O PEDIDO IDIOTA DA PRISÃO DE MULA
dei minha opinião sobre essa palhaçada, mas faço questão de rememorar: “Há idiotas em toda parte, sem dúvida. Alguns promotores de Justiça deviam andar com uma jaca equilibrada na cabeça. Pra que peste pedir a prisão de Mula Brahma Lava-jato da Silva, Rei Luís 51 do Acarajé, vulgo Jararaca, se semana passada fizeram busca e apreensão onde ele e a esposa residem e no sítio de Atibaia? Sinceramente, algumas ações ajudam o encantador de serpentes a atiçar a patranha petralha... É muita burrice desses três patetas do MPE de Sumpaulo...”
Enfim… Não sou advogado, mas como comunicador social faço análise política, e resta mais do que claro que o vagabundo do Mula, vulgo Jararaca, não tem qualquer mínimo apreço pelas instituições. Todo mundo ouviu onde ele sugeriu que os procuradores metessem o processo contra ele, além das recorrentes investidas para obstruir a Justiça, e claro, não se pode esquecer da incitação à violência – nisso, os idiotas do MPE/SP têm razão…
Ocorre que mesmo essa canalhice de Jararaca NÃO significa uma “ameaça à ordem pública”. Isso é cachorrada desses militontos togados. Como ontem ouvi alguém comentar, não será justamente essa esculhambação – o pedido de prisão – “a” ameaça à ordem pública? Politicamente, já é!
Está na cara que houve exagero. Agora, vejam vocês a sacanagem: como as alegações apresentadas são como bufa, que não se sustenta no ar, a Justiça certamente dirá a esses gericos que procurem o que fazer. E sabem o que vai acontecer depois disso? Ficará parecendo que o chefão do Mensalão e do Petrolão está certíssimo quando alega que o perseguem, que querem constrangê-lo, que tudo não passa de uma armação, uma conspiração contra o PT. Ou seja, Jararaca vira coitadinho!

PIMENTA NO ACARAJÉ
O nosso Patinhas João Santana diz ser de campanhas feitas no exterior a soma volumosa encontrada em contas misteriosas dele próprio e da esposa e sócia Mônica Moura.
Vá lá, vamos crer na possibilidade de Venezuela, El Salvador, República Dominicana e Angola serem essas economias tão pujantes, verdadeiros mercados publicitários, como ocorre com o Brasil. A questão incômoda reside num, digamos, ponto de convergência.
Justamente os companheiros dos citados países tiveram o bafejo do BNDES para financiar obras tocadas pela... ops!... Odebrecht, a empreiteira mais enrolada com o Petrolão. Seria demais imaginar dinheiro desse propinoduto também financiando campanhas dos aliados latino-americanos dos petralhas? Talvez sim, talvez não…
A pimenta no acarajé de Patinhas João Santana parece ter poder de ardência suficiente pra queimar na entrada e provocar furor na saída. E vejam que o espetáculo mal começou!



PIMENTA NO ACARAJÉ, DE NOVO
“Estarrecido”. Assim se definiu nosso genial marqueteiro Patinhas João Santana em entrevista ao jornalista Luiz Maklouf Carvalho (“João Santana -- Um marqueteiro no poder”) quando o colega Duda Mendonça – seu ex-sócio, diga-se – afirmou à CPI do Mensalão (2005) que recebeu do PT em contas bancárias no exterior pelos serviços prestados para eleger, em 2002, Mula Brahma Lava-Jato da Silva, Rei Luís 51 do Acarajé.
Acrescentou, ainda: “O governo acabou”. Era, de fato, o esperado. Que aquela patifaria toda ruísse, mas isso não ocorreu. Pelo contrário, aliás! Duda Mendonça não só se safou, como a petralhada se sentiu à vontade para o cometimento de novas diabruras, ainda mais “sofisticadas”. O PT passou a trabalhar não mais com a “presunção da inocência”, e sim com a “presunção da impunidade”. Como os tempos são outros, talvez essa turma não tenha mais a mesma sorte.
Eta vida danada...

