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Quarta-feira, 29 de Fevereiro de 2012 | 12h00 | Eleições 2012
O papel do senador Valadares na trairagem a Marcelo Déda
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De esquerda ou de direita, qual seria a “ideologia” partidária do senador Antônio Carlos Valadares, acusado pela cúpula petista  ele nega!  de facilitar a ação que resultou na rasteira dada pelo esperto Edvan Amorim no garboso governador Marcelo Déda, causa da implosão da base aliada do governo na Assembleia Legislativa? O cabra, digamos, é do centro-móvel. Pende para onde lhe for mais aconchegante!
A questão é simples: vice de Marcelo Déda no primeiro mandato (2007/2010), Belivaldo Chagas foi instado pela turma do PT a desistir de continuar no cargo de vice na reeleição, para ser abrigado na chapa o danado do então deputado federal pelo PMDB de Michel Temer, Jackson Barreto.
Nas negociações, a título de compensação ficou acordado com o senador Valadares que uma das vagas do TCE/SE seria reservada ao cujo (Belivaldo)... mas, cheio de chorumelas, o governador deu para trás, pois tinha outros planos – e queria agora, como moeda de barganha para manter o PSB na base aliada, empurrar de novo o mesmo cheque já passado em 2010 e carimbado como sem fundos.
Um acabrunhado Valadares fez as contas e totalizou que, com Marcelo Déda nada tinha (mais) a ganhar. Contudo, se tivesse o apoio do senador Eduardo Amorim – leia-se, do manda-chuva Edvan Amorim –, seria possível, além de eleger Belivaldo Chagas ao TCE/SE, tentar a sorte com a candidatura do deputado federal Valadares Filho a prefeito de Aracaju em outubro próximo, pondo de escanteio Marcelo Déda, o PT e agregados... Jackson Barreto junto!
O senador agiu apenas do modo como normalmente se faz em política: apostou alto no jogo para faturar um pouco mais adiantelavando as mãos no episódio da Alese – ou alguém acredita que Maria Mendonça e Adelson Barreto votariam contra o governo, do qual usufruem várias benesses, ao bel-prazer? Dará certo? Só o tempo dirá...
Mas, como já está entranhado no seu caráter político o estilo “morde e assopra”, Valadares vai tentar manter, sim, duas velas acesas: uma para Marcelo Déda, pois ainda precisa dos cargos que detém no governo para abrigar afilhados; a outra, para Edvan Amorim, de quem recebeu inestimável apoio para reeleger-se senador em 2010 e com quem se aliou visando um futuro no poder, sem tantos atropelos...

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