“AU REVOIR”, DEPUTADO; E O CHULÉ DE FÁBIO HENRIQUE
Desde ontem, estou encucado! Teria o sobrenome “Barreto” do deputado estadual capitão Samuel Barreto influenciado o parlamentar a juntar-se ao “primo” Jackson Barreto, por um desses inusitados da vida, ora detentor do Diário Oficial de Sergipe? Que odor tamanhamente atrativo exala dos pés do ex-prefeito Fábio Henrique para fazer um quase-desafeto querer cheirá-los?
Não, até onde se sabe, há apenas coincidência entre os “Barretos” do deputado e o do festivo desgovernador sergipano. Daí em diante, nada mais se ajusta no que se pode definir como “normalidade” política – a não ser a “normalidade” própria da política, onde nada é “normal”, para usar uma palavra cara ao meu ilustre compadre Antônio Carlos de Oliveira Xocolate.
Após um namorico que perdurou por longos seis meses, e por “entender que a mudança de postura – da crítica ferrenha ao acoitamento [palavras minhas] – seria bom não apenas para a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros, como também para o conjunto da população”, conforme informa Joedson Teles em sua coluna hoje, capitão Samuel Barreto dá adeus à oposição, finalmente.
Por mim, já vai tarde! Aliás, a oposição precisa se livrar de quem não se enxerga como opositor de verdade, uma depuração necessária até para evitar conchavos por baixo dos lençóis. Melhor assim: que fique tudo e todos às claras, cada qual no seu quadrado. “Au revoir”, deputado…

Chulé – Quem vez por outra não já foi vítima de podobromidrose [leve ou pesada], especialmente ao final de um extenuante dia quente, no qual não se deu trégua ao pés, entalados num sapato? O característico odor dos pisantes – não necessariamente chulé, diga-se! – provoca até fetiche sexual: gente que adora transar cheirando ou lambendo os pés do parceiro. Não parece ser o caso da cena produzida por Fábio Henrique e um ex-auxiliar, e distribuída ontem na Internet.
Na rocambolesca cena, refastelado num “sofá-trono”, movido a cerveja e cercado por um séquito que incluiu até fotógrafo para registrar o cheira-pé, o “Rei de Socorro” estica o pesão coberto por uma meia e, magnanimamente, o entrega para seu ex-assessor Luís Paulo Panzuá apreciar-lhe o chulé! Na verdade, tratava-se de um pedido de perdão do ex-auxiliar ao chefe querido.
Alguns dias antes, de cara cheia de “água que passarinho não bebe”, Luís Paulo Panzuá abusou da língua e, sem saber que estava sendo gravado, disse para quem quisesse ouvir – e meu amigo Gilmar Carvalho ajudou na audição, ao divulgar o áudio no NE Notícias – que Fábio Henrique e Cléverton Siqueira “são ladrões”. A ameça de ambos de acionar a Justiça operou como um milagre, e lá foi Luís Paulo Panzuá chorar aos pés do ex-prefeito e dizer-lhe que era tudo mentira.
Se de um lado, para Luís Paulo Panzuá a patacoada reforça a tese da subserviência humilhante de um falastrão irresponsável que, tomado pela alucinação etílica, sai por aí a difamar pessoas; do outro, “queimou o filme” de Fábio Henrique. Se a intenção era galhofar com o fato – uma forma diferente de dizer, “tudo certo, deixa para lá!” – e seguir adiante, a cena do cheira-pé deixou a impressão de falta de noção do perigo que certas ações produzem na imagem pública.
Dito isso, o povo tem razão ao não levar os políticos a sério. Mesmo que tudo não passe de uma inocente brincadeira, aos olhos dos “súditos” até um monarca tem limites. Faltou bom-senso…





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