Sexta-feira, 28 de Setembro de 2008 | 10h55 | Eleições 2012
Displicente nas emendas para setores estratégicos, VavaziO mostra-se fogoso na hora de ajudar amigos enrolados em investigações da Polícia Federal

Por David Leite
A campanha eleitoral de 2012 em Aracaju está a findar-se com a cristalina certeza de dois fatos inamovíveis da história política, para as gerações futuras...
O primeiro é a derrocada “triunfal” de Almeida Lima. Chega às raias do patético o pedido de desculpas feito ao público no rádio e na TV, pelo qual pretende o Oráculo evitar a posição de lanterna, atrás até de Reynaldo Nunes do PV. O choro do sem-noção Almeida Lima encerra-se com a triste fala de que não sabe se continuará candidato – de fato, coitado, nunca foi um candidato de verdade; tem ele sido somente um... falastrão inconsequente! Paga por isso.
O segundo ponto a adentrar aos livros, sobretudo os de marketing eleitoral, é a inusitada (e tosca) campanha de rádio e TV do fio do senador “superfaturador”, o “deportador” Antônio Carlos Valadares. Nunca antes na história, marqueteiros tirados a espertos fizeram tantas obradas, abusando de “recursos marotos”...
Da jactanciosa investida na internet, com o “Foi João quem Fez!” (até a posição de defecar), passando pela tentativa de dividir uma Aracaju já plenamente dividida pelo PT e PCdoB entre certas grandes empreiteiras, culminando com acusações indiretas ao próprio pai do candidato – caso do “superfaturamento” do molhe da Coroa do Meio e da “deportação” de mendigos no período em que o hoje senador era governador de Sergipe –, e por fim, a enxurrada de mentiras...
VavaziO poderia até fazer uma campanha limpa, mas herdeiro político de quem é – o próprio pai, um tirano que mandou bater em grevistas, sequestrar material de imprensa e censurar jornais; o bicho-preguiça-chefe Marcelo Déda, um dos maiores engambeladores do Brasil; e o prefeito fazendeiro-Opará, o comunista de boutique Edvaldo Nogueira –, isso seria praticamente impossível!
Agora, para besuntar com mais podridão a neófita biografia, sabe-se que, além de ter abusado das emendas parlamentares para facilitar a vida de amigos fazedores de festas e parentes de correligionários (segundo reportagem da revista Veja, com link abaixo), VavaziO também teria ajudado um investigado pela Polícia Federal na Operação Boi Barrica, o empresário Fernando Sarney – filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) – a transportar malas suspeitas.
De acordo com reportagem do jornal O Estado de S.Paulo de 11/05/2009 (com link disponível para leitura logo abaixo), a Câmara dos Deputados pagou oito voos para Marco Antônio Bogéa, colaborador de Fernando Sarney sem qualquer vínculo funcional com a Casa, acusado de participar de um suposto esquema de corrupção em estatais do setor elétrico... Um destes voos – o do dia 19 de julho de 2008 – foi monitorado pela Polícia Federal. Bogéa levou uma mala de Brasília para São Paulo a pedido do empresário Fernando Sarney. A passagem, paga pela Câmara, foi emitida numa troca de cotas entre os deputados Carlos Abicalil (PT-MT) e Valadares Filho (PSB-SE).
Já dizia Dona Caçula, minha santa vovó – que Deus a tenha numa mansão Celestial, porquanto merecedora: “A verdade sempre aparece!” Ou, trocando em miúdos: conceito firmado em casa, vai à praça! Dá-lhe, VavaziO...

Veja quadro abaixo (clique na foto para ampliar) com as emendas parlamentares de VavaziO: nada alocado para a educação e uma merreca destinada para a saúde; já para as festas...
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