apuração da atuação das organizações não-governamentais (ONGs) vai encontrar muitos políticos, senão como donos, apoiadores e recebedores de apoios de pessoas que comandam as instituições, que viraram braços do poder público na politicagem. Em Sergipe, ao que parece, a ONG mais séria é a do “Almir do Picolé”. Ou não?
Alô revisão, o correto seria ... políticos, se não* como donos...
Agora, sinceramente, não teve a menor graça a chinfra com a Creche Almir do Picolé. O cara é um abnegado, pé rapado --ou “urêia seca” como queiram. Vive nos semáforos sob sol ardente recolhendo uns trocados para tocar sua “ação social” e recebe esse petardo gratuito e completamente fora de propósito. Uma alusão idiota pela falta de conteúdo real e visceralmente canalha por comparar Almir do Picolé com a camarilha que se instalou na prefeitura de Aracaju para sorver gordos dividendos do erário através de Organizações Não-Governamentais.
Pelo trabalho humanitário e verdadeiramente social que realiza, Almir do Picolé merece muito respeito.
O jornalista diplomado e defensor do diploma lotado no Jornal da Cidade deveria, sim, levantar a bunda da confortável cadeira de lisonjeador oficial e investigar de verdade os negócios milionários atrás do biombo dessas ditas ONGs. Deveria procurar, por exemplo (vai aí a pauta!) onde se ligam as entidades “Missão Criança Aracaju”, da senhora Eliane Aquino, esposa do governador Marcelo Déda, e a “Recriando – Inclusão e Cidadania”. Saber quem são seus reais proprietários e provedores já seria um bom começo de conversa.
Com sua maldosa e irresponsável ilação contra Almir do Picolé, uma brincadeira típica de moleques porquanto desprovida de argumentos factuais ou evidências comprovadas de desvios éticos, o Jornal da Cidade se nivela a um mural oficial, ocupado unicamente por criar cortinas de fumaça para mascarar verdades incômodas a quem está no comando. Triste sina!
- (*) Rápida aulinha de gramática da língua portuguesa aos diplomados do JC: senão é conjunção adversativa e preposição, com o sentido de: 1. do contrário, caso contrário, de outro modo, de outra forma; 2. mas, mas sim; 3. mais do que; 4. a não ser. Já se não são duas palavras distintas; conjunção subordinativa condicional se + não advérbio de negação; significa dizer “caso não”.
Volto mais tarde! A todos um bom dia.
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veja o texto original:
Um comentário:
O Zorro do “D” afiado
Meu adorado escroto amigo, compadre e antidiploma David Leite, concordo com a crítica aos diletos porta-vozes do “Dedismo” em Sergipe. Os contrapontos acusatórios a Cláudio Nunes são reais.
Porém, a fantasia e egocentrismo, praticado diariamente neste blog, contra quem defende o direito de proteger a classe diplomada, já está passando dos limites, bom gosto, da sensatez entre outras denominações.
A nova ocupação como ombudsman dos diários de Sergipe é uma atração que deveria ser absorvida pelas redações dos folhetins sergipanos. Peca apenas ao centrar as forças e conhecimentos da língua no JC, deveria escolher um por dia.
Em tempo, solicito a correção gramatical do comentário.
Abraços,
Marcelo Gomes - DRT 825/SE
Jornalista com diploma.
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