FORÇAS OCULTAS…
Por David Leite*
“A história sempre se repete, a primeira vez como tragédia e a
segunda como farsa”, ensinava o nauseabundo Karl Marx... no que
estava coberto de razão.
Se ligue o respeitável público que o nosso amado presidentO Capitão
Brucutu Leão, o Rei dos Animais, não caiu agora, sendo forçado a
renunciar (por completa impossibilidade de governar – no caso dele,
aliás, desgovernar), por ter “aceitado” a imposição das forças
ocultas para não atrapalhar (ainda mais) o progresso do braziU.
Inconformado com a repentina notoriedade de Luiz Henrique Mandetta em
razão do seu desempenho racional na crise do coronavírus, Jair
Bolsonaro, lastreado nos cliques e memes dos buts (robôs) e da
militância olavo-bolsonarista na internet, queria nesta
segunda-feira 6, por fim da força (e tomado por um ciúme colossal
que lhe corrói a autoestima), demitir o ministro da Saúde. Era
assinar o decreto e ver todo o gabinete – ao menos a parte que faz
a máquina funcionar e não está lá por amor ao chefe – pedir
penico e desocupar a moita.
Pensou melhor o falastrão sem beira ou eira, e deu de ré... como
fazem, ademais, os covardes ou os apegados às benesses do poder.
Mas o Grande Mentecapto, não se enganem as senhoras e os senhores,
vai tentar atrapalhar de novo, tão logo se sinta forte o bastante
para fazê-lo, posto que por ora, afora a turba babaovista, Jair
Bolsonaro, que já vem sendo chamado de JaFoi Bolsonaro, perdeu apoio
na maioria dos setores da população, conforme apontam recentes
pesquisas de opinião pública.
Em resumo, o povão, com a lucidez que lhe é peculiar, já não o
ouve mais. E justamente por isso, por essa homérica falta de
respaldo popular, o nosso presidentO virou um chefe de Estado
decorativo, um bibelô! Achou que poderia mobilizar as massas, tal
fez um Getúlio Vargas, e acabou se transformando num Jânio Quadros,
sem uma lamuriosa carta de renúncia e, pior de tudo, faltando também
aquela verve parnasiana e por vezes hilária do outro maluco…
Confesso, não me espanto com a grandiosa falta de leitura da
realidade real da alta política de parte dos analistas de Zapzap,
sobremodo o desconhecimento da história recente do País e da cabeça
do brasileiro, especialmente de quem elege os políticos... É que a
militância exacerbada atrapalha a análise objetiva e, digamos, um
pouco mais isenta – ops!, os “isentões” ao que parece estão
em alta.
Sigamos às cenas dos próximos capítulos! O braziU, afinal, não é
para amadores (rsrsrsr)…
[*] É consultor em Marketing Político e Eleitoral.
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