Leia Nesta Edição:
>> O Ocaso da Iluminada Eloísa Galdino?
>> José Eugênio de Jesus, um Exemplo de Vida
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O Ocaso da Iluminada Eloísa Galdino?
A Vida é curta, o poder transitório. Antigo no ensinamento, poucos se dão a observar a marcante atualidade do dito popular. A outrora toda poderosa secretária de Comunicação, e atualmente minguada secretária de Cultura, Eloísa Galdino, vive hoje o crepúsculo de um fenômeno arrasador: o tempo!
Deslumbrada com a fogosa auto-estima incutida ainda nas primeiras semanas de governo, Madame Eloísa Galdino deu-se a missões rasteiras. Demitiu pessoalmente (um a um) antigos assessores do ex-governo. Perseguiu melancias e vermelhos históricos aboletados fazia séculos na Comunicação, enxotando-os para bem longe. Promoveu a maior limpeza jamais vista numa secretaria supostamente técnica. Inchou de amigos e coleguinhas o já inflacionado quadro comissionado da Secretaria de Comunicação. Por fim, posou de musa da Comunicação sergipana para jornais e revistas pagos com dinheiro público*.
Avessa ao contato com profissionais de imprensa e mesmo com colegas de secretariado, prefeitos aliados e políticos ligados ao governo, Eloísa Galdino pavimentou com doses cavalares de egolatria o caminho do próprio infortúnio. As reclamações chegavam aos ouvidos de Marcelo Déda, mas a força da primeira-dama, amiga-confidente de Madame, impediu um final infeliz ainda no primeiro ano de (des)governo.
Eloísa Galdino teve bons méritos. As festas promovidas por ela, especialmente o “Projeto Verão”, garantiram circo à juventude carente de diversão gratuita. Ela também apostou na mídia técnica e foi rigorosa no conceito e na finalização do material audiovisual (publicidade e propaganda) destinado à mídia eletrônica, de quem a boa imagem do governo alimentou-se até bem pouco tempo. O zelo com a Internet e as mídias alternativas também marcou a gestão de Madame.
Fechado o ciclo – os longos dias na Comunicação lhe foram gratos –, a moça esforçada, filha de pais lutadores, recebeu como prêmio de consolação a combalida Secretaria de Cultura. Na bagagem, ela tentou abocanhar para seu novo feudo o Fundo estadual de Patrocínios para Projetos Sócio-Culturais e de Comunicação Social. Inicialmente o governador Marcelo Déda pareceu concordar. Porém, o Diário Oficial de 28/09 trouxe uma péssima notícia para Madame. O tal fundo foi mantido na Comunicação sob os cuidados de Carlos Cauê.
Sem dotação própria para bancar os projetos por ela academicamente engendrados, a jovem secretária de Cultura terá pela frente uma árdua missão: por de lado o amazônico ego, desligar a língua açodada e dedicar-se ao cultivo de novas relações com colegas e parceiros. De pires na mão, talvez possamos encontrar vida afora Madame Eloísa Galdino mais contida nos arroubos e no trato. Quem sabe, poder-se-á ouvir dela um verdadeiro “por obséquio”, um “poderia você?”, e num futuro não muito distante até um efusivo “muito obrigado”. Quem sabe!
A Vida é curta, o poder transitório. Por que, após ser o xodó de Marcelo Déda, Madame Eloísa Galdino está hoje num quase ocaso? Por que persona tão radiantemente iluminada vive o crepúsculo profissional? Por vezes a chance de olhar no espelho e auferir da observação o quanto somos passageiros vendavais da rotina cotidiana se nos apresenta tão rapidamente, a ponto de ir-se sem dela nos apercebermos. É a vida!
(*) Recordar é viver – Madame Eloísa Galdino encontrou a maneira “inteligente” de ajudar amigos e de divulgar-se. Pagou com dinheiro público para ser capa de revista, figurar em programas de TV e participar de eventos privativos. Reveja Madame Eloísa Galdino como ícone de uma bissexta publicação. No detalhe da roupa, o fetiche(?): réplica de dinheiro como adereço –Freud explica!
