PASMEM! SINDICATOS DA COMUNICAÇÃO DIZEM
IGNORAR AGRESSÃO DE SÍLVIO SANTOS À CLASSE
Por meio do Twitter à tarde, tratei do silêncio dos Sindicatos dos Radialistas e Jornalistas na agressão do secretário-chefe da Casa Civil do governo sergipano Sílvio Santos (leia texto anterior). Segundo ele, seriam “urubus” quem divulgou no sábado informações sobre a suposta piora do estado de saúde de Marcelo Déda, internado faz 20 dias no Sírio Libanês em São Paulo, “o melhor hospital de Sergipe”, segundo o esperto jornalista Marcos Cardoso.
Conforme comentei anteriormente, tivesse o governo se antecipado, antes até da viagem do vice-governador Jackson Barreto no sábado numa visita ao governador, tudo estaria em paz, longe das especulações e da ofensa de Sílvio Santos. Mas, que fez a Secretaria de Comunicação? Nada! Os comunicadores pediam informações, como não as recebiam de fontes oficiais, tentaram ouvir fontes oficiosas e deu no que deu: a fofoca imperou...
Como bem disse o ilustre professor do curso de Direito da UFS José Lima Santana em artigo publicado hoje no portal Click Sergipe, “ninguém, em sã consciência, vai almejar o pior para pessoa nenhuma, político ou não. A imprensa livre quer apenas notícias. Os homens e as mulheres da imprensa (...) não são nem querem ser aves de rapina. Não são nem querem ser carniceiros. Não são nem querem ser urubus. Querem as informações, que lhes são negadas, e que (por conseguinte) são negadas ao povo...”
Agora, pasmem as senhoras e os senhores! Conversei há pouco com Fernando Cabral, presidente do Sindicato dos Radialistas e Caroline Rejane, presidente do Sindicato dos Jornalistas (foto; clique para ampliar) e ambos simplesmente “ignoravam” a agressão de Sílvio Santos à categoria. Enviei-lhes e-mail com um texto por mim escrito sobre o caso e a reprodução da twittada na qual o secretário do governo do PT chama os comunicadores de “urubus”. No mesmo e-mail, solicitei informações sobre procedimentos que pretendam tomar...
Não devemos esquecer, mês e meio atrás, o Sindicato dos Jornalistas enviou ao presidente do PTB Edivan Amorim correspondência solicitando os nomes dos membros da categoria arrolados por ele numa entrevista de rádio como “vendidos” ao governo estadual. Houve ainda inúmeras manifestações de vários radialistas e jornalistas, em protesto a atitude de Edivan Amorim. Por que tantos escreveram tertúlias chorosos contra ele e nada dizem agora sobre o petista? Haverá “piquete” semelhante contra Sílvio Santos, alcunhado de O Primeiro-Ministro? Vão lhe pedir a lista dos “urubus”? O silêncio indicaria um caminho diferente?

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Por David Leite | 18/06 às 20h20

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