UMA
CARTA DE DESAMOR DO SENADOR VALADARES
AO
EX-AMIGO JACKSON BARRETO – QUE BELEZURA!
A
política de Sergipe tem personagens danados, sempre muito ligeiros
no arrocha e afrouxa. Um exemplo em destaque é o do nobre senador
Antônio Carlos Valadares. Em 1994, seis anos após catapultar
Jackson Barreto da Prefeitura de Aracaju sob acusação de corrupção,
com uma canetada apoiada pelo então deputado estadual Marcelo Déda,
o coronel de Simão Dias juntou-se novamente ao ex-prefeito, que
concorria ao Governo de Sergipe contra Albano Franco, à época
aliado do governador João Alves Filho. Quem leu (ou viveu os fatos)
conhece bem a história: Jackson Barreto venceu no primeiro turno,
mas foi derrotado fragorosamente no segundo.
E
sabem quem colaborou para a derrota do cabra capaz de tudo? Ele
próprio, o senador Antônio Carlos Valadares, a quem o prosaico
deputado federal José Almeida Lima, ex-quase tudo (prefeito,
deputado estadual, senador.. – agora, talvez até político)
definiu como “figura não afeita a agressões, nem tem aparência
assustadora. Ele não altera a voz, que é sempre monocórdica, não
obstante residir aí o grave perigo, pois com essa monotonia, frieza
e perfídia, ele calcula e tempera a gosto suas traições e maldades
políticas. É que Antônio Carlos Valadares não se sente bem se não
trair. É questão de sobrevivência da própria alma! É a sina,
embora ele tenha recebido, ao longo dos anos, os estímulos positivos
por conta desse seu comportamento!”
Na
carta de desamor que ilustra esta postagem, tem-se um modelo refinado
do pérfido “modus operandi” de sobrevivência política, talhado
pelo honrado senador. Nela, sem pejo ou mesuras, Antônio Carlos
Valadares admite que se juntou naquela ocasião ao desafeto por
necessidade política, mas que dele se desgarrava, semanas depois,
também por necessidade política, tudo isso durante o “interregnum”
de um único pleito eleitoral. Haja versatilidade... Contudo, mesmo
se tratando de alguém cuja palavra vale o mesmo que pirita, não se
deve desconsiderar o teor da missiva, recheada de queixas (todas
verdadeiras) típicas do fim de uma paixão arrebatadora (neste caso,
política)...
Sobretudo
à juventude, a carta de desamor de Antônio Carlos Valadares a
Jackson Barreto servirá como um condão, a traçar claramente o
perfil dos dois políticos, que ora mais uma vez estão amasiados
(politicamente, falando), novamente por “necessidade política”.
Aos demais eleitores (de todas as idades e matizes ideológicos), a
epístola serve de indelével referência sobre a capacidade humana
de abstrair-se de lembranças incômodas, quando os interesses pela
manutenção do poder gritam alto, às turras. Santa Danação!
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Por
David Leite ©2014 | 10/08 às 11h00 | Reprodução permitida, se
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