Domingo, 25 de Julho de 2009 – 00h05

A Nojeira de Edvaldo

O pré-candidato ao governo Nilson Lima sentiu o gostinho de estar na oposição num estado comandado pelo seu ex-chefe Marcelo Déda.

Na quinta-feira, pouco antes do evento promovido na Assembleia pelo PPS para recebê-lo como novo membro, a máquina administrativa da prefeitura de Aracaju mostrou “serviço”. Sob o olhar espantado de convidados e do presidente nacional do PPS, o ex-senador Roberto Freire, fiscais do município arrancaram as faixas comemorativas e de boas vindas fixadas nos limites do prédio do Legislativo.

O líder histórico dos comunistas de Sergipe Wellington Mangueira tentou argumentar com o chefe da “operação” que o evento era político e estava marcado com antecedência. Mas desistiu depois de um curto e grosso “Cumpro ordens, doutor”.

Após a festa na Assembleia, a alta cúpula do PPS seguiu para um restaurante chique da cidade, onde ocorreria a refrega etílica e gastronômica típica de comemorações do porte. Tal não foi a surpresa quando minutos depois Marcelo Déda, acompanhado do “secretário” Edvaldo Nogueira, chegou ao local.

Ex-colegas de parlamento, Roberto Freire foi à mesa do governador cumprimentá-lo. Não reconheceu o prefeito de imediato. Contou o ex-senador ao jornalista Carlos Batalha (“Batalha na TV”, TV Cidade, 23/07): “Não foi deselegância ou atitude de ressentimento pela maldade com as faixas, mas é que ele (Edvaldo Nogueira) estava tão bem vestido que eu sinceramente não o reconheci. Aproveitei a oportunidade e falei sobre o ocorrido. Para minha surpresa, dedo em riste, o prefeito disse que a ordem partira dele próprio, que faria tantas vezes fosse necessário e que tiraria até faixa homenageando o presidente Lula (da Silva) se estivesse irregular, quanto mais minha ou de Nilson Lima”.

Opa, calma lá. Eu não entendi muito bem... Edvaldo Nogueira mandaria tirar da Assembleia uma faixa em homenagem ao compadre-presidente?

Pausa rápida. Comento essa pérola na seqüência, pois não posso ignorar a tal “elegância” do prefeito comunista. Reparou que depois do noivado com a herdeira milionária, Edvaldo Nogueira virou outro. Trocou a cachaça por vinhos caros, o botequim por refinados restaurantes e assumiu um look metrosexual, bem semelhante ao do chefe maior. O visual casual dos surrados jeans e camisas pólo deu lugar a ternos bem cortados, cabelos aparados, barba alinhada, unhas feitas, perfumes sofisticados... Nada contra, afinal o dinheiro do comunista-burguês é dele e ele gasta como quiser. Mas é uma mudança inesperada, quase surreal! Ops, eu já estava esquecendo um “detalhe” pequenino: estamos no governo das mudanças, mudanças gente, mudanças...

Voltando à história das faixas. Edvaldo Nogueira é um grande loroteiro. Ele não teria tamanha ousadia. Digo mais, ele não teria coragem de mandar retirar uma faixa de louvor ao Todo Poderoso, mesmo se o evento não tivesse a presença do presidente. É conversa para boi dormir. Aliás, já teve muitas chances de agir assim, quando faixas homenageando Lula da Silva viraram mulambo de tantos dias expostas sem que ninguém ousasse retirá-las de ruas e avenidas de Aracaju.

Na condição de destacado “secretário” do governo Marcelo Déda, o prefeito comunista quis apenas lambuzar com litros de saliva o requisitado saco escrotal do chefe maior. Está claríssima a intenção de Edvaldo Nogueira no episódio: simplesmente “melar” o evento de Nilson Lima para agradar o “número um”, sabidamente um cidadão que não morre de amores por Nilson Lima. Vá lá, com alguma razão...

Ontem pude comprovar como a maldosa deselegância de Edvaldo Nogueira mexeu com Céus e Infernos. Numa entrevista a Fabiano Oliveira (“Arretado”, FM Sergipe), até o enigmático e eternamente “em cima do muro baixo” Albano Franco saiu em defesa do líder socialista: “Todo mundo sabe que eu nunca fui comunista. Pelo contrário, sou cristão de muita fé. Mas ele (Roberto Freire) é alguém cuja história de luta pela democracia no Brasil merece todo nosso respeito. Foi um ato pequeno (do prefeito)”.

A deselegância quase nunca é vil. Porém, quando se associa à maldade, estraga qualquer ambiente! Edvaldo Nogueira abusou do requinte de incivilidade. Foi medieval e cavalarmente deseducado. Tudo para não perder a oportunidade de babar...

É... trapos de pano gerando tanto tumulto. Esqueca isso, Edvaldo. Nojeira pouca é bobagem!

