PICARETAGEM DOS GRANDES CONGLOMERADOS
EM
ASSOCIAÇÃO COM O GOVERNO DOS EUA
Já
havia a suspeita de ser o governo estadunidense o grande olheiro
mundial. Havia somente uma dúvida: até que ponto os grandes
conglomerados de comunicação da América do Norte estavam
envolvidos na patifaria? Ela já não mais existe... A certeza agora,
conforme reportagem da revista Época desta semana, confere ao caso a
pecha de escândalo mundial.
A
tal “rede totalitária”, patrocinada pelo governo da maior
“democracia” do mundo, atuando em colaboração com os
conglomerados privados de internet, expõe o conluio entre o poder
político e o controle tecnológico das redes sociais. Conforme
relata Eugenio Bucci em artigo na revista, “em algum lugar, em
algum banco de dados, alguém é capaz de levantar tudo sobre você”.
Estão
inclusos nesse “tudo sobre você” absolutamente tudo, sem
firulas: “dos exames médicos que você realizou no laboratório da
esquina aos gastos com o cartão de crédito, passando pelas ligações
de seu celular, pelas mensagens que você publicou, pelas fotos que
você enviou e pelos sites que você visitou (na internet).”
Trocando em miúdos: tudo o que você disse e, mais do isso, toda a
tecnologia que você utilizou, poderá ser usada contra você...
Neste
exato momento, este texto que aqui escrevo, pode ser submetido ao
escrutínio do governo norte-americano, graças à parceria com o
Facebook (plataforma utilizada para divulga-lo, além deste próprio blog, hospedado pelo Google). A ação é feita de modo automático, através de robores
que monitoram a rede 24 por dia, sete dias por semana, 365 dias ao
ano, em busca de palavras-chave, fotos com determinados tipos de
caraterísticas, além de áudios e vídeos.
Todos
nós com alguma consciência da dinâmica da internet, sobretudo após
a era digital, sabíamos que era possível espionar e ser espionado.
Por serem os criadores e disseminadores da rede mundial de
computadores, os EUA detêm a maior parcela do tráfego de informação
do mundo. Podem fazer dela o uso que acharem mais apropriado. Mas
outros países – incluindo o Brasil – também espionam interesses
específicos (estratégicos, comerciais...) na internet. A guerra
cibernética é a nova “onda”...
Claro
está que somos todos cobaias de um grande experimento de observação
planetária das atividades humanas, guiado pela tecnologia. Nunca
fomos tão xeretados como agora – e a tendência, com o
amadurecimento dos sistemas de busca e vigilância, é aprofundar
ainda mais o nível de detalhamento dessa checagem. Pode parecer
paranoia, mas uma certeza é inquestionável: a solução é vigiar
quem nos vigia e combater a bisbilhotice!
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Por
David Leite | 30/07 às 10h44
Um comentário:
A tal Guerra Cibernética é apenas uma péssima desculpa para reinstitucionalizar a espionagem da velha Guerra Fria. Qualquer terrostia com um conhecimento básico de informática sabe como encobrir um IP de computador, embaralhar o sistema de localização de uma chamada telefônica etc. As questões reais são financeiras mesmo. Não à toa, China e Coréia do Norte têm seus próprios serviços de busca e redes sociais - medo da espionagem e, claro, controle de suas sociedades.
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