Terça-feira,
04 de Dezembro de 2012 | 12h10 | Gestão pública
A
arte de saber escolher bons auxiliares
(Mensagem aos novos
prefeitos sobre a juventude)
Por
David Leite
Saber escolher equipes é fundamental a quem lidera processos, sobretudo quando estes envolvem a gestão pública (governos, prefeituras, secretarias, órgãos etc) – elementar à vida em sociedade.
Saber escolher equipes é fundamental a quem lidera processos, sobretudo quando estes envolvem a gestão pública (governos, prefeituras, secretarias, órgãos etc) – elementar à vida em sociedade.
Sem
firulas, vamos ao que interessa: Henry Ford, empreendedor
estadunidense, fundador da Ford Motor Company e o primeiro a aplicar
a montagem em série para produzir, em massa, automóveis a um preço
acessível, dizia que o "gerente profissional – no nosso caso,
o prefeito – não tem que gostar de gente (dos que com ele
trabalham), não tem que tentar mudar as pessoas (seu jeito de ser),
tem é de mobilizar o melhor das pessoas para obter resultados".
Outro
empreendedor brilhante, Steve Jobs, fundador da Apple Computers e da
empresa de animação Pixar, famosa pelos filmes da série Toy Story,
dizia: "Algumas pessoas acham que foco significa dizer sim para a
coisa em que irá se focar. Mas não é nada disso. Significa dizer
não às centenas de outras boas ideias que existem. Você precisa
selecionar cuidadosamente."
Dois
conceitos, duas formas de abordagem ligadas pelo mesmo interesse:
acertar. E onde entra a turma que faz tal engrenagem funcionar? Basta
olhar para o lado e ver o imenso número de jovens dedicados,
estudiosos, atualmente afastados da vida pública por conta do caráter
nada meritório que hoje a permeia (corrupção) e também pela falta
de oportunidade de exibir seus talentos.
Henry
Ford e Steve Jobs deram vazão ao espírito empreendedor e criativo
de um número incalculável de jovens engenheiros, designers e
devotados criativos (publicitários, relações públicas, vendedores
etc). Em Sergipe, um político profissional deu crédito aos jovens
de sua época, de forma desabrida: José Rollemberg Leite.
Governador
de Sergipe em duas ocasiões (de 1947 a 1951 e de 1975 a 1979), ao
assumir o governo pela segunda vez, José Rollemberg Leite ousou.
Levou à Prefeitura de Aracaju – nequele período, cabia ao governador
indicar o prefeito da capital – um jovem engenheiro de apenas 34
anos de idade, que arrebanhou ao seu lado um time de outros jovens
espetaculares, dispostos a promover inovação criativa, a fazer uma
verdadeira "revolução" – a modernidade os perseguia...
Não é preciso dizer que aqueles jovens – tendo à frente o engenheiro João Alves Filho – idealistas e dotados de espírito público tomaram gosto pela coisa e agora, tanto o Negão quanto o mais destacado dos seus auxiliares daquele primeiro instante, o também engenheiro José Carlos Machado, estão de volta ao comando da Prefeitura de Aracaju. Eles tiveram suas chances. Agora terão a oportunidade ímpar de retribuir, apostando na juventude...
Os exemplos dados servem para todos os novos prefeitos: aproveitar o talento dos jovens (empreendedores e criativos) de Sergipe pode ser o grande diferencial das novas gestões que se iniciam em janeiro de 2013. Gente sem os vícios do poder, com gás e sangue novos, com ideias boas – e alguns até com visões excepcionais. Basta saber escolher bem, tirar de cada um melhor de si sem querer moldar a personalidade de ninguém, focar no que é de fato fundamental e ousar – ousar muito!
É
isso que tem faltado à gestão das nossas prefeituras faz tempo...
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