UM GIGANTE NANICO
A aparente
contradição dos termos acima pode suscitar o famoso “trocadalho”
– com perdão pelo cacófato! No entanto, resume bem o ambiente de
desvirtudes expostas no qual vivemos os brasileiros. A política
sofreu um nocaute grande, com a divulgada generalização da
bandalheira. Estamos no modo “salve-se quem puder”. A dupla
caipira [e bilionária, graças ao nosso dindim] Joesley e Wesley
Batista já está refastelada num confortável bote salva-vidas,
regado ao melhor que o capitalismo norte-americano pode oferecer.
Gente de sorte. Muita sorte…
Enquanto isso, no
Gigante Adormecido, nós pagamos a homérica farra dos poderosos:
nós, os bestas, os otários – a plebe rude e ignara, pobre de
dinheiro e de esperança. E ainda rimos, achamos engraçado ver um
senador nanico, de um partido idem, com voz de falsete e gestual de
macho tipo UFC, agigantar-se sobre uma mesa numa comissão do Senado
da República, partindo para o tudo ou nada, para as vias de fato!
Engraçado é, não fosse também extremamente trágico.
A esquerda
latino-americana, provado está, especializou-se em arruças e
roubalheiras, até então focadas apenas em sindicatos. Ao acender ao
topo da cadeira “alimentar” da política em várias nações em
via de desenvolvimento, a turba de “la sinistra” – como dito em
Roma – praticou a bandalheira econômica e surrupiou o quanto pode
o Erário. É essa gandaia que agora grita em falsete, máscula,
chamando para a briga. Arruaceiros de primeira, de segunda e de
terceira…
A foto [aqui
reproduzida] na capa da Folha de São Paulo desta quarta-feira (24)
diz tudo! É o retrato máximo de um Brasil mínimo…
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