E.Zine 03/04 N33

GOVERNO APAGADO Da crise do apagão aéreo sobrou a triste conclusão: o governo do compadre-salvador da Pátria chegou ao fundo do poço. Ao ceder à pressão dos sargentos controladores de vôo, depois de quase seis meses de crise sem qualquer solução prática, o governo federal preferiu usar o paternalista-sindical num caso onde caberia ação enérgica. Talvez o compadre-salvador da Pátria ignore também isto, mas a disciplina militar quando é quebrada fragiliza toda a cadeia de comando. Ao apoiar as reivindicações ao invés de punir os amotinados insurgentes, os vermelhos abriram um precedente bastante sério. E entram para a história como aqueles que se renderam aos controladores de vôo. Por que não se contratou em caráter emergencial uma equipe reserva daqui ou da China a fim de normalizar o setor e evitar ficar refém dos sargentos? Por que esperar seis meses para resolver uma situação de extremada gravidade e ao fim "optar" pela "solução" mais fácil? A resposta é simples: só tem jeca-tatu no Palácio do Planalto. A começar pelo compadre-salvador da Pátria, pois ao manter Waldir Pires, um sujeito sem iniciativa, no Ministério da Defesa, deu a senha para fortalecer o movimento paredista e a conseqüente insubordinação. O setor aéreo nacional, cuja capacidade de organização e de garantir a mínima segurança está arrebentada, vai levar dias para se recuperar de mais esse baque.Ganharam os controladores! Perdeu quem não pôde viajar. Perdeu o Brasil, que aos olhos do mundo civilizado deve ser um lugar para lá esquisito...

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