TEXTO CENSURADO POR VALADARES NO FACEBOOK
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ALÉM DE EGOÍSTA E IMPOSITOR, O SENADOR VALADARES 
É AUTOR DE OBRAS PÚBLICAS SEM QUALQUER SERVENTIA
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Por David Leite | 14/05/2013 às 19h40 | Política
Dona Caçula – que Deus a tenha numa suíte celestial pois merecedora – costumava dizer: “Quem bate esquece, já quem apanha...” Minha querida vovó era mulher decidida, jamais teve duas palavras! Na manhã desta terça-feira Antônio Carlos Valadares postou em seu Twitter: “A tropa de choque do senador Eduardo Amorim mais uma vez faz programa (de rádio) dedicado a mim. Perde tempo. Sergipe conhece quem trabalha sem blablablá”. Trata-se do choramingar de um cabra acostumado a bater mas acometido do conveniente esquecimento...
A irritação do senador advém do “Jornal da Ilha”, transmitido hoje direto de Propriá. O programa tratou somente sobre a situação dos parceleiros e as condições dos perímetros irrigados controlados pela Codevasf no baixo São Francisco, autarquia federal transformada por Antônio Carlos Valadares em cabide de emprego para abrigar cabos eleitorais e cupinchas desde 2003. É fato que o senador não aguenta ouvir críticas! Não há surpresa, posto que o parlamentar é arrimo da Ditadura Militar (1964) – um político antigo, afeito apenas à bajulação...
Queixas pela danosa falta de políticas eficientes para resolver questões simples vividas pelos parceleiros do baixo São Francisco podem até apoquentar o juízo de Antônio Carlos Valadares. Mas a principal razão para a cobra dos olhos verdes andar tão mal humorado e de cabeça fervendo – por causa disso, dizem as más línguas, nem implante capilar se segura mais no seu cocuruto – é a iminente possibilidade de os irmãos Amorim garantirem em Sergipe um palanque vitorioso para o candidato do PSB Eduardo Campos à Presidência da República.

UM POUCO DE HISTÓRIA, POIS RECORDAR É VIVER – Comovente tem sido observar a tentativa de um político do atraso para esconder seu passado desgraçado – é como se os demais da espécie não tivessem vívida memória... Alguém já ouviu Antônio Carlos Valadares orgulhando-se de ter condecorado o ex-ditador Ernesto Geisel (1974 a 1979)? Enquanto Sergipe ainda se ressentia da chibata da repressão, o lambe-botas da Ditadura Militar condecorava o nauseabundo general com a medalha da Ordem do Mérito Aperipê (1986)...
Quem haverá de esquecer as obras sem serventia feitas por Antônio Carlos Valadares? O desperdício de dinheiro público e a comprovada incompetência na gestão da Codevasf hoje são só uma marca do senador e sua trupe. Como governador de Sergipe (1985 a 1990) foi um construtor desastroso. A brilhante ideia de transferir da Rua da Frente para o bairro Industrial o atracadouro das balsas é o exemplo mais hilário. Sem promover o necessário estudo das marés e do calado, não deu outra: uma embarcação encalhou no dia da pomposa inauguração da obra. Risos na geral... 
No ramo marítimo aliás, Antônio Carlos Valadares superou-se quando fez a compra de um embarcação (um portentoso catamarã) com capacidade para 250 pessoas – à época ainda não havia a ponte ligando Aracaju à Barra dos Coqueiros, e a Atalaia Nova era ponto de atração turística. A lancha foi batizada de Nossa Senhora Santana, padroeira da sua terra natal Simão Dias. Numa dessas idas e vindas, o venerando naufragou ao profundo do rio Sergipe, onde repousa até os gloriosos dias de hoje. 
Duas outras aloprações feitas por Antônio Carlos Valadares merecem referência: a passarela erguida nas cercanias do Terminal Rodoviário José Rollemberg Leite, que a população recusou usar sob o argumento de ter sido construída longe demais e cujo fim foi servir de sanitário público até ser derrubada anos depois por um caminhão; e um conjunto habitacional jamais acabado na entrada de Estância. Apelidado de “Pombal” – as casas eram pequenas e juntas demais –, dele agora só restam ruínas e os estancianos costumam lembrar que se uma pessoa de 1,70 metro de altura deitasse na casa, acabava por deixar os pés do lado de fora... 
As peripécias do político Antônio Carlos Valadares são tantas e tamanhas... mas uma única diz muito sobre o prosaico caráter do senador. A chiadeira de agora – pelas críticas feitas a ele próprio por prejudicar os parceleiros; e aos asseclas nomeados por ele que em uma década nada fizeram em benefício da população do baixo São Francisco – teriam outro tratamento, estivesse ele no poder. Quando era governador, Antônio Carlos Valadares usava “pistoleiros intelectuais” para atacar desafetos e tentou calar vozes contrárias, como o combativo semanário Cinform.
Antônio Carlos Valadares é um político que não pode ser levado a sério. Inventa perseguições para parecer junto ao respeitável público como bom moço, mas todos sabem que partiu dele a ordem para descer o sarrafo e alojar em camburões servidores públicos grevistas. Faz de conta que se preocupa com os parceleiros de Propriá, no entanto alimenta a discórdia ao impedir que o presidente da Codevasf venha ver a miséria da gestão do PSB. Diletante do arbítrio, reclama de quem o critica pela incompetência, ataca, desmoraliza e até xinga os desafetos.
Esse é o egocêntrico, impositor, delirante e prosaico Antônio Carlos Valadares, um político sem... bem, deixa para lá!
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Na foto, uma biografia resumida do senador Antônio Carlos Valadares (clique na imagem para ampliar).

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