O Brasil não merece
Não podia ser pior a manchete da Folha de S. Paulo de ontem: “Desemprego avança para 9,3% em janeiro e renda cai 1,1%, segundo o IBGE”. Apenas comprova o sentimento da classe média nacional sobre um futuro cada vez mais incerto sob o comando vermelho. Sem emprego, diminui a esperança para um contingente de 2,1 milhões de brasileiros desocupados.
Há alguns dias, o inglês Financial Times, certamente o mais importante jornal econômico da Europa, analisou o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Diz o jornal, ele “não toca nos principais pontos de empecilho à expansão da economia brasileira e – vejam a seriedade da situação! – ameaça deixar o Brasil para trás em relação às demais nações emergentes”. Ainda segundo o FT, a “impressão de que o governo quer gastar para conseguir crescimento é reforçada pela relutância do PAC em atender a questões fundamentais como pensões e reforma trabalhista”. E conclui dizendo, “os analistas não temem uma possível mudança de Lula rumo ao populismo (sic), mas ao não conseguir agarrar a oportunidade oferecida pelas condições globais benignas para reformar o Estado, o PAC pode condenar o Brasil a muito mais anos de mediocridade”.
Assim, mais uma vez é dito e agora por gente a quem os vermelhos não podem acusar de falta de isenção, o modelo econômico do governo Lula é (apenas) perdulário, não gera empregos, não combate as mazelas nacionais. Serve (só e tão somente) para manter um projeto de poder calcado exclusivamente em programas de auxílio aos miseráveis.
Alcançar o crescimento auto-sustentável não é algo simples de fazer. Requer acima de tudo sabedoria e visão de longo prazo. Itens em escassez no Brasil vermelho!
Viagens
O Jornatista* Cláudio Nunes é daqueles que acodem o poder quando o poder precisa ser acudido. Ontem, sem dar nomes ao gado, descrevia cena do dia da eleição ocorrida num colégio da Avenida Francisco Porto. Lá, diz ele, “chegava para votar uma profissional de imprensa vestida de verde da cabeça aos pés. Era uma alegria só, ironizando com os fiscais do PT. Passada a eleição, no mesmo dia a moça não estava mais de verde e brindava com amigos e amigas dizendo que nada mudaria porque o novo governador era freqüentador de jantares em sua residência”.
Bala na agulha, CN alude no seu imbróglio: “Se for para ficar calado, prefere deixar de escrever”. Conta ele, “a profissional verde – temida por muitos políticos e autoridades – tinha cargo comissionado no governo estadual (foi exonerada), mais de R$ 3 mil, além de ser funcionária de carreira de uma estatal, ganhando mais de R$ 4 mil, onde nunca deu expediente. Como se não bastasse, tenta agora retornar para uma pasta onde ‘serviu’ ao secretário passado por algum tempo e vive plantando notas para desestruturar o novo secretário”.
O petardo tinha por objetivo defender um secretário vermelho. “Foi passar o carnaval no local sim, mas por conta própria, pagando pela hospedagem, com nota fiscal e saída do dinheiro da conta dele para comprovar a veracidade. O governador Marcelo Déda sabe da conduta correta e séria do secretário”, garante CN. Na seqüência, atira no ex-governo: “Mesmo sem dar expediente, fez parte de diversas ‘comitivas’ internacionais do então governador João Alves Filho, com tudo pago pelos cofres públicos. Agora busca um ‘jeitinho’ para conquistar novas viagens e alguns benefícios tentando denegrir a imagem de quem trabalha corretamente”.
Como diria um amigo jornalista das antigas, “falando francamente”, nem melancia imaginava ser a colunista Thaïs Bezerra, quanto mais verde. Espero para ver como a moça danada vai reagir a saraivada. Será mesmo, teria ela viajado tanto e com tudo pago só para fazer turismo? Vamos aguardar para ver!
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(*) Jornatista é uma tirada “maledicente” de Cizar Gamma para homenagear os jornalistas que são petistas (ou vice-versa, tanto faz).
