POR
QUE NINGUÉM PEITA O SINTESE?
Para
começo de história, não sou contra a existência de sindicatos.
Todo trabalhador deve reivindicar seus direitos. Quem não o faz,
fica acomodado e acaba vítima da usura do patrão. A luta por
direitos como melhores condições de trabalho deve ser constante.
Mas tudo tem limite... Professores da rede estadual de ensino estão
mais uma vez em greve, com o apelo de sempre: reajuste salarial e
intervenções na gestão da Secretaria de Educação. O sindicato da
categoria informa que 80% dos 11.000 professores cruzaram os braços
nas mais de 300 escolas estaduais. O governo sergipano diz que a
greve é parcial.
O
sindicato garante que os professores estão sem receber o reajuste do
piso há 500 dias – isso fora a reivindicação do aumento
salarial. Ontem os professores ocuparam a Secretaria de Educação.
Motivo? Queriam um espaço mais confortável para dançar forró e
bebericar uma cachacinha... Não importa com quem esteja a verdade, a greve simplesmente não deveria existir... O
sindicato tem interesse corporativo, isso é fato! O governo não
sabe como lidar com os próprios companheiros – o Sintese é
petista. Sai perdendo o povo pobre.
Entre
os dias 18 e 19 de março o Brasil assistiu ao tumulto criado pela
incompetência gerencial de Dilma Rousseff na gestão do Bolsa
Família. O quebra-quebra reuniu tanta gente porque boatou-se na
internet o fim do programa popular. Será que alguém sairia de casa
para protestar contra o Sintese? Um professor da rede estadual ganha
em média praticamente o mesmo pago pelas escolas privadas aos seus
profissionais. Quase não há diferença entre a qualidade do ensino
público e o privado. Em alguns casos nem as escolas têm instalações
melhores. No entanto, não se vê greve em escolas privadas. Por que
será?

Norte-americanos
adoram pesquisa. Um economista de Harvard quis entender por que a
carreira de professor nos EUA entre 1961 e 1997 tinha absorvido tanta
gente sem a devida qualificação profissional. Encontrou dois
fatores: um deles, que explica três quartos do problema, era a
crescente sindicalização dos professores, causando compressão
salarial. Na sindicalização de uma categoria, a tendência é que
seus salários deixem de ser um reflexo do mérito individual e
passem a ser resultado do pertencimento ao grupo. Pimba! Talvez seja
por isso que os aumentos salariais tenham se provado ferramenta tão
ineficaz na melhoria da qualidade da educação... Pessoas mais
competentes trocam o magistério público por outras carreiras porque
seu salário não tem nenhuma relação com seu desempenho.
Os
pais e responsáveis devem abrir os olhos. Não fazem quebra-quebra
se o Bolsa Família ameaça deixar de existir? Então, que vão à
porta do Sintese fazer piquete e exigir que o sindicato acabe com a
greve imediatamente! Nenhum nação cresce economicamente nem seus
filhos se sobressaem socialmente sem educação de qualidade – e
voltada para o engajamento em setores cujo sucesso seja comprovado.
Não há como esperar mais...
Está
na hora de peitar o Sintese, gente!
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Por David Leite | 06 de junho às 12h05
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