EMBATE EDIVAN AMORIM X JACKSON BARRETO
Certidões divulgas hoje cedo pela assessoria jurídica do presidente do PTB/SE Edivan Amorim provam que Jackson Barreto mentiu e caluniou ao acusá-lo de ter sido condenado à prisão em processo do Banestado, do Paraná.

Por Joedson Telles | Do Blog do Joedon Telles*
Na manhã desta sábado 18, em contato com o Blog do Joedson Telles, a assessoria jurídica do presidente do PTB em Sergipe, o empresário Edivan Amorim, explicou que há equívocos nas postagens feitas no Twitter pelo vice-governador Jackson Barreto (PMDB), na última sexta-feira 17. “Trata-se de Recurso Ordinário em HC (RHC 15296/PR), tendo como origem ação penal que tramitou em Curitiba referente ao caso Banestado. O processo teve julgamento final no STJ em 25 de junho de 2004, ou seja há quase 10 anos, e Edivan Amorim foi Inocentado”, garante Hunaldo Mota, advogado do presidente do PTB.
Na sexta, JB postou em seu Twitter que “Edvan Amorim disse q sou político ultrapassado. Quero ser ultrapassado, mas não quero ser trapaceiro, com condenação na Justiça como ele. Edvan Amorim possui uma sentença que o condena a sete anos de cadeia, no caso do Banestado, do Paraná. André Moura e Edvan Amorim, ambos condenados pela Justiça. Eduardo Amorim, diga-me com quem andas e te direi quem és”.
Veja as certidões enviadas ao Blog do Joedson Telles pela assessoria jurídica de Edivan Amorim nas imagens publicadas logo abaixo (clique nas fotos para ampliar).


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Atualizado por David Leite em 18/05/2013 às 18h50.
(*) Texto original pode ser acesso em http://joedsontelles.com.br/.
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JACKSON BARRETO ABANDONA O VELHO ARMÁRIO
E RESOLVE POSAR DE VESTAL DA HONESTIDADE
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Era um tempo doce aquele no qual Jackson Barreto mandava cortar árvores nas ruas e calçadas de Aracaju e transportava os galhos até Deus sabe onde. Foi quando alguém afeito aos números estranhou a quantidade de carregos e o valor pago pela Prefeitura de Aracaju pelo serviço. O Tribunal de Contas de Sergipe fez a soma e concluiu que se fosse possível por um caminhão atrás do outro daria para chegar a São Paulo, tamanha havia sido a ânsia podadora do então prefeito.
Também por este motivo naturalmente, o vice-governador de Sergipe acabou cassado da Prefeitura de Aracaju em 1988 numa trama urdida por Antônio Carlos Valadares e o deputado Marcelo Déda. A acusação? Meter a mão nos cofres públicos. Esse é o Jackson Barreto bastante conhecido dos sergipanos, e para quem o humorístico CQC da Rede Bandeirantes de Televisão reservou o troféu (jamais entregue) de Segundo Maior Ficha Suja do Brasil.
Jackson Barreto tem estranhas manias. A que mais lhe ouriça uma antiga tara “erótica” pode até ser colecionar em profusão processos por peculato e improbidade administrativa. Mas a mania que faz dele um dos maiores ícones da política de Sergipe é saber como ninguém xingar os adversários, com aquela voz rouca e trespassada de trejeitos.
A lista de desafetos é grande e atende a todos os matizes ideológicos: Antônio Carlos Valadares matou sua genitora de desgosto; o “ditador da Rede Cabaú” Albano Franco era “pior que ladrão de galinhas”; João Alves Filho foi o “João do Pulo”, o “João do Trigo”, o “João do ouro roubado de Serra Pelada”, o “João da loteria dos Anões do Orçamento”, o “João Navalha”; a senadora Maria do Carmo a “deportadora de mendigos” e a “madrasta dos pobres”...
Dizem que Jackson Barreto vai concorrer mais uma vez ao cargo de governador de Sergipe – em 1994 perdeu para Albano Franco. Dependesse de suas tétricas investidas para sentar na cadeira de Marcelo Déda, já comandaria os cofres estaduais desde o ano passado.
A ânsia de poder do vice forçou o afastamento remunerado de dois secretários indicados por ele e a criação de um certo “Núcleo de Governabilidade”, através do qual o PT tenta manter (sem sucesso) o controle da máquina. Familiares do governador e petistas históricos já não escodem a ojeriza a Jackson Barreto, apelidado pelos vermelhos de “papa-defunto”.
Até a semana passada Jackson Barreto mantinha-se no guarda-roupa (a pedido de Marcelo Déda) para não atrapalhar a aprovação do Proinveste. Saiu desse meio naftalino somente para apresentar-se na TV ao lado de Dilma Rousseff. O “instinto animal” entretanto, insiste em impedi-lo de tagarelar, sobretudo – e nisso ele tem razão – quando lhe citam o nome.
Provocado pela plateia do Cabaré de Quinta ontem, o presidente do PTB Edivan Amorim definiu JB como um “político ultrapassado”. Foi o bastante para hoje, pelo Twitter, o vice lançar a língua com volúpia: “Quero ser ultrapassado, mas não quero ser trapaceiro com condenação na Justiça, como ele (Edivan Amorim), que possui uma sentença que o condena a sete anos de cadeia, no caso do Banestado, do Paraná”.
Fui ouvir Edivan Amorim para saber que história é essa de condenação! Bem humorado, disse que Jackson Barreto anda ranzinza porque se “reconhece” na afirmação. Disse o danado: “Até cair eletrocutado no processo de privatização da Energipe por Albano Franco, a quem tratava com adjetivos toscos, ele era um cara bem gozado. Muita gente ria e achava graça das chacotas que ele fazia dos adversários. Eu, particularmente, sempre achei muita fechação. Mas com o tempo, Jackson Barreto acabou sofrendo seguidas derrotas. Quis ser senador, não foi eleito. Buscou levantar o PMDB, e tudo que conseguiu foi meia dúzia de prefeituras. Tentou em 2010 eleger um aliado próximo deputado estadual, mas o cabra amargou uma segunda suplência. Agora quer porque quer antecipar a posse da chave do cofre estadual e só ouve não como resposta. Essas coisas exasperam a qualquer um.”
Edivan Amorim disse que além de ultrapassado, Jackson Barreto também se faz de desinformado: “Ele sabe muito bem que há cinco anos fui absolvido por unanimidade pelo Superior Tribunal de Justiça no processo do Banestado. Aliás, o banco foi obrigado a me pagar uma indenização por danos morais, não apenas pelo desgaste sofrido no processo, mas também pelo fato de a denúncia vazia ter prejudicado um negócio que empregava centenas de trabalhadores. Ao contrário de Jackson Barreto, eu sou ficha limpa. Enquanto ele responde a uma carrada de processos judiciais, a maioria deles por atos de desonestidade e esperteza com o dinheiro público, eu não tenho nenhum.”
O camarada Jackson Barreto diz que Edivan Amorim é trapaceiro. O presidente do PTB responde dizendo que não se pode levar Jackson Barreto a sério porque ele é “manhoso”. Fui ao dicionário para ver o que a palavra manhoso diz na essência semântica e leio: 1. Que tem manhas; 2. Malicioso, astuto, finório; 3. Hábil, destro; 4. Feito com manha. 5. [Informal] Que é de qualidade duvidosa. Santa inocência... Eu que por toda a minha vida imaginei Jackson Barreto apenas como um descarado esperto, vejo que ele é muito mais do que isso. É, de fato, um descarado espertamente manhoso. Enfim, ganhei o dia...

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Por David Leite | 17/05/2013 às 22h50
Fonte foto (clique para ampliar) e ranking: Revista IstoÉ de 26/02/2009.

Veja o quadro da perseguição do CQC ao então deputado federal Jackson Barreto para entregar-lhe um presentinho:
http://www.youtube.com/watch?v=kr1GmF_NyKI.

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