MANOEL SUKITA ACHA VENÂNCIO FONSECA
PIOR QUE VIRGULINO FERREIRA, O LAMPIÃO
A política não é tarefa para amadores! Não é qualquer um que aguenta exercer tal função. Na hora do bem-bom, todo mundo se apresenta para ocupar um cargo público, mais das vezes sem levar em conta a exigência de predicados especiais, dentre os quais o mais notório, antes mesmo da competência, é a honestidade – a compreensão correta do que seja a política também é requisito essencial. O outro lado da moeda, contudo, tem um preço quase sempre elevadíssimo, especialmente quando o confronto de ideias é substituído pelo ataque pessoal, pela calúnia e difamação. Nessas horas, a política mostra-se mais do que rasteira...
Ex-prefeito de Capela, Manoel Messias dos Santos (vulgo Sukita) extrapolou todos os limites da decência nas querelas radiofônicas que trava quase diariamente com o deputado estadual Venâncio Fonseca, líder da oposição na Alese. Tresloucado no linguajar e travestido com as armas do cinismo, as quais usa com descaramento profissional, o danado incluiu o parlamentar do PP no roll dos “matadores” de Sergipe – sim, Venâncio Fonseca seria um assassino contumaz. Questionado se teria provas, esquivou-se: “É só procurar por aí!”
Não é a primeira vez que Manoel Sukita age como um “sem-noção”. Em outubro de 2009, ainda no exercício do cargo de prefeito, exortou a deputada estadual Ana Lúcia Menezes e seu colega Iran Barbosa (à época deputado federal) a terem “Vergonha ao falar em educação, porque nunca contribuíram efetivamente com a área”. O prefeito foi mais longe. Acusou a nobre parlamentar do PT de sempre ter usado a educação para se “locupletar”, ou seja: enriquecer, usando dinheiro público. Assertiva que não encontra lastro em qualquer prova real. Fez o mesmo com Jozailto Lima, tachando o jornalista de “vendido”, após denúncias feitas pelo Cinform.
Manoel Sukita seria um “incutido”, beirando o ridículo – o tipo que se acha louco? Doente mental ele não é... Pelo contrário, é esperto até demais! É tão esperto que permanece longe da cadeia. E caso o Judiciário assim decida, ainda poderá ser candidato a deputado estadual, alcançando a almejada impunidade – perdão, imunidade parlamentar! Tudo isso, mesmo diante de acusações como a de ter sacado R$ 1 milhão de reais da conta da Prefeitura de Capela, na boca de um caixa do Banese, no último dia de sua gestão.
Se procurava sarna para se coçar, Manoel Sukita a encontrou. Transformar Venâncio Fonseca num bandido pior do que Lampião não tem justificativa – isso tudo somente porque o deputado disse que o ex-prefeito está numa fase ruim, pois “Sonha todas as noites com os repasses do Fundo de Participação dos Municípios – FPM. Tem uma saudade danada do cofre da Prefeitura de Capela”. Doido por dinheiro público? Parece que Venâncio Fonseca afinal descobriu a tal “doença” que mantém Manoel Sukita eternamente com os nervos à flor da pele bronzeada e maquilada: a saudade do talão de cheques públicos do qual ele abusava, como se a ele pertencesse.
Daqui, seguem alguns rápidos questionamentos: finalmente, vão o Judiciário e o Ministério Público permitir que Manoel Sukita seja mesmo candidato em outubro, que alcance a almejada impunidade – ops... imunidade parlamentar? Cadê o julgamento das contas do ex-prefeito em curso no Tribunal de Contas desde 2013? Por que a demora para julgá-las? Por que a Polícia Federal não conclui a investigação que realiza sobre os saques feitos por Manoel Sukita em contas de convênios com os ministérios da Saúde, Educação e Cidades? Por que o atual prefeito Ezequiel Leite ainda não apresentou o resultado da auditoria realizada na prefeitura, com informações chocantes sobre desvios de recursos públicos federais e locais?
De toda sorte, uma coisa está clara: Manoel Sukita deve ter bons advogados, do contrário, já estaria atrás das grades há tempos.
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Por David Leite ©2014 | Reprodução permitida, se citada a fonte.
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