Domingo, 06/07/2009 – 00h13
Onde Dói, Prefeito?
Edvaldo Nogueira é uma metamorfose ambulante. Dez anos atrás, nos palanques com Marcelo Déda, coadunava no discurso de ataques virulentos à velha burguesia matreira --incluindo as construtoras.
O prefeito de Aracaju prefere ser essa metamorfose ambulante, a ter aquela velha opinião formada sobre... dinheiro público, por exemplo!
Os fabulosos repasses do Município de Aracaju à Sociedade Eunice Weaver: R$ 28 milhões na década; R$ 22 milhões somente nos últimos quatro anos.
A esquerda brasileira alcançou o poder com sede voraz. A fábrica de Organizações Não-Governamentais criada por essa gente é o vistoso biombo a encobrir atividades, digamos assim, “não republicanas”.
O pulo do gato é a esperteza de transferir dinheiro público a quem não precisa basear-se nos trâmites burocráticos típicos da administração pública para prestar contas sobre onde aplica os recursos.
Edvaldo Nogueira, a metamorfose ambulante.
Edvaldo Nogueira e Marcelo Déda, essas metamorfoses ambulantes.
Parênteses: Notaram como o prefeito de Aracaju só aparece quando a cena lhe é favorável. No momento das enchentes ele sumiu. Agora, sumiu de novo.
A Metamorfose Ambulante e a ONG - O vice-prefeito Silvio Santos acusou o deputado estadual Augusto Bezerra, autor das denúncias, de “não fazer papel de homem decente” ao imaginar como lavagem de dinheiro os convênios com a Sociedade Eunice Weaver.
O contraponto do deputado: qual o trabalho desenvolvido para justificar os vultosos repasses de mão beijada a uma única entidade?
Os secretários da Prefeitura de Aracaju podem gastar todo o latim do planeta na tentativa de explicar o enredo com a Sociedade Eunice Weaver. Mas tanto dinheiro público sem licitação, sem a devida prestação de contas? Eis a questão!
Aliás, até hoje a coleta de lixo em Aracaju, o transporte coletivo e o parquímetro auferem gordos dividendos sem licitação.
Pensando bem, a esquerda detesta uma licitaçãozinha! Vide Rogério Carvalho e os mais de R$ 200 milhões sem licitação na Saúde estadual.
Por que o prefeito Edvaldo Nogueira prefere trabalhar com aquelas surradas cartas marcadas? A Metamorfose...
Se hoje o prefeito comunista brilha, amanhã quem o achou insosso talvez lhe conceda outros atributos. Elogios, por exemplo, pela mais rica, mais bem estruturada e “juridicamente” organizada campanha eleitoral da história de Aracaju! À criticada falta de charme, devemos aplaudi-lo pelo romance galante e burguês com a herdeira milionária.
Já a quem quer ouvir respostas? Bem...
Quem lida com dinheiro público pode muito. Não pode é esgueirar-se quando o calo aperta! Sei, a pergunta é chata. Mas preciso fazê-la: prefeito, onde dói quando o senhor ouve a palavra licitação?
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