O HUMOR SÉRIO DE CARLOS CAUÊ
Os publicitários Carlos Cauê e Júnior Aragão sairão deste pleito eleitoral com um “case” radical nos currículos, do tipo que abalará as estruturas da propaganda política mundial. Aquelas cabeças geniais pariram o primeiro quadro de humor sério da galáxia – de tão sério, nem precisa fazer rir.
A ideia era contrapor um esquete de áudio, sucesso no WhatsApp – “Marizete”, como ficou popularmente conhecido –, no qual um ator imita figuras carimbadas todas as manhãs.
No caso da primorosa “criação” da dupla – a manicure “Zoraide”, com um ator travestido de mulher feia e sempre a mesma piada –, a Justiça Eleitoral não achou a menor graça, por “não pairar dúvidas a respeito da ocorrência da propaganda irregular, não só pela presença de apresentadores e atores, mas principalmente pelo fato de eles participarem ativamente da propaganda”.
Trocando em miúdos: na impossibilidade de Edvaldo Nogueira conseguir convencer alguém de que fala sério quando consegue dizer alguma coisa na TV, Carlos Cauê e Júnior Aragão apelaram para o uso de terceiros e, assim, evitar vexame, mesmo que a custa do curioso humor sisudo. Esbarraram na minirreforma política, a viger neste pleito, que veio justamente para coibir tal situação, buscando valorizar o homem público, o verdadeiro político.
Ainda bem que a propaganda eleitoral se encerra nesta sexta-feira (28). Do contrário, a dupla de “criativos” teria de se inspirar muito para tentar “vender” Edvaldo Nogueira nu e cru, como tem sido visto nos debates da TV. Já Zoraide, coitada, está desempregada. Mas não lhe faltarão oportunidades, creia.



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