MOSQUITOS TRANSGÊNICOS E AS PATIFARIAS HUMANAS
A indústria “científica” é perigosa. Vejamos os tais “mosquitos transgênicos”. Em 2011, essa turma lançou no Brasil o Projeto Aedes Transgênico, com o “objetivo” de realizar experimentos com uma variante do mosquito aedes aegypti geneticamente modificada. Após um período de “observação” em laboratório, bandos dessas feras foram lideradas em algumas cidades brasileiras.
Os “científicos” diziam que os mosquitos transgênicos masculinos copulariam com fêmeas selvagens e suas crias morreriam ainda fase larval. Como o aedes aegypti geneticamente modificado foi exposto ao antibiótico tetraciclina, um poderoso agente imunológico, ao contrário do esperado, as larvas chegaram à fase adulta ainda mais resistentes. A “brincadeira” acabou em tragédia.
Em vez de neutralizar o potencial nocivo do mosquito transmissor da dengue, a mutação genética gerou um novo mosquito, ainda mais perigoso, e que trouxe novas doenças para os brasileiros, entre as quais o zika e a febre chikungunya. No caro do vírus Zika, com consequências devastadoras para mulheres grávidas: microcefalia em filhos de mães diagnosticadas com a doença durante a gravidez.
Quem pagará por tamanha irresponsabilidade? Conhecendo o Brasil, ninguém, claro.

O MESTRE ENSAIA UM RETORNO AO RÁDIO
Completo neste 2016 um marco: 28 anos de profissão na comunicação social, período iniciado no rádio, mais precisamente na Rádio FM Jornal 98,1 MHz em Aracaju.
Em rápidas pinceladas, relembro um período posterior a essa fase, quando ainda adolescente frequentava os estúdios da então Rádio Difusora, emissora oficial do Estado de Sergipe, cujo nome de batismo [Rádio Aperipê] retornou aos primórdios pelas mãos de Raimundo Luiz. Lá pude me deparar com mestres do quilate de Hamilton Leandro [falecido], Sérgio Souza e meu inesquecível padrinho Hilton Lopes [falecido].
Na mesma banda, havia uma rádio poderosa [re]nascendo – a Liberdade AM – sob a batuta de fenômenos como Santos Mendonça, Gilvan Fontes, Lurdinha Gusmão, Nazaré Carvalho e Francisco Carlos Chicão, todos liderados pelo genial Theotônio Neto (autor do jingle da emissora que até hoje canto), segundado pelo Mancha Negra Carlos Trindade [falecido].
Mas era a grande Rádio Jornal AM a forte do pedaço, com nomes como Manoel Silva, Dantas Mendes e ele, talvez o maior fenômeno do rádio moderno em Sergipe, Reinaldo Moura. Era uma bazuca: voz grave muito afinada, tiradas rápidas e sempre mordazes, inteligência e sagacidade.
Digamos, modestamente, que descendo dessa linhagem... Com eles aprendi muito, às vezes apenas ouvindo-os no rádio. Não foram poucos os conselhos e menos ainda as orientações. Algumas de modo pessoal e, por que não dizer, até intimista, com um carinho que até hoje me emociona.
Fiquei sabendo que Reinaldo Moura poderia voltar ao rádio, justamente para fazer o que ele sempre fez com maestria e entusiasmo: analisar e comentar a política. Seria um ganho à audiência. Ao ouvir o programa de Carlos Ferreira [Ilha FM] na quinta-feira, 14, eis que lá estava Reinaldo Moura – ponderado, na medida certa. Seria um ensaio do mestre para um retorno ao rádio sergipano?
O mundo dá muitas voltas e, creio, a resposta é sim! Aguardem, Reinaldo Moura vem aí…
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Ouça a rápida conversa de Reinaldo Moura com o jornalista Carlos Ferreira: análise ponderada, na medida certa – https://soundcloud.com/david-leite-csm/o-mestre-ensaia-um-retorno-ao-radio

POR ERRO, GEORGE MAGALHÃES EXPÕE UM PÊNIS EM
GRUPO DE POLÍTICOS E JORNALISTAS NO WHATSAPP
Parte da imprensa e do mundo político está em polvorosas. Um grupo integrado por parlamentares, gestores públicos, jornalistas e radialistas foi vítima no fim da manhã desta terça-feira (01) de um “atentado” ao pudor, com a exposição pelo comunicador da 103FM George Magalhães do próprio pênis, supostamente.

Um sujeito cuja foto e o número do telefone correspondem aos de George Magalhães (vide fotos abaixo), aparentemente deitado à cama, segura um pênis em riste. Com a câmera do celular faz fotos. Duas delas foram enviadas ao grupo “Sergipe em Debate”, da rede social WhatsApp Messenger, para as quase 100 pessoas que integram o canal. Deu-se o alarde!
Chocados, alguns integrantes do grupo passaram a comentar... Talvez atônito com o erro, o comunicador manteve-se em silêncio, enquanto alguém disse que, “de duas, uma: ou ele (George Magalhães) ficará calado e depois dirá que mandou errado ou vai dizer que foi alguém que pegou o celular dele e, de má-fé, mandou as (indecentes) fotos pru grupo”.
Diante do descalabro, um dos moderadores do “Sergipe em Debate” decidiu por remover o comunicador do grupo – logo depois, ele foi reconduzido. Em seguida, George Magalhães ligou para Júnior Torres, amigo pessoal dele e também integrante do grupo, que informou aos demais colegas o teor da conversa com o comunicador. Com voz até trêmula, coitado, ele pediu desculpas e admitiu o envio das fotos de forma errada, e que a intenção dele não era essa. O destinatário seria uma outra pessoa, mas que acabou postando-as indevidamente no grupo.
Sem dúvida, George Magalhães não faria uma patifaria do tipo, intencionalmente, até porque expor o próprio (suposto) pinto não lhe traria qualquer vantagem, no caso em voga. A toda hora muitas pessoas enviam mensagens equivocadas e até embaraçosas para pessoas e grupos. Que o exemplo sirva de lição, para que seja redobrada a atenção no instante de enviar mensagens e fotos.

MARKETING DEFASADO E CAMPANHA ODIOSA:
HENRI CLAY ANDRADE VENCE AS MÁQUINAS
Os advogados sergipanos foram às urnas na sexta-feira (27), após um mês de campanha eleitoral, da qual saiu vitorioso o candidato Henri Clay Andrade, eleito presidente da OAB/SE para o próximo triênio (2016/18). Foi uma campanha atípica – e virulenta –, marcada pela atuação maciça dos três candidatos concorrentes nas redes sociais da internet e na mídia tradicional.
São notórios os erros da campanha da situação, derrotada por um punhado de votos – 181, de fato. Errou o comandante do processo, o presidente Carlos Augusto Monteiro Nascimento, cuja condução da campanha o levou a atos de insensatez, dentre os quais menosprezar o adversário e a inteligência dos colegas – em alguns casos, publicamente.
O marqueteiro que não gosta de ser chamado assim também errou. Fez “leitura equivocada do processo político” – ou talvez não tenha tido acesso a instrumentos como pesquisa eleitoral e monitoramento de mídias sociais; ou teve e não soube lê-los.
Pior erro, contudo, foi o cujo não ter compreendido o mecanismo de funcionamento de uma eleição classista, com sutis diferenças entre campanhas envolvendo partidos políticos e a população em geral. Errou na mão, na dose do tempero. Salgou…
Quanto ao presidente, ficou evidente o estilo odioso imprimido à campanha. A candidata Rose Morais até tentou passar ao público certa fleuma e, quando pode, a sensação de ser “vítima” dos adversários, às vezes transparecendo sua “condição” de mulher. Porém, mostrou-se tão belicosa quanto o padrinho, o que contribuiu para aumentar a rejeição de ambos junto aos colegas.
O marqueteiro imbatível, por seu turno, fez campanha ao seu estilo barroco. Usou expedientes surrados, como tentar detratar adversários pela via do humor rasteiro e diálogos já há muito batidos. Tentou “sensibilizar” a audiência através de peças publicitárias cavernosas, com voz gutural... O ápice foi utilizar imagens da campanha eleitoral de Jackson Barreto em 2014 e músicas sem licença autoral. Equivocou-se, sobremodo, quanto à natureza do público com o qual tentava interagir.
Ao que tudo indica, sendo esta uma campanha focada nas redes sociais da internet, o marqueteiro não fez uso de ferramentas de monitoramento e de gerenciamento de mídias sociais (vide gráficos). É até pitoresco não ter ele “percebido” detalhes cruciais às plataformas da internet, o que beira o quase amadorismo. Não tem lógica insistir em materiais cujo “sentimento” nas redes era negativo, só se ignorasse esse tal “feeling”. Talvez tenha a estratégia sido contaminada pelos “resultados” vistos nas próprias postagens, o que seria o fim da picada, uma ironia para uma campanha tão poderosa.
Errar é humano, sim, no entanto a turma derrotada errou demais. Foi além dos limites. Parecia tonta no meio de campo. Deu à oposição uma vitória histórica contra uma máquina poderosa, reforçada ainda pela estrutura do governo e sua influência nos meios de comunicação. Em 80 anos de história da OAB/SE, é a primeira vez que a oposição derrota o poder de plantão. Como disse um colega jornalista, “fosse Henri Clay Andrade um pouco mais sátiro, deveria mandar fazer uma estátua (de Carlos Augusto Monteiro Nascimento) em agradecimento pela tragédia a que levou a sua candidata Rose Morais”.
Ao todo, 5630 advogados estavam aptos a votar. De acordo com a Comissão Eleitoral da OAB/SE, Henri Clay Andrade obteve 1861 votos, Rose Morais 1743 e Emanuel Cacho 398 votos.
Henri Clay Andrade fez um resumo da eleição: “Ganhamos com o braço, na raça, contra tudo e contra todos, pois nós queremos uma OAB independente e que não se ajoelhe para os poderosos. Vamos defender a sociedade e a advocacia”. Eis, pois...  

CANDIDATA DE CARLOS AUGUSTO MONTEIRO É DESMASCARADA POR ASSOCIAÇÃO DE JUÍZES
A ânsia por não largar o osso anda mexendo com os neurônios (?) dos “Donos do Poder” – explico mais adiante – neste pleito para a Presidência da Ordem dos Advogados do Brasil em Sergipe. A entidade, antes defensora da advocacia e da sociedade, passou por uma transformação inimaginável na gestão do atual presidente, o advogado de banqueiros Carlos Augusto Monteiro – até rimou
Ainda na pré-campanha, expedientes toscos foram usados para macular a moral e a honra dos adversários. Exemplo maior foi o famoso vídeo no qual o marqueteiro Lelé da Cuca dublava um bode cuspidor, em alusão aos advogados contrários à candidata Roseline Morais. Seguiram-se tentativas de impugnação de chapa de Henri Clay Andrade e Inácio Krauss. Depois, boatos na imprensa tratavam sobre uma possível candidatura de Henri Clay Andrade a prefeito de Aracaju, mesmo que uma simples consulta ao TRE comprovasse não ter ele filiação partidária alguma.
Agora, para vergonha da advocacia sergipana, já bastante desprestigiada pela omissão da OAB em defesa da classe e da sociedade – o povo ainda não engoliu a entidade ter ficado a favor do aumento do IPTU em Aracaju –, vem o desmentido feroz da Associação dos Magistrados Trabalhistas (AmatraXX) diante de um Conto da Carochinha dito no debate do programa de Gilmar Carvalho por Roseline Morais, ela própria advogada trabalhista e presidente da entidade dos defensores trabalhistas, de que teria formulado queixas contra magistrados do Tribunal do Trabalho em Sergipe por causa de “recorrentes abusos” contra as prerrogativas advocatícias.
Uma campanha e debates eleitorais baseados em mentiras poderiam funcionar 20 anos atrás, mas não nesta “Era da Informação”. Alguém precisa avisar isso à candidata de Carlos Augusto Monteiro. Encastelados no Palácio da OAB, achando-se “Donos do Poder”, perderam o rumo, cegaram-se pelo desejo sem pejo de virar um “patrimônio” daquela casa octogenária. Levaram a OAB ao abismo de ser recorrentemente confrontada com desmentidos. O de ontem (vide foto), de triste repercussão, é apenas mais um em uma coleção abjeta e plenamente dispensável.
Sergipe NÃO merece uma OAB fraca, tolerante com o abuso de poder das vestais do Poder e useira e vezeira da mentira. Uma entidade como a OAB precisa se resguardar, manter-se nobre e altiva, e o que se vê nesta eleição é justamente o contrário: um vale-tudo patrocinado pelo próprio presidente da Ordem, que se comporta não como um magistrado, mas como um torcedor de agremiação esportiva, ora urrando, ora fazendo bicos proeminentes, ora tentando se explicar das recorrentes diabruras de sua pupila-candidata. Que vergonha… ou melhor, que falta de vergonha.
Na sexta-feira 27 de novembro, advogadas e advogados sergipanos, da capital e do interior, vão às urnas escolher a próxima diretoria da OAB/SE. A classe sempre se caracterizou por ser capaz de discernir com clareza entre boas e más escolhas. Não há dúvida quanto ao despreparo de Roseline Morais para uma função que exige, no mínimo, alguém imbuído da verdade. Eis a questão...



QUEM AVISA AMIGO É...
O semanário Cinform fez excelente escolha ao nomear o jornalista Anderson Christian para conduzir a coluna “Cinformando”. O cabra é, perdão pelo clichê, uma “cobra criada”. Tem cabedal para avaliar cenários políticos e experiência em campanhas eleitorais, a permitir-lhe uma visão “inside” do processo partidário. Ademais, o caldo de quem aprecia leitura e música fá-lo trafegar por essas paisagens áridas da política como quem surfa ondas, daí o texto fluido.
Após os rapapés para o colega que estreia, vamos a um dos focos de suas análises nesta segunda-feira (19). Na opinião Anderson Christian – por mim corroborada, “in totum” –, tem havido abusos nos programas matutinos do rádio, onde “a campanha eleitoral nem é pré em algumas emissoras, está deflagrada e em pleno andamento”. Alerta o colega que “o Ministério Público Eleitoral ouve, e muito, esses mesmos programas”.
Sem citar nominalmente o comunicador George Magalhães, o analista atenta para “a atitude do radialista (que) visa a ajudar o chefe, é claro. Mas, de tão acintosa e espalhafatosa, a série de elogios ao ex-gestor – referência ao ex-prefeito Edvaldo Nogueira, cuja esposa é proprietária da 103FM, onde o programa é veiculado – pode acabar prejudicando a futura candidatura”.
Quem avisa amigo é...



NO QUE ERRAM LUIZ EDUARDO OLIVA E LUIZ EDUARDO COSTA SOBRE ATAQUES A JOSÉ EDUARDO DUTRA?
As edições domingueiras do Jornal da Cidade e do Jornal do Dia trouxeram escritos assinados por Luiz Eduardo Oliva e Luiz Eduardo Costa repudiando o ato de hostilidade contra o ex-senador e ex-presidente do PT José Eduardo Dutra, em frente à casa onde era velado o corpo do dirigente sindical, morto domingo passado vítima de câncer.
Os jornalistas são craques em erudição. “A morte de Zé Eduardo e a nau da insensatez” e “A baba de ódio que se derramou sobre o morto” os títulos dos respectivos artigos.
Luiz Eduardo Oliva apela aos clássicos da cultura elitista ocidental – a tragédia grega de Sófocles “Antígona” e a “Ilíada” de Homero – para condenar “os destemperados e tomados pelo ódio (que) não tiveram a menor cerimônia, o menor sentimento, e violando o sagrado direito de velar os mortos, foram à porta do velatório protestar e afrontar familiares e amigos de quem não podia se defender, e ainda jogaram panfletos em que se dizia Petista bom é petista morto”.
Luiz Eduardo Costa, jornalista de soberba eloquência, capaz de cometer textos laudatórios sobre – como exemplo frugal, por favor – a monarquia dirigida pelo ministro Jean-Baptiste Colbert sob o reinado de Luiz XIV de França, sem precisar recorrer ao Senhor Google, tratou do vitupério contra o petista sob a ótica da bravura do filósofo basco Miguel de Unamuno, reitor da Universidade de Salamanca durante a Guerra Civil Espanhola.
Na mesma linha de raciocínio usada pelo colega esquerdista, diz Luiz Eduardo Costa: “Quando num velório um morto é insultado, como aconteceu ao ser velado o corpo de José Eduardo Dutra, fica-se a duvidar do que acontece neste Brasil, onde Sérgio Buarque de Holanda exaltou o povo que era cordial”.
Ambos os escribas estão corretos ao analisar a reação ao corpo inerte do ex-senador: ódio desmedido, violência sem tamanho, ofensa vil à dignidade e a honra; uma afronta, um insulto lamentável e reprovável. Porém, no que erram Luiz Eduardo Oliva e Luiz Eduardo Costa sobre o ignóbil ataque ao velório de José Eduardo Dutra?
Nas motivações (dos manifestantes) não ditas, e menos ainda explicadas por eles – ou ao menos aludidas, por muito necessárias, para se entender o atual momento político brasileiro, fruto de uma contenda torpe engendrada pelo “Lulopetismo”: o “nós, bons versus eles, maus”, a condenar metade do país ao infortúnio de uma qualificação pejorativa, fruto da visão distorcida da política, e dos métodos plebiscitários urdidos e praticados pelo “genial” palanqueiro Luiz Inácio Lula da Silva.
É preciso se dizer sem medo, mesmo que nada disso mude – ou tente justificar, muito pelo contrário – aquele ato covarde: o vitupério ao velório de José Eduardo Dutra era uma ataque não àquele corpo morto, não ao ser humano tragado pela tragédia de uma doença infernal, mas ao chefe do PT que ele fora até bem pouco tempo, ao representante dessa facção política enrolada até a medula na Operação Lava-jato. Era um protesto inadvertido, esquisito, fora de ordem ou propósito civilizado ou civilizatório, porém um protesto... do tipo que só o PT o seria capaz de realizar. E que, no entanto, agora sente na própria pele.
Lamentavelmente, graças à maquinação mesquinha e rasteira praticada pelo “Lulopetismo”, a política no Brasil está radicalizada ao limite. E, convenhamos, José Eduardo Dutra não merecia “homenagem” tão virulenta no momento de sua despedida.



