JACKSON BARRETO É UM SUJEITO GOZADO
Leio hoje a coluna do poético jornalista Jozailto Lima (Cinform; clique na foto abaixo para ampliar) e me desmancho em riso – não, o baiano sergipanizado não é um pândego, mas aqui e ali faz-se hilariante no manejo das vogais e consoantes. A primeira provocação casuística do texto do analista da política sergipana vem logo no título: “Eduardo Amorim já ABRIU a sucessão”. Motivo para o “desabrimento”? Ter o senador “aceitado o desafio” – nas palavras dele próprio – de ser o pré-candidato do PSC à sucessão governamental.
Eduardo Amorim estava na moita, tímido, como é seu modo de ser. Tanto que o povo ficou em dúvida se ele pretendia concorrer para descascar o maior abacaxi administrativo já produzido em toda a história de Sergipe. Prometida com pompa e circunstância pela turma dos bichos-preguiça em 2006 e renovada em 2010, a tal proposta de “mudança” vingou – para muito pior! Nosso pequeno estado vive um desgoverno. Ao “aceitar o desafio”, o senador certamente não ignora contra que tipo de adversário jeitoso vai guerrear.
Jackson Barreto brigou com meio PT para se impor como mandatário e o maior mérito de sua gestão – até agora – é ter cobrado dos bichos-preguiça ao menos fingir que trabalham, aparecendo vez por outra. O governador candidato está em campanha faz meses. Inaugura obrinhas quase todos os dias, conversa com políticos aliados e repasta com cabos eleitorais profissionais. Decolar que é bom, neca... Estacionou na terceira posição. Resultado: como nada tem a perder, pau na moleira do adversário...
Ao inspirado Jozailto Lima, Jackson Barreto classificou como “babaquice, uma maluquice, uma falta de assunto e vontade de querer ocupar espaço” a decisão de Eduardo Amorim de “aceitar o desafio” de derrotá-lo nas urnas em 2014. No jargão da patuleia, o cabra “pegou ar”. O senador parece ter o poder de “anestesiar” o candidato em exercício – certa feita, o danado disse que, fosse mesmo pleitear a governança, Eduardo Amorim não lhe faria “nem cócegas”; agora, diz que o senador é “um político vazio, oco...”
O nível da campanha governista está posto! Não se enganem, Jackson Barreto apela à baixaria e ao xingamento por desconhecer outro discurso. O candidato tem pendor declarado pelo canalhismo eleitoral. No passado, o hoje aliado senador Antônio Carlos Valadares foi acusado por JB de levar sua mãe a óbito – “de desgosto” – ao cassar-lhe em 1988 (por... afanar os cofres públicos) o mandato de prefeito de Aracaju. A política linguaruda é regra para Jackson Barreto!
Mas como eu dizia, o texto do poeta jornalista me levou às escâncaras. Não porque seja embromoso, pelo contrário. O motivo da minha galhofa é que imaginei a cara de tirado a esperto de Jackson Barreto, ao receber a notícia de que Eduardo Amorim decidira-se por encarar a disputa eleitoral. Penso que JB deve ter caído na gargalhada e quem sabe até repetido para quem o rodeia o bordão do “não faz nem cócegas!” Apenas uma correção: quem ABRIU mesmo, Jozailto Lima, foi Jackson Barreto! Há anos... Ops!
Aliás, pensando bem, confesso que agora finalmente “captei” o motivo para a reação boquirrota de JB contra seu proeminente adversário. No fundo, lá bem no fundo, o “nosso governador é um sujeito muito gozado... Bem gozado!
Por David Leite | 16/09 às 17h50

Nenhum comentário: