Quarta-feira, 22 de Julho de 2009 – 21h45
Cláudio Nunes, o Comunista-Colunista do Patronato
Passaram a ser corriqueiros os sistemáticos ataques dos lisonjeadores do governador Marcelo Déda, especialmente os travestidos de analistas políticos, contra os sindicatos de servidores públicos estaduais. Por vezes são ataques sutis, disfarçados sob o manto da “legalidade” ou mesmo dos “interesses maiores do estado”.
Representantes dos professores, dos policiais e até dos médicos já foram acusados de toda sorte de mazelas, notadamente os sindicalistas ligados ao Partido dos Trabalhadores, por essa camarilha esquerdista lotada nos órgãos de imprensa.
Detalhe sórdido: quando o governador Marcelo Déda não quer se comprometer publicamente, até para evitar arranhar ainda mais a já carcomida imagem pública, usa o bando de lisonjeadores oficiais para fazer o serviço sujo.
Nem sempre, contudo, tais investidas encontram uma pena adequadamente adestrada na arte de bajular o chefe maior, o “número um” como denominado pelo saudoso Flávio Conceição, e concomitantemente “mandar bala” de modo eficiente em quem cobra o cumprimento das muitas promessas feitas pelo governador das mudanças para pior
O “serviço” de hoje foi encomendado ao comunista-petista Cláudio Nunes, comandante do Diário Oficial Eletrônico do governo Marcelo Déda no Portal Infonet. Para desqualificar a luta por direitos adquiridos dos servidores da antiga Cohidro, Cláudio Nunes abjurou o ditame marxista de “trabalhadores em primeiro lugar” e passou a reverberar como verdade absoluta o prodigioso discurso do patrão Marcelo Déda.
Atacou ele em suas mal traçadas linhas: “Não pode aplaudir (referência aos sindicalistas) um aumento salarial ou qualquer outra vantagem quando estas têm origem na ilegalidade. Então só se denuncia como errado aquilo que não favorece a eles? Se auferir (sic) alguma vantagem por meio ilegal é válido? Omissão como essas e outras se traduz em crime que não sei tipificar...”.
- Pausa rápida para uma aulinha de gramática da língua portuguesa. Por favor, Claudinho, Se auferir, não. Auferir, sem conjunção subordinativa condicional, dileto jornalista diplomado...
Voltando à vaca fria. Sem conhecer os meandros daquilo que comenta (“crime que não sei tipificar”), Cláudio Nunes avoca-se à defesa intransigente do governo Marcelo Déda desprovido de argumentação plausível. Ao confundir tripas com coração, acaba por favorecer a luta dos servidores, pois muitos deles agora se sentem ludibriados e moralmente “inferiores” quando comparam os salários aos de policiais civis e militares, por exemplo.
Na ânsia de babar o escroto do chefe maior sem deixar escorrer uma única gota de saliva, o lisonjeador-mor do governador Marcelo Déda no Portal Infonet “informa” ter a procuradoria estadual questionado os ganhos de servidores da Cohidro na Justiça do Trabalho, de quem obteve autorização para proceder “cortes, inclusive com retroatividade, em favor do Estado (dos cidadãos)”.
Às questões: porventura os servidores da Cohidro não são também cidadãos no pleno gozo do direito constitucional de arguir na Justiça qualquer “sintoma” de prejuízo, incluindo os de ordem salarial? Os sindicalistas da Cohidro não estariam apenas cumprindo o dever quando defendem uma categoria organizada civil e socialmente, que se sente ofendida no seu direito? Quem acreditou na cantilena poética do Céu na Terra feita pelo governador não pode agora cobrar que Ele finalmente a cumpra, inclusive através da Justiça?
Mas Cláudio Nunes apenas cumpre ordens, minha gente. O patrão é quem manda e Ele --o patrão-- tem sempre razão nas “análises” do camarada Cláudio Nunes. Os servidores da Cohidro e qualquer um que ouse discordar, cobrar promessas, criticar deslizes ou que promova qualquer desilusão no patrão dele que se...
Bem, o interessante de tudo isso é verificar que já não se faz mais comunista com vergonha na cara como antigamente.
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