 SER JOVEM NÃO É DEFEITO, GENTE!
Nos últimos dias, declarações sobre candidaturas, competências e a eleição de 2016, do vice-prefeito de Aracaju José Carlos Machado, e dos deputados federais André Moura e Valadares Filho, atiçaram o meio político.
Para José Carlos Machado, a situação de Aracaju seria mais drástica, caso tivesse Valadares Filho como prefeito, porque “não se pode comparar a experiência de João Alves Filho com a dele”.
Na análise do deputado André Moura, arguto observador da cena política, as pesquisas hoje apontam para o empate técnico entre o prefeito e Valadares Filho, razão para o receio de José Carlos Machado, pois “há o desgaste natural de quem está no poder” e o “risco de perder existe, não se pode negar”.
Já na ótica de Valadares Filho, prefeito e vice morrem de medo da renovação, isso porque “ela virá acompanhada de novos projetos, de novas ideias e de uma grande energia e vontade de acertar”.
Vamos à história, em rápidas pinceladas: em 1975, ao assumir pela primeira vez o cargo de prefeito de Aracaju e nomear José Carlos Machado secretário de Obras, tanto este quanto o próprio João Alves Filho possuíam “zero” de experiência em gestão pública, não obstante terem literalmente “revolucionado” Aracaju. Somente em termos de grande avenidas, 14 foram implantadas. À época, eles eram ainda mais jovens do que Valadares Filho, e isso não lhes impediu a competência.
Ademais, no fatídico ano de 2006, com a máquina governamental às mãos, montado sobre uma experiência de quatro mandatos – um de prefeito, três de governador e uma passagem marcante como ministro do Interior na gestão do presidente Ribamar Ferreira (José Sarney) –, João Alves Filho achou-se no direito de desdenhar o contendor Marcelo Déda, vindo a perder para “o Menino” meses depois.
José Carlos Machado é um dos homens mais inteligentes com quem convivi e conheci. Possui visão estratégica macro do que seja administração pública e gestão eficiente. É um empresário consolidado, cuja atuação política é respeitada e até admirada pelos adversários. Contudo, erra ao usar o mesmo comparativo feito pelo amigo e parceiro João Alves Filho nove anos atrás.
Convenhamos – já ensinava há 2 mil anos o grande general chinês Sun Tzu –, não se deve desdenhar do adversário, sobretudo com ele às barbas (vide as declarações de André Moura sobre as pesquisas realizadas nos últimos meses). Pior ainda quando a gestão empreendida pelo DEM/PSDB carece de, digamos, presença mais visível, mesmo após a troca de luzes na Avenida Beira Mar. Seria mera justificativa pelo fracasso?
A briga promete ser boa, sobretudo porque não se deve menosprezar um outro contendor disposto a também lutar pelo pódio. Edvaldo Nogueira pode até não ter o mesmo approach de Valadares Filho, mas tem duas forças a favor dele: foi prefeito de Aracaju e não fez feio, além de trafegar bem entre a juventude “sonhática” das faculdades. Detalhe: ambos têm a possibilidade de receber apoio do governador Jackson Barreto que, mesmo desgastado politicamente, tem a máquina.
Porém, para finalizar, se alguém me questionasse neste instante: quem de todos os pré-candidatos possíveis teria chance de ser o próximo prefeito, eu diria sem medo de errar, o Negão.
O motivo é simples: Valadares Filho e Edvaldo Nogueira – assim como Zezinho Sobral (PMDB) e a própria deputada petista Ana Lúcia Menezes, também supostos contedores – não trabalham de forma estratégica. Acreditam piamente que podem empurrar com a barriga a discussão – leia-se, pré-campanha – até o próximo ano, mesmo erro cometido por Eduardo Amorim na eleição de 2014, com o resultado que todos conhecemos.