E.Zine 08/05 N58

O DIA "D" Sua Majestade terá hoje uma prova de fogo. Os professores decidiram em assembléia (03/o4) deflagrar a campanha "Sinal de Alerta". A categoria está mobilizada esperando a resposta do príncipe ao ofício solicitando um posicionamento oficial até esta terça-feira sobre o índice de reajuste salarial. Caso Sua Majestade não acene com algum diferencial de pagamento, os professores prometem parar as escolas. Não seria a primeira paralisação de servidores estaduais na vigência do novo governo, mas por representarem a grande maioria dos funcionários - ao todo são quase 50% - e ter grande poder de influência junto à juventude e à comunidade, uma greve agora seria extremamente desastrosa à imagem pública do príncipe. O homem prometeu mundos e fundos aos professores durante a campanha, usando inclusive o sindicato da categoria, que agora se rebela contra Sua Majestade em função das palavras não cumpridas. Membros influentes da Corte Real, no entanto, garantem que nada será mudado. Os 2,94% do reajuste anunciado há quase um mês continuam valendo para todos, mesmo que no cofre repousem em berço esplêndido quase R$ 200 milhões de reais, talvez aguardando um fim mais proveitoso. Agora só resta esperar! Terá o príncipe queixo suficiente para atender à reivindicação dos professores e deixar a ver navios as demais categorias? Por outro lado, teria Sua Majestade estômago para agüentar uma greve barulhenta como fazem os educadores? Enfim, só o desenrolar deste dia dirá. PETISCO PARA UMA RÁPIDA REFLEXÃO A vida tem cada coisa! Observe esta: o Diário Oficial do Estado (DOE) de 10.04.2007 (publicado em 25.10.2007) trazia a informação sobre a dispensa de licitação para obra em caráter de urgência no Centro de Atendimento ao Menor, o famigerado Cenam. Valor do contrato: R$ 1,53 milhão. Alguns pontos deixam um tremendo rastro malcheiroso nesse contratinho. Por que a pressa? Não se poderia fazer a obra no prazo legal de licitação, que é de 90 dias? Por que usar o "truque" esperto de aumentar em R$ 30 mil o valor da obra para "enquadra-la" ao regime de urgência/dispensa de licitação? Como foi que a obra teve início antes mesmo de a notificação de dispensa ter sido publicada no DOE? Como uma empresa poderia se apresentar para realizar a obra sem ter tido informação privilegiada do Dehop (Departamento Estadual de Habitação e Obras Públicas)? Quem avisou a empresa? Como foi negociado o pagamento da empreiteira?

Um comentário:

Anônimo disse...

David, sei que este comentário nada tem a ver com postagem. Mas, a minha intenção é aproveitar o espaço e a agilidade do blog para exercer minha cidadania e destacar a filosofia de “uns com tão pouco e outros com tanto (às vezes, sem necessidade)” nas obras da prefeitura de Aracaju.
Enquanto ouvimos reclamações de moradores de várias partes da cidade sobre a falta de benfeitoras básicas em seus bairros, aqui onde moro nós vemos o excesso sem critério nas obras de pavimentação.
Resido na Farolândia, próximo à unidade infantil do Colégio Arqui (por trás do Posto Petrox) e não entendo a decisão do município em asfaltar aquela região, formada apenas por ruas secundárias e inteiramente residenciais. Por motivo de economia não é, porque apesar de alguns trechos terem sido asfaltados sobre a terra batida, em outros foi por cima de paralelepípedos em perfeitas condições. Aliás, seria este o piso mais adequado para toda a área. Se não, vejamos algumas consequências do asfaltamento: induz os carros à velocidade (em pouco tempo serão construídos os infames quebra-molas para diminuir as conseqüências); impermeabiliza o terreno e acaba com o bucolismo que a região possui (conseguiram enfeiar as ruas). Será que não entendem que nem sempre asfalto significa progresso?