¿HASTA CUANDO?”
Por norma velada – ou seja, aquela que cala, não necessariamente porque consente –, tratar na imprensa de temas envolvendo o Poder Judiciário tem sido evitado pelos analistas políticos, muitos deles, como eu, com vários processos em tramitação.
Um tema atual são os proventos de juízes. Sem dúvida, o salário de um magistrado não deve ser baixo a ponto de tornar atraente aceitar subornos. O abuso da remuneração excessiva, no entanto, afronta a Constituição por envolver rendimentos e benefícios pagos acima do teto permitido.
Se a Justiça não dá exemplo, quem o fará?
Assim dito, causa indignação a nota publicada hoje em jornais de todo o Brasil pelo colega Cláudio Humberto sobre os valores pagos pelo Judiciário sergipano a desembargadores do Tribunal de Justiça, em especial a um deles, que em janeiro, conforme o jornalista, recebeu “meros” R$ 326 mil reais. Santa danação...
Cabe, então, perguntar ao modo do memorável bolero: “¿Hasta Cuando?”.

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