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José Eugênio de Jesus, um Exemplo de Vida
O rádio sergipano (e a imprensa de modo geral) deve muito ao jornalista e radialista José Eugênio de Jesus. Aos 91 anos completados ontem com saúde e vigor incomparáveis, José Eugênio de Jesus vive agora com aquela mesma disposição dos anos em que dava os primeiros passos em sua gloriosa carreira na comunicação.
Inicialmente nas oficinas do Sergipe Jornal (1932) como auxiliar-tipógrafo, depois na Rádio Difusora –atualmente AM Aperipê– ao lado de Santos Mendonça e Silva Lima (1943), José Eugênio de Jesus marcou época na crônica esportiva sergipana como arguto comentarista. Voz mansa e pausada, pensamento fundamentado e Português de fazer inveja, José Eugênio de Jesus seguiu carreira respeitado por todas as torcidas por conta da imparcialidade e do zelo com a verdade dos fatos.
Anos mais tarde, José Eugênio de Jesus passou a escrever diariamente na Gazeta de Sergipe e posteriormente na Tribuna de Aracaju e Jornal da Manhã, comentando a cena esportiva local. Fundador e membro do Sindicato dos Radialistas e do Sindicato dos Cronistas Esportivos de Sergipe, ainda hoje José Eugênio de Jesus trabalha diariamente com afinco e dedicação ímpares.
Nascido numa família pobre do Bairro Industrial, José Eugênio de Jesus cativa a todos pelo fino trato, cordialidade e simplicidade. Um jornalista cuja vida profissional nos serve de grande exemplo...
Propaganda Eleitoral Descarada – Finalmente a oposição mostra a cara. O senador tucano Álvaro Dias informou a intenção do PSDB de apresentar ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ação contra o presidente Lula da Silva pela propaganda eleitoral antecipada feita durante a viagem de três dias ao vale do Rio São Francisco na semana passada. O PSDB também vai pedir ao TSE que obrigue os integrantes da “caravana do abuso político” a devolver aos cofres públicos todo o dinheiro gasto na viagem. A questão é simples: se o presidente pode fazê-lo, qualquer um também poderá antecipar a campanha eleitoral do seu candidato.
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Afinal, Cadê as Câmeras? – A SSP fez alarde, a Comunicação estadual e da Prefeitura de Aracaju usaram a mídia para divulgar, mas afinal cadê as tão badaladas câmeras de segurança dos ônibus de Aracaju? Os assaltos continuam e elas sumiram –ou quem sabe, nunca existiram de fato! O jornalista Douglas Magalhães questionou alguns funcionários de empresas de coletivos e estes lhe informaram que nem todo ônibus que tem aquela placa “Sorria, você está sendo filmado’’ é equipado com câmera de segurança. Comenta Douglas Magalhães em seu blog: “Os usuários foram enganados, e os cobradores e motoristas jogados aos leões. Já pensou se na hora de um assalto o bandido pede a gravação? Pode sobrar para motorista e cobrador”. Pois é...
Um comentário:
A Heloísa Galdino é o típico caso da pessoa errada nolugar errado, ou seja, tudo errado.
Quando Déda a colocou no cargo cometeu uma maldade, por que ela não tinha a menor idéia do que seria assumir a Secom e a menor capacidade técnica e política para gerí-la.
Daí as tragédias foram acumulando-se. Contratou profissionais tão despreparados quanto ela própria, gente que mal tinha tirado os fundilhos dos bancos universitários para dar testa com o mercado.
Mas o pior mesmo aconteceu foi quando aliou-se a tudo isso dois defeitos grandes de caráter: arrogância e vaidade.
Aí meu irmão, sai de baixo.
Já a falta de contatos com imprensa e mercado publicitário se deu menos por esses defeitos e mais por medo de demonstrar que nada sabiam.
Brutalidades sobraram para público interno e externo, os funcionários da Secom que o digam e os políticos aliados também.
Quando ela saiu foi uma festa... Sensação de alívio e de conforto, coisa que o pessoal da Secretaria da Cultura deve estar desejando uma hora dessa.
Mas o tempo é o senhor de todas as coisas e enquanto o vento esvoaça os cabelos da Galdino ela curte a brisa aboletada nas torres do Opará.
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