BARETA NA BERLINDA O policial civil e radialista Otoniel Rodrigues Amado, vulgo Bareta, é a nova "vítima" do Ministério Público Federal de Sergipe. Depois de entrar com ação contra o colunista da revista Veja Diogo Mainardi por ter "ofendido" os sergipanos ao escrever que José Eduardo Dutra não possui passado empresarial, fez carreira como sindicalista da CUT e foi senador do PT pelo estado de Sergipe, e ele não sabia o que era pior, o MPF agora ataca no principado. Para os doutos procuradores, o programa de Bareta é inadequado ao horário (TV Atalaia/12h00), pois exibe cadáveres, gente mutilada ou com graves lesões corporais, faz propaganda de bebidas alcoólicas, teria forte apelo sensacionalista e, maior das mazelas, expõe publicamente a imagem dos presos. Muitas crianças e adolescentes formam a audiência nesta faixa. O programa seria desaconselhável para eles. Curiosidade a parte, no rosário do MPF contra o Tolerância Zero não consta ser o programa de Bareta um dos mais ferozes críticos do novo governo, especialmente da ineficiência da (SSP) Secretaria de Segurança Pública no combate à criminalidade. Mas isso nada tem a ver com este assunto! Bareta de fato faz um programa rococó, cheio de entrevistas escrotas e com imagens de encher uma bacia de vômito. Tudo na hora do almoço. Talvez fosse o caso de promover uma adequação ao conteúdo, tornando-o mais palatável ao consumo social ou mudar o horário. A direção da TV Atalaia se compromete a atender às demandas do MPF para manter o policial-radialista no ar. A questão é saber se o MPF vai se contentar apenas com um Bareta soft, metendo o sarrafo nos vermelhos. Porque sem o resto, só sobra isso...

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