“SAMBA DO
EXPURGO”, DO POETA CARLOS CAUÊ
A turba não
perdoa! Rendeu uma chiadeira daquelas a publicação no Facebook do
já célebre “Samba do Expurgo”, do poeteiro, jornalista e
marqueteiro nas horas vagas Carlos Roberto da Silva, o nosso amado e
incensado Carlos Cauê, secretário de Governo da Prefeitura de
Aracaju.
Tudo sugere, o que
seria apenas mais um poema de desagravo a um amor ora muito
indesejado, urdido ao estilo de “Não Enche” [Caetano Veloso] por
um macho alagoano – talvez traído! –, acabou misturado às
discussões deste Mês da Mulher. A patrulha politicamente correta
caiu matando…
Já tem gente nas
redes sociais acusando Carlos Cauê de machista e misógino, por
descrever “formas de violência contra a mulher como necessárias
para a superação do passado”, algo que, “pela estética e
conteúdo”, teria como fito “romantizar a violência”. Santa
danação! Haja criatividade, em torno de um momento infeliz…
De fato, o texto
de Carlos Cauê é forte, demasiado forte e certamente foi cometido
num momento “sensível” no qual a recorrente violência contra a
mulher permeia – para usar uma palavra cara ao cujo – o debate.
Para evitar aquecer a querela, ele achou por bem expurgá-lo de sua
página. Agiu certo, diante de tamanho mau gosto!
Escrever sobre o
amor não torna o autor do texto amorável, da mesma forma que
verbalizar violência não faz de ninguém algo além de um
boquirroto. Poetas são por natureza provocadores, agitadores
cerebrais! Neste acalorado “Samba do Expurgo”, o verdadeiro
“crime” de Carlos Cauê foi provocar o cão com vara curta,
justamente quando este está sedento de razão.
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