PROJETO CARNALITA: O FEITIÇO VIROU CONTRA
O APRENDIZ DE FEITICEIRO JACKSON BARRETO
Objetivamente, qual foi a contribuição política de Jackson Barreto para a implantação do projeto Carnalita em Sergipe? Honestamente, apenas em prejuízo ao estado! O governador encheu tanto o saco com assertivas mentirosas e loroteiras, tentando fazer politicagem com as negociações sobre onde afinal ficaria a indústria, que a Vale do Rio Doce agora quer desistir de implantá-la em Sergipe. Tudo por causa da falta de liderança e de traquejo do boquirroto.
Não há dúvida que o prefeito Ezequiel Leite – aliás, não apenas ele; o próprio ex-prefeito Manoel Messias Santos (vulgo Sukita), aliado do governo, pensa da mesma forma – está correto ao exigir “critérios da proporcionalidade”, com o ajustamento da distribuição dos impostos em favor de Capela. Fosse Jackson Barreto menos futriqueiro e a situação já estaria resolvida. Mas o governador resolveu radicalizar! Passou a atacar o senador Eduardo Amorim e o deputado federal André Moura, por serem do partido do prefeito, como se fossem os responsáveis legais pela posição tomada por Ezequiel Leite.
Para piorar a já chafurdada situação, em vez de buscar apaziguar os ânimos – até mesmo porque intentava criar um factoide político –, Jackson Barreto chegou ao desplante de sugerir que o prefeito capelense seria um iletrado funcional, sem escolaridade, depois da publicação de uma nota à imprensa: “Sempre acreditei que ele era uma pessoa alfabetizada, mas essa nota é de quem nunca passou pela escola”, afirmou o falastrão. Tem gente que a vida trata com bruta dureza, mesmo assim ignora o que seja decoro.
Agora que o feitiço virou contra o aprendiz de feiticeiro, após ouvir do diretor Industrial de Potássio da VRD, Francisco Cisne, que a empresa começará a desmobilizar o Projeto Carnalita, Jackson Barreto reuniu-se ontem afobado com empresários para expor uma nova proposta sobre a repartição de impostos para os municípios envolvidos – antes tarde do que nunca! Assim, o ICMS decorrente da comercialização do minério extraído no subsolo de Capela fica com Capela e o que for extraído em Japaratuba, em Japaratuba. Bingo...
A questão, apequenada pela disputa política estúpida, pode finalmente ter um epílogo à altura dos interesses maiores de Sergipe. Como bem sugeriu o deputado federal André Moura, presidente do PSC, “o bom-senso numa discussão é fundamental”. Que assim seja!
Por David Leite (c) 2014 | Reprodução autorizada se citada a fonte!


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