Quarta-feira, 22 de Julho de 2009 – 21h45

Cláudio Nunes, o Comunista-Colunista do Patronato

Passaram a ser corriqueiros os sistemáticos ataques dos lisonjeadores do governador Marcelo Déda, especialmente os travestidos de analistas políticos, contra os sindicatos de servidores públicos estaduais. Por vezes são ataques sutis, disfarçados sob o manto da “legalidade” ou mesmo dos “interesses maiores do estado”.

Representantes dos professores, dos policiais e até dos médicos já foram acusados de toda sorte de mazelas, notadamente os sindicalistas ligados ao Partido dos Trabalhadores, por essa camarilha esquerdista lotada nos órgãos de imprensa.

Detalhe sórdido: quando o governador Marcelo Déda não quer se comprometer publicamente, até para evitar arranhar ainda mais a já carcomida imagem pública, usa o bando de lisonjeadores oficiais para fazer o serviço sujo.

Nem sempre, contudo, tais investidas encontram uma pena adequadamente adestrada na arte de bajular o chefe maior, o “número um” como denominado pelo saudoso Flávio Conceição, e concomitantemente “mandar bala” de modo eficiente em quem cobra o cumprimento das muitas promessas feitas pelo governador das mudanças para pior

O “serviço” de hoje foi encomendado ao comunista-petista Cláudio Nunes, comandante do Diário Oficial Eletrônico do governo Marcelo Déda no Portal Infonet. Para desqualificar a luta por direitos adquiridos dos servidores da antiga Cohidro, Cláudio Nunes abjurou o ditame marxista de “trabalhadores em primeiro lugar” e passou a reverberar como verdade absoluta o prodigioso discurso do patrão Marcelo Déda.

Atacou ele em suas mal traçadas linhas: “Não pode aplaudir (referência aos sindicalistas) um aumento salarial ou qualquer outra vantagem quando estas têm origem na ilegalidade. Então só se denuncia como errado aquilo que não favorece a eles? Se auferir (sic) alguma vantagem por meio ilegal é válido? Omissão como essas e outras se traduz em crime que não sei tipificar...”.

  • Pausa rápida para uma aulinha de gramática da língua portuguesa. Por favor, Claudinho, Se auferir, não. Auferir, sem conjunção subordinativa condicional, dileto jornalista diplomado...

Voltando à vaca fria. Sem conhecer os meandros daquilo que comenta (“crime que não sei tipificar”), Cláudio Nunes avoca-se à defesa intransigente do governo Marcelo Déda desprovido de argumentação plausível. Ao confundir tripas com coração, acaba por favorecer a luta dos servidores, pois muitos deles agora se sentem ludibriados e moralmente “inferiores” quando comparam os salários aos de policiais civis e militares, por exemplo.

Na ânsia de babar o escroto do chefe maior sem deixar escorrer uma única gota de saliva, o lisonjeador-mor do governador Marcelo Déda no Portal Infonet “informa” ter a procuradoria estadual questionado os ganhos de servidores da Cohidro na Justiça do Trabalho, de quem obteve autorização para proceder “cortes, inclusive com retroatividade, em favor do Estado (dos cidadãos)”.

Às questões: porventura os servidores da Cohidro não são também cidadãos no pleno gozo do direito constitucional de arguir na Justiça qualquer “sintoma” de prejuízo, incluindo os de ordem salarial? Os sindicalistas da Cohidro não estariam apenas cumprindo o dever quando defendem uma categoria organizada civil e socialmente, que se sente ofendida no seu direito? Quem acreditou na cantilena poética do Céu na Terra feita pelo governador não pode agora cobrar que Ele finalmente a cumpra, inclusive através da Justiça?

Mas Cláudio Nunes apenas cumpre ordens, minha gente. O patrão é quem manda e Ele --o patrão-- tem sempre razão nas “análises” do camarada Cláudio Nunes. Os servidores da Cohidro e qualquer um que ouse discordar, cobrar promessas, criticar deslizes ou que promova qualquer desilusão no patrão dele que se...

Bem, o interessante de tudo isso é verificar que já não se faz mais comunista com vergonha na cara como antigamente.

