...
Domingo, 21/08/2011
Caros e caros, temos hoje dois textos publicados durante a semana passada no Twitter.
....
Inverdades verdadeiras
...
Na sexta-feira à tarde, @MarceloDeda retwittou e agradeceu do senador @ValadaresPSB as felicitações “pelo desempenho em favor da industrialização da carnalita (Vale do Rio Doce), que será um marco para a economia”. O lamentável é que o governador não moveu uma pedra para que isso ocorresse.
Todo o projeto de fabricação de ureia fertilizante a partir da carnalita, mineral que era inservível para este fim com a tecnologia de então, foi totalmente engendrado pelos próprios técnicos da Vale do Rio Doce, ainda na gestão de @JoaoAlvesFilho, que se esforçou para tornar aquele sonho realidade –na verdade, conforme dizem funcionários da empresa de modo particular, o gestor petista nem se interessou pelo assunto quando, ainda no primeiro mandato, o tema lhe foi levado pela alta direção da Vale do Rio Doce.
Neste ínterim, eis que surge uma patente adequada para extrair o mineral e viabilizar comercialmente sua industrialização. Mas era preciso haver parceria, pois os custos de desenvolvimento da nova tecnologia exigem a intervenção financeira do governo federal, sem esquecer também da necessidade de licenças ambientais de exploração e para o desenvolvimento/comercialização do novo produto, inclusive no exterior.
Quem entra em cena? @MarceloDeda? Não, gente! A própria Vale do Rio Doce tratou de buscar suas fontes e resolver as pendengas. Somente depois que soube das negociações com gente do governo em Brasília –já bastante avançadas, diga-se–, é que o governador resolveu “intervir”, para “ajudar” na liberação dos protocolos. Este é o grande mérito de @MarceloDeda, e nada mais...
É aquela história, da inverdade dita mil vezes que acaba tornando-se a “verdadeira verdade”! Até o mentiroso passa a acreditar nela, pois tem a mente contaminada pelo esforço de fazer da mentira um fato do mundo real.
___

O residencial dos radialistas sergipanos miou
...
No fim da manhã de 21/12/2009, o prefeito de Socorro/SE, radialista @FabioHenriqueSE , assinou o Termo de Doação da área onde seria construído o prometido Residencial Radialista Laércio Miranda, para abrigar os profissionais do rádio sergipano. A assinatura do terno ocorreu durante o almoço de confraternização com a imprensa.
FH explicou na ocasião que aquela doação somente era possível porque o governador @MarceloDéda, através da Cehop, doou a propriedade à prefeitura e, por conseguinte, ao projeto. Agora, a doação miou, pois não há termo de transferência e, assim, não será possível iniciar a obra.
O terreno tem histórico de invasões clandestinas, com expulsão de famílias instaladas em casebres precários. O Movimento Organizado dos Trabalhadores Urbanos (Motu) reivindica-o para si e o governador parece concordar com a demanda, mesmo que a área já esteja comprometida. Fernando Cabral, presidente dos Sindicato dos Radialista e mentor do projeto, juntamente com a Prefeitura de Socorro, tenta solucionar a questão.
Mas, pelo que se ouviu ao meio dia da quinta-feira, 18/08, na TV Atalaia, do secretário Secretaria de Articulação com Movimentos Sociais, @chicobuchinhopt –“O terreno nunca pertenceu ao município e sim ao governo estadual, havendo, portanto, de ser doado ao Motu”–, o governador, pressionado pelos fatos, resolveu empurrar a doação com o bucho.
A briga promete ser boa...
___
Algumas opiniões colhidas via Twitter e Facebook:
O caro @depVenancio diz que @MarceloDeda "quer dá calote no Sindicato dos Radialista, mandando o MOTU ocupar terreno do residencial." #Eta
Defende @salesneto1, secCom: "O governador @MarceloDeda não quer e não vai dar calote. A situação será resolvida a contento. Pode confiar."
Ontem, o secretário @chicobuchinhopt disse na TV Atalaia que o terreno não era dos radialistas. O caro Nivaldo Cândido o desmentiu." Feiúra.
De @gleidsonpp11 e o terreno dos radialistas: "Nunca vi um governo de estado orientar invasão." A pressão do MOTU está sendo grande demais.
De Marcos Diego Correia: Trêta a vista!!! haha
De Nazaré Carvalho: E mais uma vez, "dança" o radialista. É esse o tratamento dado aos que fazem o Rádio em nosso Estado. Não dá para viver de "faz de conta". 


...
Quinta-feira, 18/08/2011
Incrível, mas Marcelo Déda não consegue envergonhar-se. Ele fracassou
...
Em 10/06/2011, o site do @Cinform publicava matéria do repórter Delano Mendes acerca da educação em Sergipe, na gestão do governador @MarceloDeda. Usando dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), o jornalista concluiu que “as escolas públicas sergipanas reprovam em matéria de melhoria do ensino”.
Lamentável constatar, mas é tudo verdade! O resultado do Ideb, com nota 3,8 para as séries iniciais do ensino fundamental, coloca Sergipe bem abaixo da meta estipulada pelo Ministério da Educação –5,4. Trocando em miúdos, “o resultado faz com que o estado tenha a terceira pior rede escolar do país”, segundo Delano Mendes.
O dado ainda mais lamentável: ao final de 2006, a educação pública sergipana era a primeira do Nordeste em qualidade dos cursos Fundamental e Médio, segundo constatou o MEC, através do SAEB. Técnicas educacionais ultra-avançadas, como “Alfa&Beto”, “Acelera Sergipe” e “Se Liga Sergipe”, deram aos alunos com deficiência no aprendizado atenção especial para alcançar o nível compatível com a idade. Essas metodologias ajudaram não só a descongestionar o sistema, mas também ampliaram a oferta de vagas –com menos alunos repetindo séries, normalizou-se o fluxo educativo.
Ocorre, no entanto, que muitos educadores e pedagogos, sobretudo os ligados ao Partido dos Trabalhadores e ao @Sintese, são de fato ativistas sociais em busca de uma causa política. O objetivo dessa turma não é melhorar a educação, mas “mudar o mundo”, preferencialmente para torná-lo socialista –e claro, garantir melhores salários aos professores, mas sem qualquer preocupação com a contrapartida: ensinar aos alunos noções básicas de língua portuguesa, matemática, geografia, história e ciência.
Cobrar que o professor cumpra com a obrigação é sacrilégio, pois afronta sua “dignidade”. No entanto, o mesmo contingente de educadores que fez da educação de Sergipe destaque no SAEB 2005, está agora em sala de aula –ninguém importou professores da Bahia, Rio de Janeiro ou de São Paulo.
Neste tocante, falta governança equilibrada e competente, fiel aos bons princípios da administração público e atenta às novidades praticadas pelos países que acenderam da pobreza ao estrelato mundial, como a Coreia, graças aos investimento em... educação.
Mas duvido que o governador Marcelo Déda tenha lido um único livrou, artigo de jornal ou mesmo se interessado pelos magníficos resultados da educação coreana, hoje um modelo para todo o mundo, divulgados por revistas e instituições não-governamentais –pois Ele (Marcelo Déda), está ocupado com outras coisas, “mais importantes”.
Voltando à matéria do Cinform... Quem imagina que a óbvia constatação feita pelo jornal, quanto à precariedade da educação pública em Sergipe, seria motivo para que se comemorasse a derrocada política de Marcelo Déda, deve ter em mente um fato: ninguém em sã consciência torce pelo pior.
Porém, a função do professor é transmitir conhecimentos e capacidades intelectuais, não formar militantes políticos, para “salvar o mundo”. Um regime educacional que se preze, precisa atender as exigências estratégicas de Sergipe e do Brasil. Mas para tanto, é preciso ter comando –firme e capacitado; coisas que nos faltam...
...

...
Sexta-feira, 12/08/2011 | 16h54
Procuram-se procuradores atuantes
...
Uma data marca o sumiço dos holofotes do Ministério Público Federal: 31/12/2002. Era o último dia do governo de Fernando Henrique Cardoso. Também, depois daquela data, escafedeu-se a sanha investigatória de procuradores da República, protagonistas de operações monumentais e de trapalhadas memoráveis.
O momento-chave da apatia do MPF, antes um órgão temido por políticos e gestores mal-intencionados, coincide com a chegada de Lula da Silva ao poder. Um procurador confidenciou que a aparente “inação” derivaria de uma espécie de mordaça branca implantada pelo comando do MPF em 2003 –diretiva interna que teria tirado dos procuradores a autonomia para abrir e presidir investigações; desde então, eles podem apenas sugerir a abertura de apurações, mas não há garantia de que seja aceita.
Fiquei a matutar com o meus botões: por que servidores públicos, por prerrogativa constitucional livres de pressões políticas, teriam engolido amarra tão escrota calados? Um outro procurador indica uma das razões: hoje, parte intrigante dos procuradores do MPF estariam envolvidos em seminários promovidos pelo governo, forma de “prestígio” que se transformou em cooptação, pois inibe alguns de atuar em casos contra o governo.
Dito isso, dá para entender porque o MPF parou no tempo e quando resolve agir se fia em informações e investigações de um órgão criado pelo presidente Lula da Silva, a Controladoria-Geral da União, que se transformou num apêndice do Partido dos Trabalhadores dentro do governo, a decidir quem precisa de controle. Pendurada na estrutura da Presidência da República, a CGU mantém fora do raio de ação figurões do PT e do governo federal.
O aparelhamento da CGU já foi motivo de atrito com a Polícia Federal. Durante as investigações da Operação Navalha, em 2007, a PF tinha receio de que informações sigilosas pudessem chegar ao conhecimento de algumas autoridades envolvidas e de que a CGU estivesse contribuindo, deliberadamente, para atrasar o desfecho do trabalho. O dado curioso é que de todas as grandes operações da PF, a CGU esteve, digamos, bastante interessada somente na... Operação Navalha.
Os procuradores do MPF sabem desses fatos. Sabem também que a CGU ignorou sumariamente escândalos ocorridos dentro do governo, na gestão do presidente Lula da Silva, a saber: caso Erenice Guerra, mafia dos Sanguessugas, Mensalão, máfia dos Vampiros, farra com cartões corporativos, desvios nos Ministérios do Turismo e da Cultura, caso Waldomiro Diniz, dossiê ilegal dos gastos de FHC e esposa, mordomias de ministros... (Para maiores detalhes, leia a edição 2201, de 26 de janeiro de 2011, da Veja: “O mau comportamento da CGU”, que começa à página 54 e está disponível gratuitamente na Edição Digital da revista).
Já não se faz mais procurador do MPF como antigamente. É uma pena, pois ao submergir, essa turma deixou de prestar um relevante serviço ao Brasil e à consolidação da democracia e das instituições brasileiras. Quantos corruptos já poderiam estar atrás das grades, não fosse o comportamento escuso e arredio desses servidores públicos a quem a Constituição Federal legou autoridade para zelar pelo bem público e pela justiça? Lamentável...

...
Segunda-feira, 08/08/2011 | 10h35
Seria o aterro sanitário a melhor opção?
...
Interessante como a discussão sobre a destinação do lixo produzido pelos aracajuanos está à margem do interesse da população –estamos a tratar de algo que deveria interessar e muito, não apenas por influir na saúde pública, mas sobretudo pelo que proporciona ao meio ambiente.
Talvez você não saiba, mas os rios que abastecem com água potável a cidade, desde sempre, recebem esgoto sem tratamento. Os mananciais também sofrem com o acúmulo de resídios deixados às margens ou mesmo atirados diretamente nos leitos!
Algumas considerações e ideias básicas em voga mundo afora...
Obrigada pela legislação federal, que exige das cidades de médio e grande porte a destinação do lixo até 2014 em aterros sanitários, a preguiçosa Prefeitura de Aracaju deu-se por satisfeita... Se a lei assim determina, por que pensar em soluções arrojadas, com o pé no futuro?
Nos países adiantados e em algumas cidades brasileiras de “primeiro mundo”, são feitas, nas residências, segregações primárias do lixo, normalmente utilizando dois recipientes, um para “úmidos” –restos de alimentos, papéis molhados e aqueles na fronteira da dúvida como fraldas, canetas e aparelhos de barbear descartáveis; e outro para “secos” –embalagens e jornais. A coleta dos “úmidos” é feita diariamente e a dos “secos”, uma ou duas vezes por semana.
Isso exige trabalho educativo continuado através dos meios de comunicação, distribuição de material de conscientização e informação sobre as características de cada tipo de lixo, coleta regular e, acima de tudo, vontade política de fazer bem feito, sempre.
Atualmente, existe consenso em países adiantados da Europa e nos EUA acerca da necessidade de utilizar o lixo doméstico para a geração de gás (biodigestores) ou para produzir adubos (compostagem). Usinas especiais fazem o tratamento do chorume, aquele caldo orgânico gerado na decomposição, que é altamente poluidor, para evitar que afete os recursos hídricos.
Aterro sanitário, por mais que a legislação atual assim prescreva, é solução antiquada –apesar de ter custo menor. Através de consórcios com municípios vizinhos, a Prefeitura de Aracaju poderia introduzir um modelo avançado de gestão dos resíduos urbanos, com possibilidade de, inclusive, além de gerar milhares de empregos diretos, promover receitas para o Erário, como ocorrem em cidades da Alemanha, França, Suécia e Suíça... –naturalmente, o lixo industrial, o hospitalar e outros resíduos considerados “especiais” teriam destinação específica, atendendo a legislação internacional que trata desse tipo de material.
Fez bem a Administração Estadual do Meio Ambiente ao não conceder a licença prévia para implantação do aterro sanitário pretendido pelo prefeito Edvaldo Nogueira. Por ser um município de médio porte, Aracaju teria toda a condição de implantar um projeto futurista, capaz de transformar o lixo em riqueza, sem ofender ou causar danos ao meio ambiente. Seria um grande exemplo para o Brasil e, quem sabe, para toda a América Latina.
Mas talvez seja esperar demais da leniente administração comunista da Capital, que prometeu para eleger-se fazer a licitação da coleta regular de lixo e não a fez até hoje –como se vê, lixo é sempre um bom negócio (político)! Aliás, somente depois da reportagem do programa “Fantástico” (Rede Globo) é que, esterrecidos, os aracajuanos souberam como resíduos perigosos eram tratados pela prefeitura como se fosse lixo comum...

...
Sexta-feira, 05/08/2011 | 10h00
O turismo sergipano na gestão  Marcelo Déda virou piada de mau gosto
...
Ao observar o relatório deste semestre da Superintendência de Planejamento Aeroportuário e de Operações da Rede Infraero (http://www.infraero.com.br/images/stories/Estatistica/2011/junho.pdf), encontramos os números relativos à movimentação de passageiros nos aeroportos brasileiros e, obviamento, dos aeroportos da região Nordeste. Para a tristeza dos sergipanos, mesmo com o período do São João já incluso, o Aeroporto Santa Maria (Aracaju) perde em trânsito de passageiros para quase todos os dos outros estados e está a apenas 10 mil passageiros na disputa com Teresina, capital do Piauí –quem conhece Teresina, sabe ao que me refiro, sem demérito algum aos piauienses, por favor!
Mesmo após a novela “Cordel Encantado” (Rede Globo) ser filmada por aqui e ainda com iniciativas inéditas e surpreendentes como o “Barco do Forró” nas águas do rio Sergipe, mesmo assim o estado não decola, pois o setor do Turismo foi simplesmente abandonado pelo governador Marcelo Déda, que não enxerga nele qualquer capacidade geradora de emprego e renda, num contrassenso ao que ocorre no resto do mundo civilizado.
Não é preciso dizer que a gestão das Mudanças para Pior precisa tomar providências urgentes, sob pena de perdermos até para a pouco atrativa Teresina. Loucura...
...
Alguns dados importantes sobre o que já foi o turismo em Sergipe (do relatório da gestão João Alves Filho):
Maior Fluxo Percentual de Passageiros Dentre Todos os Aeroportos Brasileiros
Sergipe Redescoberto – Para se ter uma idéia do que aconteceu no quadriênio 2003/2006, até 2003 a média em Sergipe era de apenas 500 mil turistas/ano. Dados da Infraero, colocaram o Aeroporto de Aracaju batendo recorde nacional de passageiros, quando comparado aos demais no País: no primeiro semestre de 2005, subiu 53% em relação ao mesmo período de 2004; em 2006, cresceu 24% em relação a 2005.
Falta competência...

...
Segunda-feira, 25/07/2011 | 14h43
Energisa que se cuide –pode rolar um curto-circuito
...
Estive com o deputado federal André Moura (@AndreMouraPSC) na sexta-feira. Conversa boa, afiada, com vários jornalistas de diversos veículos... O camarada expôs uma situação cruel vivida pelos prefeitos de Sergipe –e, não duvido, de muitas outras localidades Brasil afora!
Aceitaram, no caso sergipano, que a Energisa, empresa distribuidora de energia elétrica e manutenção de linhas e redes, faça a cobrança de faturas em débito automático da carga consumida pelos municípios, mas a contrapartida demora –troca de lâmpadas, etc. Quando a prefeitura reclama, recebe um chega-pra-lá ou, simplesmente, um chá de cadeira...
Pior caso porém, é que André Moura acusa a Energisa de aproveitar-se do monopólio para pressionar prefeitos com um reajuste de fatura extemporâneo. De acordo com o deputado, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou aumento apenas quando findarem os contratos atuais, que no caso da maioria das prefeituras sergipanas, ocorrerá em dezembro.
O federal diz ter a gravação onde um funcionário da Energisa expõe, digamos, a “política de relacionamento” da empresa a um secretário de finanças de uma prefeitura do Vale do Japaratuba: “Caso vocês não aceitem reajustar agora, nós somente pactuaremos um novo contrato, em janeiro de 2013, após o pagamento da diferença entre as faturas atuais e o reajuste proposto. É isso, ou deixaremos de fornecer o serviço até que uma decisão seja tomada.”
André Moura deve se reunir ainda nesta semana com dirigentes da Aneel, ocasião em que apresentará a gravação e pedirá providências. Como se vê, o jogo sujo das corporações somente vem a público quando alguém com coragem resolve se contrapor às regras impostas por quem se julga acima das leis. Vamos ver aonde tudo isso vai dar!

...



Quinta-feira, 21/07/2011 | 10h14
Duas bombas do bem; Antônio Carlos Valadares, cadê tu?
...
Caras e caros leitores, a mobilização nacional pela Copa do Mundo exigirá bilhões de reais em obras de infraestrutura. Nada contra, afinal o esporte faz bem à saúde física e mental... Mas Copa de Mundo é circo, educação garante o pão. Por que não fazer o mesmo esforço para melhorar a qualidade da educação pública no Brasil?
Os gastos projetados para a construção e reforma dos estádios do Mundial de Futebol de 2014 já subiram em mais de 300%, segundo arquitetos ouvidos pelo portal www.copa2014.org.br. O salto dos valores, que já chegam a R$ 10 bilhões, explica-se de um lado pelo início da fase de detalhamento dos projetos e também pela inclusão de coberturas em todas as arenas, conforme recomendação da Fifa. Já imaginaram se apenas um terço desse vigor cívico-esportivo fosse canalizado para melhorar nosso ensino público? O futuro vai exigir...
Ações realizadas agora, em busca de melhorar a qualidade no ensino público, resultarão na condição de concorrer de igual para igual com os demais BRIC –(Brasil), Rússia, Índia e China. O país não pode esperar mais. É agora ou nunca!
O senador Cristóvam Buarque (@Cris_Buarque), ex-ministro da Educação, apresentou dois projetos com força para agilizar o processo de melhoria da educação pública nacional. O primeiro deles prevê a federalização do ensino básico, ou seja, ele passaria a ser de responsabilidade da União. Professores, coordenadores e o corpo administrativo teriam planos de carreira e salários iguais aos de funcionários do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
O outro projeto, conforme classificou o educador Jorge Portugal, membro do Conselho Nacional de Políticas Públicas, é uma verdadeira “bomba do bem”. Ele prevê que daqui a sete anos, todos os detentores de cargo público, do vereador ao presidente da República, serão obrigados a matricular os filhos na rede pública de ensino. Imagine só o esforço que deputados (estaduais e federais), senadores e governadores não fariam para melhorar as escolas, sabendo que seus filhos e netos iriam estudar nelas daqui a sete anos?
Neste sentido, quem muito pode ajudar é o senador Antônio Carlos Valadares (@ValadaresPSB), relator da segunda “bomba do bem” de Cristóvam Buarque, que a mantém engavetada faz tempo –não se sabe porquê! Atenção Brasil, é chegado o momento de pressionar o caríssimo parlamentar a sair da moita e liberar o projeto do ex-reitor da Universidade de Brasília (antoniocarlosvaladares@senador.gov.br).
Aos sergipanos que votaram no digníssimo, a responsabilidade é ainda maior. É dever de cada um, se de fato ama o Brasil e se importa com seu futuro, cobrar dele uma explicação e exigir que libere, imediatamente, o projeto para votação na comissão devida e posterior apreciação pelo Plenário. Somente assim, o País terá condições de se desenvolver como nação próspera.

...
Terça-feira, 19/07/2011 | 08h43
“Razões para a guerra” (Why we fight)
...
“Todas as guerras nas quais se envolveram os Estados Unidos no século XX foram precedidas de fatos que a história descobriu, posteriormente, serem mentiras...”
Trecho de um dos diálogos do filme
...
Faz uma semana, vi mais um dos documentários considerados “underground”. Do tipo que põe o expectador, naturalmente, frente a novas formas de enxergar o momento histórico vivido hoje pela humanidade, podendo instruir a uma nova mentalidade crítica ou a novas atitudes sócio-ambientais, entre outras perspectivas oferecidas.
Razões para a guerra” (Why we fight), sem o tom histriônico, não tenta modificar a fisiologia humana, não busca reinventar a história da humanidade nem tenta propor radicalizações comportamentais. O documentário apenas informa fatos já bastante conhecidos –com mais clareza, é verdade! Virtude que lhe rendeu premiações.
De certa maneira, “Razões para guerra” revisa um tema já visto no excelente “The corporation”, mas o disseca com maior amplitude. O assunto não é novo: como a ação corporativa introduz um aspecto radical no movimento militarista da segunda metade do século XX e perverte a forma de agir dos Estados Unidos, pelo estabelecimento de conexões corrompidas de peças chaves do governo americano com empresas do complexo industrial-militar, cujos fabulosos lucros são mantidos por via do ambiente de guerra, que nunca foi abrandado desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
Num rápido resumo: é desolador observar o mundo moderno, com tantas conquistas tecnológicas, jamais abrir mão da postura belicosa. Talvez seja uma visão simplista, mas todas as virtudes da tecnologia são “sobras” do desenvolvimento armamentista, não apenas as armas (em si), mas a parafernália usada para aprimorar as estratégias de guerra: os novos meios de comunicação e de informática, os progressos em engenharia, etc. Vozes tradicionais poderão argumentar serem tais “vantagens” superiores às mazelas bélicas. Não seria esta uma visão tolerante, típica de quem não quer se sentir responsável pelo sofrimento de outrem?
A verdade é que a maioria da população mundial não tem acesso às virtudes dos avanços tecnológicos atuais. Por outro lado, milhões de mortes são provocadas direta ou indiretamente pelo contínuo estado de guerra –com apenas metade dos US$ 90 bilhões gastos anualmente pelos EUA na Guerra do Iraque seria possível levar saúde básica e água potável a toda população mundial, poupando incontáveis vidas nos países pobres.
Razões para a guerra” norteia-se num fato meio esquecido da história: a advertência feita pelo presidente Dwight Eisenhower ao povo americano, quando ele se retirava do governo, sobre a necessidade de controlar a crescente importância econômica da indústria armamentista. O filme analisa como o 11 de setembro, catástrofe de intenso sofrimento em pessoas comuns, gerou incalculáveis lucros para uma parcela importante do poder daquele país.
O documentário, feito, por incrível que pareça, por americanos, mostra ainda como a propaganda do valor e importância da guerra (produzida pelo governo dos EUA, com apoio da mídia tradicional) tem sido eficiente para montar mentalidades, intuir falsas motivações e justificar gastos exorbitantes. Se queremos defender e promulgar a paz, sem dúvida, precisamos conhecer, e bem, as razões que levam nações a fazer a guerra...

..
Segunda-feira, 18/07/2011 | 08h05

  Um trago de prosa com Cleomar Brandi  
..
O tempo ruge... Era ontem à noite, num Gosto Gostoso lotado de estudantes, de jovens e “velhos” jornalistas. Uma garrafa de conhaque... Entocado na cadeira de rodas, o cantil plástico onde fazia xixi. Nos lábios, o sorriso afável, a conversa doce, o respeito às ideias com as quais até discordava. No coração, o desejo sincero de, com paciência, explicar que “nem sempre a vida é assim...”
Foi-se Cleomar Brandi –segundo o adágio, “desta para melhor!”. Melhor seria se aqui ainda estivesse, como quem fosse eterno, rindo de si e de nós! A alma singular deste baiano-sergipanizado, muito mais sergipano que muitos da terrinha... Seus textos de grande vivente da vida, do “sábio que nada sabia”, ainda vão iluminar quem dele souber beber da humildade afetiva.
Foi-se Cleomar Brandi, que disse estarem os cronistas morrendo. Lastimou: “Essa é uma notícia fúnebre que eu quero dar. Anunciar, inclusive, para todo mundo ficar sabendo. Os cronistas estão morrendo porque as pessoas não estão lendo. Você tem articulistas, gente que opina, mas a sensibilidade de perceber o movimento da vida, no dia-a-dia, e transformar aquilo de maneira séria, brincalhona, jocosa, mordaz ou amarga, raramente se vê.”
Um pedaço grande da parca crônica de Sergipe, sem dúvida a melhor parte do que ainda restava, despede-se deste mundo... Até mais adiante, Cleomar Brandi –pois, faço minhas as palavras do imortal poeta Amaral Cavalcante: “Meu véio, guarde uma cadeira pra mim ao pé do balcão!”

...
Sexta-feira, 15/07/2011 | 17h50
Num país como a China, tão adorada pela esquerda, caberia até pena de morte
...
Segundo Albano Franco, o governador Marcelo Déda teria cometido um grave crime de “lesa Pátria” contra os sergipanos, sobretudo os mais pobres –em especial, contra as crianças que hoje sofrem com a falta de atendimento pediátrico especializado*. O ex-deputado federal diz ter sugerido a indicação de emenda parlamentar, no valor de R$ 18 milhões, para a construção de uma unidade hospitalar pediátrica em Aracaju, proposta que teria sido sumariamente rejeitada pelo governo. “Recebi do coordenador da bancada, senador Antônio Carlos Valadares, a informação de que o projeto era considerado inviável pela administração estadual”.
Será que a imprensa de Sergipe terá coragem de questionar o governador Marcelo Déda –ou mesmo o senador Antônio Carlos Valadares– quanto a essa aberração denunciada pelo ex-governador Albano Franco? Porquanto, caso seja verdade, a dívida do governador Marcelo Déda com o povo pobre de Sergipe aumentará substancialmente.
É impensável que, quando mais se fala na precariedade do atendimento especializado destinado à infância, incluindo a inexistência de serviço pediátrico na rede particular, um governo se dê ao luxo de rejeitar verbas para construir mais um hospital em Aracaju. Espera-se que Albano Franco esteja, de fato, equivocado!

-------------
(*) Não devemos esquecer, aberrações na área da saúde, patrocinadas pelo governo do PT, não são inusitadas. Por ordem de Marcelo Déda, conforme denunciou o ex-governador João Alves Filho, o então secretário de Saúde, deputado Rogério Carvalho, derrubou com picareta partes internas do Hospital Infantil deixado pronto em 2006 –faltava apenas comprar o equipamento e o mobiliário, mas a verba para tanto estava à disposição na Secretaria Estadual de Saúde (cerca de R$ 6 milhões).
Por conta desta ação insana, que visava aumentar o número de leitos para atendimento de adultos em detrimento do atendimento infantil (transferido para a precária Maternidade Hildete Falcão Baptista), o Governo de Sergipe recebeu ordem da Justiça, no ano passado, para repor as partes desfiguradas e ajustar o prédio às funções anteriormente definidas. O colegiado de desembargadores do Tribunal de Justiça de Sergipe recomendou ainda ao Ministério Público que abrisse procedimento por improbidade administrativa contra o Doutor Morte.