NA SOFRÊNCIA, MANOEL SUKITA ACUSA MPE/SE
DE MANCOMUNAR-SE COM SEUS ADVERSÁRIOS
Na noite da terça-feira (06), um áudio veiculado em grupos do WhatsApp com a voz da procuradora regional eleitoral Eunice Dantas gerou polêmica. A promotora de Justiça anunciou ter representado criminal e disciplinarmente o juiz eleitoral Jorge Luís Almeida Fraga e o advogado Mário Cézar Vasconcelos, que atuou como magistrado do TRE/SE entre 2012 e 2014, por terem “deliberadamente” atrasado um dos muitos processos movidos pelo Ministério Público Eleitoral contra o ex-prefeito de Capela, Manoel Messias dos Santos, vulgo Sukita, pelo crime de corrupção eleitoral nas eleições de 2004.
Acusações tão graves – veja nesta postagem matéria do Jornal do Dia desta quinta-feira (08) e ouça áudio da procuradora Eunice Dantas [link abaixo] – suscitaram respostas imediatas. Em nota publicada nesta manhã em vários canais de comunicação, o presidente da Associação dos Magistrados de Sergipe (Amase), Antonio Henrique de Almeida Santos, buscou tirar fora da querela o Judiciário. Disse ele, textualmente: “Os membros do Tribunal Regional Eleitoral citados na imprensa não são desembargadores ou juízes de direito, não fazendo parte, portanto, da Justiça Estadual de Sergipe, cujos membros compõem esta associação de magistrados”.
De fato, conforme dispõe o artigo 121, § 2º da Constituição brasileira, os Tribunais Regionais Eleitorais, esdruxulamente são compostos por membros temporários, cujos mandatos têm duração de dois a quatro anos. Cada Estado da Federação possui um Tribunal Regional Eleitoral, com sede na capital, composto por dois desembargadores do Tribunal de Justiça, dois juízes de direito, um juiz federal e dois advogados, indicados pela Ordem dos Advogados de Sergipe (OAB) em lista, sendo a escolha dos respectivos, no entanto, uma prorrogativa exclusiva de Tribunal de Justiça (TJ).
Inconformado com a repercussão bastante negativa do entrevero, tanto na imprensa quanto certamente entre seus possíveis eleitores, o candidato a prefeito de Japaratuba Manoel Sukita foi chorar no programa “Liberdade Sem Censura” [Liberdade FM], hoje pela manhã. A sofrência foi grande e o danado não resistiu: ele acusou o Ministério Público Eleitoral de Sergipe de “fazer o jogo” dos seus adversários, justificando ser a denúncia uma tentativa clara para tentar prejudicá-lo politicamente – ouça o áudio [link abaixo]. Resta saber, diante da desdita de suas palavras, qual será a reação dos promotores.
De toda sorte, uma coisa é certa: o MP atacou apenas dois advogados tronados juízes pelo TJ/SE após aprovação do corpo de desembargadores. Aliás, os acusados não tiveram direito à defesa. Nada foi dito por Eunice Dantas, no entanto, quanto aos demais magistrados – membros do TJ e do Tribunal Regional Federal – em cujas mãos os volumosos processos contra Manoel Sukita também dormitaram, sem, pelo visto, causar tanta estranheza…
Enfim, trata-se de um caso que promete render novos e inusitados capítulos.
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>>> Ouça o áudio com a denúncia da procuradora regional eleitoral, Eunice Dantas:
>>> Ouça áudio com Manoel Sukita acusando a promotora Eunice Dantas de mancomunar-se com seus adversários, para prejudicá-lo politicamente:



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