Terça-feira, 21 de Julho de 2009 - 1oh37
Cochilo da Revisão e Canalhice Editorial
Posso garantir, o propósito não é “pegar no pé” do Jornal da Cidade. Mas não dá para ficar na moita quando os coleguinhas diplomados em Comunicação Social (Jornalismo) e defensores do diploma com unhas e dentes, mesmo tentando dar algum “molho” crítico às maracutaias envolvendo a prefeitura de Aracaju e as ONGs, cometem deslizes na briosa língua pátria e abusam dos limites éticos. Senão vejamos (nota publicada hoje na coluna Periscópio):
ONGs
Se o Ministério Público estiver disposto a fazer uma rígida fiscalização e apuração da atuação das organizações não-governamentais (ONGs) vai encontrar muitos políticos, senão como donos, apoiadores e recebedores de apoios de pessoas que comandam as instituições, que viraram braços do poder público na politicagem. Em Sergipe, ao que parece, a ONG mais séria é a do “Almir do Picolé”. Ou não?
Alô revisão, o correto seria ... políticos, se não* como donos...
Agora, sinceramente, não teve a menor graça a chinfra com a Creche Almir do Picolé. O cara é um abnegado, pé rapado --ou “urêia seca” como queiram. Vive nos semáforos sob sol ardente recolhendo uns trocados para tocar sua “ação social” e recebe esse petardo gratuito e completamente fora de propósito. Uma alusão idiota pela falta de conteúdo real e visceralmente canalha por comparar Almir do Picolé com a camarilha que se instalou na prefeitura de Aracaju para sorver gordos dividendos do erário através de Organizações Não-Governamentais.
Pelo trabalho humanitário e verdadeiramente social que realiza, Almir do Picolé merece muito respeito.
O jornalista diplomado e defensor do diploma lotado no Jornal da Cidade deveria, sim, levantar a bunda da confortável cadeira de lisonjeador oficial e investigar de verdade os negócios milionários atrás do biombo dessas ditas ONGs. Deveria procurar, por exemplo (vai aí a pauta!) onde se ligam as entidades “Missão Criança Aracaju”, da senhora Eliane Aquino, esposa do governador Marcelo Déda, e a “Recriando – Inclusão e Cidadania”. Saber quem são seus reais proprietários e provedores já seria um bom começo de conversa.
Com sua maldosa e irresponsável ilação contra Almir do Picolé, uma brincadeira típica de moleques porquanto desprovida de argumentos factuais ou evidências comprovadas de desvios éticos, o Jornal da Cidade se nivela a um mural oficial, ocupado unicamente por criar cortinas de fumaça para mascarar verdades incômodas a quem está no comando. Triste sina!
  • (*) Rápida aulinha de gramática da língua portuguesa aos diplomados do JC: senão é conjunção adversativa e preposição, com o sentido de: 1. do contrário, caso contrário, de outro modo, de outra forma; 2. mas, mas sim; 3. mais do que; 4. a não ser. Já se não são duas palavras distintas; conjunção subordinativa condicional se + não advérbio de negação; significa dizer “caso não”.
Volto mais tarde! A todos um bom dia.
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veja o texto original:

Domingo, 19 de Julho de 2009 – 23h50

A Farra das ONGs em Aracaju

O assunto é chato, porquanto repetitivo. Contudo, os negócios entre a prefeitura de Aracaju e as Organizações Não-Governamentais parecem ser um novelo prolífico, cujos meandros ainda minimamente conhecidos apontam para um oceano de estripulias. É preciso entendê-los em toda sua inteireza a fim de evitar qualquer mínima dúvida.

Parte da história já está clara. Para burlar normas típicas da administração pública --prestação de contas, por exemplo-- e princípios éticos básicos, Edvaldo Nogueira usa entidades “filantrópicas” através das quais emprega cabos eleitorais e apadrinhados dele próprio e de apaniguados. Repasses milionários não totalmente explicados sugerem o abuso de recursos públicos para fins obscuros (leia textos publicados anteriormente sobre o assunto logo abaixo).

É surrealmente simples o modus operandi da “rede social” criada por Marcelo Déda quando esteve prefeito, mas levada à quintessência pelo seu sucessor, tendo a “consultoria geral” do calejado deputado federal Jackson Barreto, especialista em arranjos “político-administrativos”:

1 – A prefeitura repassa dinheiro do erário a uma entidade cadastrada como Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), também conhecida como Organização Não-Governamental (ONG).

2 – A entidade, por ser regida através de leis próprias (lei federal 9.790; leis estaduais 5.285/5.850), não tem obrigações típicas da administração pública; pode contratar pessoal sem concurso público, realizar obras e contratar serviços sem licitação, e o regime de prestação de contas é diferenciado.

3 – A entidade geralmente é teleguiada por um político via apaniguados e funciona como braço financeiro e comitê eleitoral; através dela, o político emprega cabos eleitorais e amigos, realiza “atividades sociais e educativas” nas comunidades onde “atua”, constrói (ou dá apoio a) bases eleitorais avançadas, disfarçadas de creches, orfanatos e escolas profissionalizantes; tudo gerenciado como empresa particular.

4 – A entidade pode servir ainda para abrigar “despesas” cuja presença na contabilidade da prefeitura geraria um escândalo; às relacionadas a atividades tipicamente eleitorais e eleitoreiras, por exemplo.

Até a semana passada apenas a Sociedade Eunice Weaver estava na berlinda, inclusive por conta dos repasses milionários feitos por Edvaldo Nogueira à entidade nos últimos quatro anos: quase R$ 25 milhões. Sabe-se agora, ela não está sozinha no negócio.

Numa entrevista ao Jornal da Cidade deste domingo, o prefeito Edvaldo Nogueira admitiu ser a Sociedade Eunice Weaver uma entre várias ONGs contratadas para prestar serviços à prefeitura de Aracaju em casos de projetos temporários e nas situações onde não se realizou concurso público, “como acontece em alguns projetos da Secretaria de Assistência Social e Cidadania”.

