AS PREVISÕES SÃO DE PÁREO DURO
O comentarista político Diógenes Brayner tem feito algumas análises bem ponderadas do atual processo eleitoral sergipano. O jornalista diz em seu Plenário de hoje que “as eleições de outubro não serão fáceis. É muito claro o equilíbrio das duas alianças. Pelos nomes nelas inseridas e pelos candidatos ao Governo e Senado. Ninguém imagine que será um passeio ou que, a esta altura do campeonato, as favas estão contadas para um dos lados.” Tudo verdadeiro!
Supostamente baseado em pesquisas, Diógenes Brayner sugere que para o Senado Federal, Maria do Carmo Alves é que estaria à frente como candidata, “mas o deputado federal Rogério Carvalho transformou-se em um trator”, no que está coberto de razão. Doutor (ele gosta de ser chamado assim) Rogério Carvalho tem habilidades de fazer inveja a muito prestidigitador e, tudo parece indicar, está forradinho de dinheiro. Por outro lado, o escriba alude que Jackson Barreto “se sobressai com o trabalho que realiza a frente do Estado”, enquanto o senador Eduardo Amorim “percorre há anos o interior do Estado e conquistou lideranças fortes, além de manter maioria na Assembleia Legislativa”. Sem contestação!
O olhar de Diógenes Brayner enxerga que, “com o registro de sua candidatura, Jackson está vendo mudanças do eleitorado a seu favor e até vibra com os resultados das pesquisas (todas não divulgadas). Mas tudo vai depender da condução das duas campanhas, para que a classe média se decida em quem deve acreditar. É ela que geralmente define o pleito, porque sua maioria fica fora dos colégios eleitorais construídos por chefes políticos que negociam consciências”. Neste ponto, discordo do cabra...
Que JB tem crescido, não há dúvida. Mas a classe média anda enfadada dos políticos e, em particular, dos governistas. Aliás, vem dela a maior abstenção nas urnas em 2010 – o total de ausências naquela eleição foi de 21%; em 2012, só em Aracaju, 32.760 eleitores (ou 8,92% dos alistados) deixaram de votar. Para piorar a situação, as gestões do PT, subscritas por Jackson Barreto desde 2006 (e, após a morte de Marcelo Déda, encapadas por ele), são pessimamente avaliadas. Ademais, Eduardo Amorim já provou ser bom de urna e junto ao eleitor apresenta-se como “novidade”. Tudo isso terá reflexos diretos na escolha do próximo governante. 
Aqui concordando com o veterano colega, o páreo de outubro será duro, muito duro! Hoje, seria impossível apostar nos vitoriosos...
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Por David Leite ©2014 | 16/07 às 10h50 | Reprodução permitida, se citada a fonte.

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