E.Zine 14/09 N150

(E)VIDÊNCIA

Pressionado por inquestionáveis provas, Rogério Carvalho admitiu ter comprado R$ 40 milhões sem licitação. Outros R$ 130 milhões, também publicados no DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO, ainda não foram confessados. Enquanto a confissão não vem, o brilhante rapaz segue abusando de critérios pouco ortodoxos de gestão.
No início da semana, o DOE com o edital 240/07 a tratar sobre compras de material hospitalar foi distribuído pela Imprensa Oficial exatamente uma hora depois de vencido o prazo para a abertura das propostas. Apenas empresas com vidente e as com ouvidos privilegiados na Secretaria Estadual de Saúde tiveram acesso à licitação. Sem afortunadas dádivas, o resto do empresariado ficou de fora.
Teria Rogério Carvalho descoberto uma fórmula mágica de fazer parecer lícitas as concorrências nas quais vermelhos descolados nutrem particular interesse? Estaria o brilhante rapaz a fingir e falsear licitações para atender tais fins? Como acreditar numa asneira dessas?
Entrementes, há a chata daquela pedra a interpor-se neste tortuoso caminho das elucubrações. Ontem, a mesmíssima "estratégia" foi reprisada! Circulou com prazos limites vencidos o DOE com o edital de licitação 245/07 visando contratar uma empresa especializada em serviços de informática. A abertura das propostas estava prevista para 14h00 de 12.09, com início do pregão às 15h00 do mesmo dia. A publicação (DOE 30.09), porém, só foi distribuída cerca de 20 horas depois de prescrito o prazo de abertura das propostas.
Novos (e bons) tempos para videntes e tirados a sabido!

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BATE-BOCA INSENSÍVEL
O chefe da Procuradoria-Geral de Sergipe, Márcio Leite Rezende, desmentiu as acusações de que os vermelhos estariam dificultando as investigações das mortes de 11 bebês na UTI neonatal da Maternidade Hildete Falcão Baptista, feitas pelo promotor de Justiça Rony Almeida, do Ministério Público Estadual. Diz ele, o Estado não negou acesso às informações. Apenas requisitou ao MPE a adoção de mecanismos legais para obtê-las.
O bate-boca ocorre porque o procurador não está satisfeito com o relatório elaborado pela Secretaria Estadual de saúde apontando como causa das mortes "condições clínicas e orgânicas dos próprios bebês e não um surto infeccioso", conforme denunciado.
O interessante de tudo, pelo menos do ponto de vista das parturientes, é o freio nas mortes. Mesmo sendo ainda muito precárias as condições gerais da Hildete Falcão. Parece que era tudo uma questão de limpeza!
Enquanto o bate-boca se dá bem longe dos reais problemas, a maternidade Nossa Senhora de Lourdes, com equipamentos de última geração e capacidade para atender mais de 50 partos de alto risco, permanece fechada. Haja insensibilidade...

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