O documento abaixo é cópia da Carteira Profissional de um cidadão comum. Um entre um número ainda desconhecido de contratados através de ONGs para supostamente prestar serviços em repartições da prefeitura de Aracaju --no caso em questão, uma escola.

Algumas observações:

1 – Ao verificar a data de contratação do cidadão pela Sociedade Eunice Weaver na página à esquerda (destacada em verde) e a data de dispensa do serviço, logo abaixo na mesma página (destacada em vermelho), comprova-se ter sido por um período inferior a três meses --soa bastante comovente a contratação ocorrer justamente três dias antes da eleição vencida por Edvaldo Nogueira ainda no primeiro turno em 2008; mas isso é outro capítulo dessa tumultuada história!

2 – Indo à página da direita, vê-se a nova contratação (destacada em azul), agora datada de cinco meses depois, precisamente 20 de maio de 2009. Dessa vez no entanto, o contrato foi assinado por outra ONG, a Sociedade de Estudos Múltiplos, Ecológica e de Artes - Sociedade Semear. O “servidor público” do exemplo continua lotado numa escola municipal. Para evitar possíveis retaliações, omiti sua função.

  • Dica ao Ministério Público Estadual. Trata-se não de um caso atípico, onde o trabalhador estava em avaliação de desempenho e acabou dispensado. Tem sido usual à Sociedade Eunice Weaver e a outras ONGS subvencionadas pelo município de Aracaju --e suspeito que seja uma prática de muitas ONGs-- a contratação de pessoal por menos de 90 dias. O trabalhador do exemplo acima tinha registros anteriores na própria “Eunice Weaver”, de onde foi dispensado e um tempo depois recontratado.

Noutras palavras: apesar de receber da prefeitura a verba integral (remuneração do empregado + remuneração da entidade + impostos) para contratar pessoal, a rotatividade de contrações e dispensas gera uma receita adicional transversa à ONG berneficiária: não está obrigada a pagar o aviso prévio de dispensa, por exemplo.
A questão intrigante é: por que a transferência do empregado de uma ONG para outra se ele permeneceu no mesmo serviço, na mesmíssima repartição, da qual aliás ele nunca se afastou mesmo quando o documento legal de contratação não estava de novo assinado? Detalhe importante: os pagamentos no tipo de operação do exemplo acima são feitos não mensalmente, mas por períodos acumulados geralmente em torno de três meses.
Dor de Cabeça - A farra das OGNs tem gerado uma dor de cabeça no prefeito Edvaldo Nogueira e pode atingir em breve também o governador Marcelo Déda. Em novembro de 2006, a imprensa nacional divulgou o milionário repasse de dinheiro feito pela Petrobras à “Missão Criança Aracaju”, entidade comandada pela então primeira-dama do município, dona Eliane Aquino.

Entre 2003 e meados de 2006, apenas da Petrobras foram mais de R$ 2 milhões. A soma teria sido usada para atender cerca de mil crianças. Os contratos foram autorizados pelo então presidente da estatal José Eduardo Dutra.

A Missão Criança Aracaju parece manter uma relação simbiótica com outra ONG, o Instituto Recriando – Inclusão e Cidadania. E não seria uma ligação qualquer...

Por hoje é só. Até mais!

Sábado, 18 de Julho de 2009 - 19h52

Do Siderado e Outros Bichos

O prezado criminalista, ativista político e senador suplente Emanuel Cacho enviou-me a mensagem abaixo, que comento logo a seguir. Volto já!

Caro David Leite

É com enorme satisfação que recebo a notícia que o “Siderado” está de volta para de-leite de alguns e tristeza de outros. Se houvesse uma canção que você pudesse fazer para ele (César Gama), seria “Siderado” do Skank:

“Eu fiz esta canção
Faltando alguém, quem
Fiz essa canção sem opção, sei
Fiz essa canção porque me falta alguém
Fiz essa canção de coração, sei
Porque eu te espero nas manhãs
De nuvens só feitas de lãs”

Enfim!!! Brincadeiras à parte, nosso “siderado” César é um dos melhores e mais apimentados colunistas que conheci. Em seus textos diretos e objetivos, destila conhecimento e coragem peculiar aos quase-loucos, quase-insanos, mas revestido de notícias e fatos quentes.

Em seus estudos de auto-análise nas ciências de Freud, se especializou muito mais para se entender, do que para entender os clientes.

A Senadora Maria do Carmo, com seu senso apurado e sutil, sem guardar reservas, adjetivou César com esse termo de forma conceitual para retratar alguns momentos da administração do ex-governador João Alves Filho diante de turbulências eventuais.

Afinal, César era "alvo" constante de críticas e elogios. Não se conhecia meios termos para ele. Reconheço, entretanto, que é um grande jornalista e sua ausência estava sendo sentida.

Que bom ter César de novo na “Oposição”. Acho que ele ouviu seu chamamento.

Emanuel Cacho

* * * * * * * * *

Voltei! Preclaro Emanuel Cacho, de uma coisa tenha plena certeza: com a chegada de César Gama ao “inferno” do jornalismo sergipano, onde praticamente somos os últimos e os únicos com algum desejo real de não dizer “amém” ao governo das mudanças para pior, confesso, fiquei entusiasmado.

Enquanto 99% da crônica política estão dedicados à manter sempre lustrada a santificada imagem pública do governador Marcelo Déda, uma farpa de “oposição” faz bem.

Você foi testemunha das minhas brincadeiras ao incitar César Gama a voltar a escrever. Portanto, conhece os fatos! Sei que, como eu, você também riu muito da cara de muxoxo do nosso amigo quando eu destilava meus venenos.

Porém, é preciso ter cristalina a noção de “Oposição” contida no seu texto e aqui referendada. Meu compromisso é unicamente com os fatos. César Gama, posso garantir, também se fia neles para emitir qualquer juízo, porquanto “oposição” ou não, ambos pretendemos basicamente fomentar um diálogo crítico e não o monólogo estritamente lisonjeador, apreciado como iguaria pelo Palácio do Governo. Grato pelo comentário. Um abraço forte.

Volto mais tarde, porque a chapa continua quente. O imbróglio “Eunice Weaver”, ao que parece, é apenas a pontinha de um novelo prolífico. Os negócios da administração comunista de Aracaju estão longe de se restringir apenas a ela...

Sexta-feira, 17 de Julho de 2009 - 08h37

A Torcida do Jornal da Cidade

O governador Marcelo Déda deveria repreender com firmeza seus lisonjeadores oficiais lotados no Jornal da Cidade, para prestarem mais atenção no serviço. Na quarta-feira, a coluna Periscópio cometeu um terrível “ato falho” --ou seria ignorância mesmo?-- que cria dissabores ao chefe maior.

Uma nota intitulada “SC do NE” reproduziu uma suposta declaração do ex-mandatário, bem dentro da linha “o gostosão daqui sou eu”. Segundo a coluna, João Alves Filho teria dito: “Eu tenho confiança de que em quatro anos deixaremos o Estado de Sergipe arrumado... Eu sempre desejei o poder para realizar o sonho de transformar Sergipe na Santa Catarina do Nordeste.”

Na ânsia de agradar o “número um”, o lisonjeador oficial de plantão no Jornal da Cidade saiu-se com uma emenda cuja construção emporcalha o soneto dos planos petistas ao informar ter sido a declaração “feita pelo líder dos Democratas, João Alves Filho, que governou Sergipe por três mandatos, portanto 16 anos, e no último deles construiu uma ponte, colocou o nome do pai e pensa ser a Hercílio Luz.”

16 anos? Como assim? Cada mandato de governador, pelo que sei, compõe-se de um quadriênio: 4 anos x 3 mandatos = a 12 anos!

De três, uma: o lisonjeador oficial de plantão no Jornal da Cidade estava demasiado “tungado” e sua capacidade cognitiva ficou comprometida pelo elevado coeficiente etílico percorrendo suas veias (hug!), ou... o ilustre colega teve péssima instrução básica em Matemática, ou... tem alguém com tanta saudade de João Alves Filho no probo Jornal da Cidade a ponto de, “inconscientemente”, apesar da missão de manter sempre lustrada a régia imagem pública do chefe maior, imputar ao ex-governador mais um mandato, um ano antes da eleição.

Torcida boa, essa...

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Veja o texto original:

http://www.jornaldacidade.net/2008/noticia.php?id=37232#T+

Quarta-feira, 15 de Julho de 2009 – 18h15
O Proverbial Laconismo do Prefeito Comunista As impressões digitais do deputado federal Jackson Barreto no silencioso negócio mantido pela prefeitura de Aracaju com a Sociedade Eunice Weaver sugerem um ato racional do prefeito Edvaldo Nogueira ao manter a boca bem fechadinha acerca do imbróglio.
A Sociedade Eunice Weaver foi criada em 1941 para prestar assistência aos filhos sadios dos portadores de lepra. Por 63 duros anos sobreviveu basicamente de doações e singelos convênios com organismos públicos. Para ajudar a manter um trabalho de reconhecido valor humanitário, a Sociedade Eunice Weaver recebia mensalmente da prefeitura de Aracaju, até o início de 2004, algo como R$ 30 mil.
No ano da campanha de reeleição de Marcelo Déda as subvenções deram um salto espetacular. A Organização Não-Governamental passou a prestar à municipalidade todo tipo de “serviço”, atendendo da Superintendência de Transporte e Trânsito às secretarias de Educação e Assistência Social e Cidadania.
Devemos revisar o passado para entender como uma entidade supostamente séria adentrou o submundo das peripécias “não republicanas”. Janeiro de 2000: Marcelo Déda e Edvaldo Nogueira assumem a prefeitura de Aracaju. Outubro de 2003: prefeito e vice são reeleitos. Abril de 2006: Marcelo Déda renuncia para disputar o governo. Edvaldo Nogueira o substitui.
O novo prefeito assumiu sob o signo da continuidade. A secretária de Assistência Social e Cidadania Rosária Rabelo, assistente social do quadro efetivo da secretaria desde a primeira gestão de Jackson Barreto (1986/1988) e secretária a partir de abril de 2004, foi mantida no cargo. Rosária Rabelo faz parte da cota do deputado federal Jackson Barreto no loteamento de cargos urdido para dar suporte político às gestões do PT e agora do PC do B.
As ligações de Rosária Rabelo com Jackson Barreto remontam a duas décadas, quando ela ainda namorava o ex-secretário de Comunicação da prefeitura e atual secretário estadual de Comunicação Carlos Cauê, com quem tem uma filha. Aliás, Carlos Cauê e Jackson Barreto mantêm relação umbilical quase secular --desde sempre, as campanhas políticas feitas pelo jornalista e os cargos públicos por ele ocupados tiveram o apadrinhamento do deputado.
Rosária Rabelo tem muitas qualidades. É uma competente gestora de recursos públicos: entre 2004 e o início de 2009 transferiu aproximadamente R$ 14 milhões somente à Sociedade Eunice Weaver. É uma protetora maternal da própria família: a irmã dela é funcionária da... Sociedade Eunice Weaver. Outros parentes seus, com ligação de terceiro e quarto graus, também estão na folha de pagamento da ONG.
Rosária Rabelo é muito inteligente. Encontrou um meio de retribuir com folga ao amigo Jackson Barreto a indicação dela ao cargo. Empregou através da... Sociedade Eunice Weaver vários cabos eleitorais, coleguinhas e até parentes do deputado. A adjunta da Secretaria de Assistência Social e Cidadania é cunhada de JB.
Seu coração generoso permitiu ainda manter nos quadros da secretaria a irmã do ex-consorte, além de vários amigos históricos e até gente da cozinha de Carlos Cauê. Não se sabe se pagos com “dotação” própria ou através da... Sociedade Eunice Weaver. A Chapa Está Quentíssima - A oposição questiona a exata dimensão da participação da... Sociedade Eunice Weaver nos pleitos eleitorais de 2004, 2006 e 2008. Deles são personagens ativos o governador Marcelo Déda, o prefeito Edvaldo Nogueira, o deputado Jackson Barreto e Carlos Cauê.
O volume de recursos empregados nessas campanhas foi milionário, especialmente na renovação de mandato de Edvaldo Nogueira. Além dos repasses feitos por Rosária Rabelo, outros R$ 10,2 milhões abarrotaram os cofres da ONG entre 2004 e janeiro de 2009, acumulando no período um total de R$ R$ 24,2 milhões, oriundos de várias secretarias da prefeitura de Aracaju.
A intimidade de Edvaldo Nogueira com Jackson Barreto nasce na pré-história da democracia brasileira. Quando ainda fingia estudar Medicina na UFS em meados de 1985, Edvaldo Nogueira desfrutou do apoio logístico de Jackson Barreto e de outros caciques do MDB para suas campanhas pelo DCE. Na contrapartida, promovia atos e pichações em favor da candidatura de JB a prefeito de Aracaju.
A história é bastante conhecida! Jackson Barreto acabou cassado pela Assembleia Legislativa. Acusado de encher os próprios bolsos e os de alguns parentes com recursos do erário público, o danado partiu para o contra-ataque candidatando-se a vereador.
Naquele momento, Edvaldo Nogueira aproveita-se da poderosa empatia pública de Jackson Barreto e conquista o mandato de vereador numa eleição histórica (1988), onde metade da bancada foi eleita com os votos obtidos por JB. Dali adiante, o estudante universitário colou no ágil companheiro.
Jackson Barreto tem um modo, digamos, peculiar de conquistar votos. A longevidade política dele, especialmente por ter elegido com seu cabedal o maior número de prefeitos e vereadores de Aracaju na história da capital, é a maior prova de sua capacidade de “negociação”. Para vencer uma disputa eleitoral, Jackson Barreto é capaz de tudo! Edvaldo Nogueira sabe muito bem disso --a bem da verdade, Sergipe inteiro sabe.
Fica mais fácil agora compreender as razões para Jackson Barreto estar tão “empolgado” e atirar em todas as direções ao defender a “honestidade”, a “retidão de caráter” do prefeito Edvaldo Nogueira e a “lisura” dos contratos com a... Sociedade Eunice Weaver. Afinal, o deputado defende a si mesmo, aos seus apaniguados e aos apaniguados dos seus apaniguados.
O prefeito Edvaldo Nogueira tem toda a razão no seu proverbial laconismo. Por que meter a língua nessa cumbuca quente? Melhor deixar a chapa esfriar. Enquanto isso, que tal concentrar as investigações sobre a... Sociedade Eunice Weaver no deputado Jackson Barreto? Desse monturo podem surgir coelhos bem nutridos...

Segunda-feira, 13 de julho de 2009 - 22h45

Finalmente, César Gama Pariu

Após espera quase milenar, pude hoje debruçar-me à leitura do Diário de Um Siderado, o site-panfleto do jornalista César Gama, ex-secretário estadual de Comunicação, ex-diretor do Correio de Sergipe, ex-diretor do Cinform.

A nominação do site não poderia ser mais adequada e foi pela primeira vez usada para definir o próprio César Gama por ninguém menos que a então primeira-dama, a senadora Maria do Carmo. Numa entrevista ao Cinform em meados de 2005, onde metia o sarrafo em alguns dos auxiliares do marido, sobrou para César Gama esse achado miraculosamente perfeito...

Quando conheci César Gama, uns doze anos atrás, metade de Aracaju o odiava. A outra metade também, mas com menos fervor. Tamanho desamor se fiava no temperamento arredio e intencionalmente siderado do corajoso jornalista.

César Gama vive agora num regime quase sacrossanto. Mas já foi ameaçado de morte e teve de andar guarnecido por seguranças, e ele próprio portando algumas armas, para proteger a si e à família por conta de uma série de reportagens onde denunciou maus policiais e um grupo da Polícia Militar por ele denominado de “A Missão”, especializado em extermínio.

Poucos jornalistas no país podem ostentar no currículo os dias perigosamente instáveis vividos por César Gama naquele período. Certo colega, repórter à época das denúncias e atualmente editor-chefe de um importante jornal da cidade, optou por refugiar-se em Salvador, longe de possíveis encrencas ou mesmo do grosso calibre dos rifles policiais. César Gama, além de ficar em Aracaju, ainda desafiava os meganhas sorvendo sua inseparável cerveja pelos bares e em recantos lupanares noite afora...

A “maldade” de César Gama, motivo do desafeto nutrido por tanta gente, especialmente por parte expressiva dos colegas, é que pouquíssimos, um mero punhadinho cabente em meia mão, associam texto irreparável, faro jornalístico e capacidade de gestão de uma Redação com mão de ferro, onde competência e dedicação são cobrados a cada segundo, como ele possui.

Diário de Um Siderado é um projeto surgido no ano passado. Vi-o nascer pela inconformidade de César Gama com os meios de comunicação locais, de onde afastou-se sumariamente --a bem da verdade, não por conta própria; mas isso é outra história! É um compêndio do César Gama multifacetado: o biólogo, o filósofo, o anarquista, o jornalista, o siderado. Relato dinâmico de uma persona de vasta cultura, contrastante com a planície ágrafa que permeia nosso cotidiano jornalístico.

Nas últimas semanas insisti sobremaneira com César Gama para vê-lo retomar os escritos. Convidei-o com galhofa várias vezes a juntar-se à oposição, nem sempre respeitando ambiente e plateia onde os “convites” foram feitos. O motivo era simples: faltava o texto de César Gama para apimentar nossa amorfa e lijonseira crônica política.

Então hoje, finalmente César Gama pariu seu Diário de Um Siderado. Já não era sem tempo. Imaginava que de tanto andar cercado de políticos, ele já estava se acostumando a também fazer promessas. Mas, graças ao Céus ei-lo aí já tão descaradamente útil, nos compelindo às gargalhadas com suas criativas --e por vezes perversas-- inflamações.

Seja bem vindo ao inferno, César Gama!

A seguir, veja parte de um texto que ilustra muito bem a agilidade da afiada pena desse meu agora cândido amigo.

O texto completo veja em: www.diariodeumsiderado.com

O Governador e o 'malaco'

Por César Gama

De todas as lembranças empoeiradas estocadas na memória que vez ou outra afloram aleatoriamente no meu consciente, uma delas tem se destacado há dois anos com certa recorrência. Creio que por duas grandes razões: o fato de o episódio ter sido recente, e as circunstâncias estupidamente inverossímeis em que ocorreu, provocando perplexidade e realmente siderando não só a mim, mas aqueles que o presenciaram.

Os protagonistas da cena foram o governador Marcelo Deda e o prefeito Edvaldo Nogueira, no exato dia da reeleição deste último. De minha parte, atuei como mero coadjuvante.

Leia mais em www.diariodeumsiderado.com

Domingo, 12 de Julho de 2009 – 00h25

O Voto de Silêncio de Edvaldo Nogueira

De fato, apesar das embriagadas tentativas de imitar um discurso ao estilo Marcelo Déda, com pendores poéticos e encantamentos prestidigitadores, Edvaldo Nogueira no máximo tocou zabumba e arriscou um rebolado.

Se o silêncio do prefeito tem sido a alma do negócio entre os cofres municipais de Aracaju e a Sociedade Eunice Weaver, não se deve esconjurá-lo por mais uma semana ter passado sem nenhuma palavra sobre o assunto... Ele nunca foi de falar muito!

