:::: Terça-feira, 16.10.2007 :::: Edição N170 ::::

ATÉ QUANDO? O fleumático prefeito comunista de Aracaju tem-se mostrado muito mais que apenas um homem educado quando o assunto são as composições de bastidores para afastá-lo da disputa à reeleição. Tolerante é a palavra para definir com mais precisão a postura elegante de Edvaldo Nogueira Foguinho diante dos “aliados”. Ao largar a prefeitura e concorrer ao governo, Marcelo Déda apostou na desenvoltura administrativa e política de Foguinho de chegar ao pleito com algum cacife eleitoral. O prefeito comunista, porém, vagueia sem atingir o coração do povo. Por vezes parece sofrer de “síndrome da sombra”. De tanto apoiar-se e influir-se de Sua Alteza Real, Foguinho incutiu transfigurá-lo do tom do discurso voluntarioso e poético às madeixas. Mas do outro lado da rua, petistas cujo interesse político não inclui o prefeito comunista, desde então trabalham pela indicação de um candidato puro-sangue. O desejo de manter sob tutela todas as instâncias executivas (federal, estadual e municipal) é ardil para o grupo cortar o suprimento de gás de Foguinho, visando irritá-lo tanto quanto for possível. O melhor exemplo da provocação com vara curta está na aprovação, com os votos da bancada governista, do requerimento do vereador democrata Sandro de Miro solicitando informações sobre as toneladas de remédios com validade vencida queimados pela Secretaria de Saúde. A “revolta silenciosa” da bancada “aliada” deu ao grupo adversário a oportunidade para chafurdar num tema cujo teor bombástico promete render boas manchetes. Mas como apregoa o próprio Foguinho, a questão “candidatura” não lhe tira o sono nem muda a trajetória do trabalho. Resta saber até quando o prefeito comunista vai agüentar tanta desfaçatez...

  • Eleição de 2008 – O maior medo dos vermelhos é ter de enfrentar na urna o suposto candidato dos democratas, João Alves Filho. Semanas atrás, o deputado Mendonça Prado lançou o nome do ex-mandatário como “única opção plausível para promover a mudança de 20 anos de mando da esquerda em Aracaju”. Ontem, quem fez menção de apoiar João Alves Filho foi o senador Almeida Lima: “Se o bloco que faz oposição ao atual governador entender que JAF deve ser candidato único, eu poderei apoiá-lo. É preciso ter projeto para implantar o novo na política de Sergipe, pois o que está aí não tem nada de novo”. O receio petista ancora-se na falta de apelo eleitoral do prefeito comunista Edvaldo Nogueira e na desconfiança no santo-deputado Jackson Barreto, que também se lançou candidato “como opção para evitar que a direita sonhe com a prefeitura”. Nomes o PT até tem. Contudo, depois que o governador Marcelo Déda prometeu apoio incondicional a Foguinho, o desejo deles murchou um pouco. As trapalhadas e irregularidades nas pastas geridas por Rogério Carvalho e Ana Lúcia Menezes também inibem vôos maiores. Com o quadro sucessório tamanhamente embaralhado, somente um ponto sobressai como constatação absoluta: Foguinho que se segure. Com aliados deste naipe, ninguém precisa de oposição!

ESTRÉIA O ex-secretário estadual de Comunicação, jornalista César Gama, assina desde ontem coluna (segundas e quintas-feiras) no portal INFONET, o de maior abrangência em Sergipe. No artigo de estréia, César explica a gigantesca diferença entre gestão pública e gerência privada. O contexto é a “economia” de 578 milhões de reais feita pelo governo do PT como se fosse um trunfo da administração: “Finalmente estamos perante um Estado, uma instituição que se caracteriza por arrecadar recursos para investir em prol do bem estar dos seus cidadãos, ou estamos diante de um banco, uma instituição financeira que poupa recursos para investir no mercado? O estado pretende aplicar na Bolsa de Valores? É de se argüir se por acaso a incompetência aliou-se à irresponsabilidade e se uniu à delinqüência política, num triunvirato macabro em favor de sacripantas e contra a sociedade sergipana...”. Leia mais em: http://www.infonet.com.br/cesargama/ler.asp?id=66540&titulo=cesargama

Nenhum comentário: