QUERIAM O QUÊ?
MAMATA?
Pois é, enquanto
os brasileiros normais curtíamos o feriadão do 1º de maio na
segunda-feira, o presidente Michel Temer se reunia com onze ministros
e líderes partidários no Palácio da Alvorada para, logo à noite,
informar a decisão de agilizar uma primeira leva de exonerações
daqueles que se opuseram à reforma trabalhista no Congresso
Nacional, publicada no Diário da União nesta terça-feira (2).
Na reportagem do
Jornal da Dez (GloboNews, 02/05) que reproduzo aqui, o líder do
governo no Congresso, deputado André Moura, deu o tom da bordoada
oficial: “Você não pode ter só o bônus, participar do governo,
e não ter o ônus”. O deputado Valadares Filho, questionado se
teria ficado magoado pelo fato de ter perdido duas indicações –
no DNOCS e no IPHAN –, disse esperar outro tratamento: “Da forma
que foi feita (a exoneração), sem nenhum comunicado do governo a
nós parlamentares, não acredito que seja a melhor tática e a
melhor forma de relação”.
A medida para
enquadrar a bancada supostamente governista, que ocorreu às vésperas
da votação da proposta da reforma da Previdência na comissão
especial da Câmara dos Deputados, com previsão de votação do
relatório nesta quarta-feira (3), tem como função cobrar
fidelidade: ou vota a favor das reformas ou perde espaço. É do
jogo, gente!
Agora,
convenhamos, o que esses danados queriam? Mamata? Ter cargos no
governo e ficar no bem-bom, contudo, posar de bons moços junto ao
eleitor, sem arcar com as dores de uma votação aos olhos públicos
infame? Coisa que, para mim, não é real, diga-se! Ora, me batam um
abacate com mel e raspas de limão galego...
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