A operação abafa para manter Edvaldo Nogueira bem longe da querela envolveu o vice-prefeito Silvio Santos, os secretários Jeferson Passos (Finanças), Tereza Cristina (Educação), Rosária Rabelo (Assistência Social), Antônio Samarone (Transporte e Trânsito) e Bosco Rolemberg (Chefia de Gabinete), e até a deputada comunista Tânia Soares.

Duas possibilidades: o prefeito achou o assunto insosso demais e preferiu assistir a tudo pelo noticiário passivo das emissoras de TV, para não se irritar com os abusados oposicionistas ou... Sete pessoas! Sim, sete pessoas, entre as quais o vice-prefeito, cumpriram a tarefa de tentar dar rumo lógico ao imbróglio. Seria uma ferida tão grande assim para mobilizar metade do secretariado de Edvaldo Nogueira, mas não o suficiente para fazê-lo desembuchar, pelo menos por agora?

Chega a impressionar a quantidade de recibos e os calhamaços e mais calhamaços de papéis distribuídos pelos representantes da prefeitura. Quem tiver paciência para somar a papelada comprova o repasse integral de R$ 24 milhões. Isso já está claro. Resta saber quem recebeu todo esse dinheiro, quais as ações empreendidas e as obras construídas.

Nos bastidores, a chapa ficou quentíssima após o vereador Juvêncio Oliveira sugerir a convocação dos parlamentares sem ônus aos cofres públicos durante o recesso, para discutir os repasses à Sociedade Eunice Weaver e a outras entidades “filantrópicas”.

Seria a oportunidade ideal para o próprio Edvaldo Nogueira quebrar o gelo e explicar a contratação de pessoal através da Organização Não-Governamental para supostamente atuar na administração municipal. Coisas simples: nome completo, cargo ou função, descrição da atividade exercida, local de trabalho, data de admissão, valor da remuneração, número total de contratados, valor mensal repassado às “ações sociais” e obras...

Outra pergunta ao lacônico prefeito: a Apae fechou por causa de uma dívida de R$ 150 mil. Será que desses tais R$ 28 milhões não sobrou uma laminha?

Domingo, 06/07/2009 – 00h13

Onde Dói, Prefeito?

Edvaldo Nogueira é uma metamorfose ambulante. Dez anos atrás, nos palanques com Marcelo Déda, coadunava no discurso de ataques virulentos à velha burguesia matreira --incluindo as construtoras.

O prefeito de Aracaju prefere ser essa metamorfose ambulante, a ter aquela velha opinião formada sobre... dinheiro público, por exemplo!

Os fabulosos repasses do Município de Aracaju à Sociedade Eunice Weaver: R$ 28 milhões na década; R$ 22 milhões somente nos últimos quatro anos.

A esquerda brasileira alcançou o poder com sede voraz. A fábrica de Organizações Não-Governamentais criada por essa gente é o vistoso biombo a encobrir atividades, digamos assim, “não republicanas”.

O pulo do gato é a esperteza de transferir dinheiro público a quem não precisa basear-se nos trâmites burocráticos típicos da administração pública para prestar contas sobre onde aplica os recursos.

Edvaldo Nogueira, a metamorfose ambulante.

Edvaldo Nogueira e Marcelo Déda, essas metamorfoses ambulantes.

Parênteses: Notaram como o prefeito de Aracaju só aparece quando a cena lhe é favorável. No momento das enchentes ele sumiu. Agora, sumiu de novo.

A Metamorfose Ambulante e a ONG - O vice-prefeito Silvio Santos acusou o deputado estadual Augusto Bezerra, autor das denúncias, de “não fazer papel de homem decente” ao imaginar como lavagem de dinheiro os convênios com a Sociedade Eunice Weaver.

O contraponto do deputado: qual o trabalho desenvolvido para justificar os vultosos repasses de mão beijada a uma única entidade?

Os secretários da Prefeitura de Aracaju podem gastar todo o latim do planeta na tentativa de explicar o enredo com a Sociedade Eunice Weaver. Mas tanto dinheiro público sem licitação, sem a devida prestação de contas? Eis a questão!

Aliás, até hoje a coleta de lixo em Aracaju, o transporte coletivo e o parquímetro auferem gordos dividendos sem licitação.

Pensando bem, a esquerda detesta uma licitaçãozinha! Vide Rogério Carvalho e os mais de R$ 200 milhões sem licitação na Saúde estadual.

Por que o prefeito Edvaldo Nogueira prefere trabalhar com aquelas surradas cartas marcadas? A Metamorfose...

Se hoje o prefeito comunista brilha, amanhã quem o achou insosso talvez lhe conceda outros atributos. Elogios, por exemplo, pela mais rica, mais bem estruturada e “juridicamente” organizada campanha eleitoral da história de Aracaju! À criticada falta de charme, devemos aplaudi-lo pelo romance galante e burguês com a herdeira milionária.

Já a quem quer ouvir respostas? Bem...

Quem lida com dinheiro público pode muito. Não pode é esgueirar-se quando o calo aperta! Sei, a pergunta é chata. Mas preciso fazê-la: prefeito, onde dói quando o senhor ouve a palavra licitação?