Domingo, 27 de Setembro de 2009 – 19h55
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Seria o Destempero a Marca do Governo?
A logomarca do governo Marcelo Déda é um coração vermelho. O símbolo sugere uma administração voltada para o humano, que seria enxergado pela ótica do amor e da solidariedade. Não é isso que se vê!
Não vou cair na tentação, como certamente o faria a banda pobre da imprensa de Sergipe caso fosse outro o governante, de responsabilizar Marcelo Déda por todas as mazelas e confusões do governo. Contudo, um fator é indiscutível: quem dá o tom à orquestra é o maestro.
O episódio com o estudante universitário e o comandante do Policiamento da Capital, coronel Iunes, bastante semelhante ao incidente de agressão que fez cair exatamente há um ano o então comandante da Policia Militar, coronel Péricles, não obstante envolver entes públicos (Péricles usou viaturas oficiais e policiais em seu auxílio; Iunes portava armamento de propriedade da SSP), pode ser um “fato isolado de natureza pessoal”.
Por outro lado, talvez não seja bem assim...
O Governo da Mudança Para Pior tem se notabilizado pela perseguição e achaque a quem se contrapuser ao projeto de poder de Marcelo Déda. Representantes sindicais dos servidores foram acusados pelo governador de conspiração. A máquina governamental foi usada para desmoralizar e pressionar sindicalistas. Médicos e advogados foram impedidos de visitar clientes em hospitais e presídios estaduais.
O aliado de Marcelo Déda, Edvaldo Nogueira, mandou arrancar faixas de rua em homenagem ao ex-secretário Nilson Lima (Fazenda) no lançamento da pré-candidatura deste ao governo. Não satisfeito, na mesma noite o prefeito foi com o chefe ao restaurante onde o ex-secretário se confraternizava com correligionários e armou o maior barraco. O homem do facão, o líder do governo na Assembléia, Francisco Gualberto, acusou os membros dos partidos de oposição de “entreguistas manhosos, praticantes do crime de lesa-pátria”.
Exemplos dos meios empregados pelos governistas para perseguir, intimidar e desmoralizar são infindáveis. Esses fatos –neles também incluído, apenas como exemplo pontual, o arrogante destempero dos coronéis Péricles e Iunes– não poderiam ser considerados o reflexo da falta de autoridade do governador Marcelo Déda?
Eis a questão: quando o maestro permite à orquestra afinar-se ao bel prazer, cada músico impõe seu próprio tom (e demandas). A confusão se forma e certamente boa música não será executada.
Há ainda a estapafúrdia hipótese de o próprio governador estimular a desordem, numa espécie de “ordem ao avesso”. Assim, as cabeças quentes governamentais estariam apenas em sintonia com o exibicionismo emocional, característica comprovadamente arraigada à personalidade narcisista de Marcelo Déda. Caso tal derivação seja real, todos os episódios aqui narrados, mesmo não havendo neles a inferência direta do governador, ocorreriam porquanto corroboram o modus operandi do líder, exemplo maior para todos os demais.
É difícil crer que uma deidade estelar da estirpe do nosso iluminado e preparado governador seja assim, persona tão frugal e abjeta. Ao sê-lo de fato, o coraçãozinho vermelho-humanizado, símbolo do Governo da Mudança Para Pior, estaria ainda mais desfocado no seu conceito...
Antes que eu esqueça: declínio em pesquisa é fator preponderante na composição do comportamento de quem se sente ameaçado.
Um comentário:
" Eu o imobilizei, pq ele é lutador, e pedi as algemas a minha esposa..." Tão correto o Cel yunes q até dá pena do coitado... Quem não te conhece q te compre Coronel.Que a a polícia realmente dê proteção à família desse universitário, faça justiça (sim sou meio inocente mesmo) e q exclua dos seus quadros esses oficiais q se acham deuses e usam o distintivo para justificar todos os seus (maus) atos(agora nem mais inocente sou, sou burra). Affffff
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