E.Zine 22/08 N133

COISAS DA POLÍTICA Bate-boca nos programas matutinos do rádio sergipano é rotina. Ontem mesmo o deputado José Carlos Machado soltou o verbo ("Liberdade Sem Censura", FM LIBERDADE). Classificou de irrelevante e irresponsável o relatório preparado por Sua Alteza Real, através da Controladoria do Estado, no qual é sugerida ao Tribunal de Contas a rejeição das contas do ex-mandatário. Do outro lado do imbróglio o secretário-controlador Adinelson Alves da Silva. Disse ele ter feito um relatório técnico, independente e responsável. "Irresponsável foi o ex-governador". Para Machadão, haveria de parte do garboso príncipe a intenção clara de perseguir o ex-mandatário, usando um documento sem substancialidade. "Por que criar tanto tumulto em cima do assunto se não for apenas por questões meramente políticas?". Numa coisa o deputado tem razão. No relatório, Sua Alteza Real alega ter recebido o estado com R$ 151 milhões em débitos não quitados. Contudo, além de honrar todos os compromissos (folha salarial, repasses constitucionais, pagamentos por obras, serviços e parcelas de dívidas contraídas nos últimos 20 anos), não obstante a letargia administrativa e na arrecadação tributária, ele ainda conseguiu economizar mais de R$ 250 milhões. Por outro lado, nenhum credor reclamou não ter recebido por serviços contratados ou produtos vendidos até 2006. E dívida sem cobrador na porta? Só se for promessa a santo! E olhe lá... Aliás, aqui já se comentou sobre a genialidade gerencial do garboso príncipe, motivo inclusive para a Ciência fazer estudos econômicos mais aprofundados. O mundo precisa saber: pegou um estado quebrado e logo nos primeiros meses fez-lo transformar-se em superavitário (CASOS EXTRADORDINÁRIOS, 17/08), a ponto de se dar ao luxo de deixar os cofres engordando. Voltando a José Carlos Machado. O alerta do deputado corrobora com as ações de bastidores praticadas pelos vermelhos. E por mais que se queira negar, fica cada vez óbvio o jogo rasteiro para tornar inelegível o ex-mandatário. Sem concorrente, Sua Alteza Real teria a tranqüilidade de permanecer fazendo o arroz com feijão, e quem sabe até sonhar com um novo mandato... Assim é a política!

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