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Sexta-feira, 01/07/2011 | 11h15
As dolorosas verdades de Jackson Barreto
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Afora a ficha corrida policial quilométrica, cujos processos descansam nos largos escaninhos do Supremo Tribunal Federal graças à excrescência denominada “foro privilegiado”, o vice-governador de Sergipe, Jackson Barreto, é um político inteligente e experimentado, que não deveria, sob qualquer hipótese, ter a opinião desprezada.
Numa recente reunião-almoço, o governador Marcelo Déda, acompanhado do prefeito de Aracaju Edvaldo Nogueira e do vice-prefeito Sílvio Santos, discutiu acerca de como manter o mando da Capital. A amigos próximos –e em seguida, através de porta-vozes lotados na imprensa– JB queixou-se de não ter sido convidado a dizer o que pensa sobre que política adotar no seu reduto.
Por conta do desprezo, o vice-governador, que nunca foi do tipo contido, diga-se, tratou de expor via Twitter suas impressões sobre o atual momento vivido pelos governistas: “Precisamos de unidade, perseverança, vinculação popular e humildade. Antes de discutir candidaturas, precisamos discutir como fazer para reconquistar o nosso povão na periferia de Aracaju. Temos que botar o pé na estrada (...), peregrinando ao lado dos mais pobres.”
Na mosca... Jackson Barreto, esperto como é, já sacou que o discurso fácil não mais engana, havendo sério risco político. A população quer ações para melhorar a qualidade de vida, que existe somente na propaganda produzida pelo Governo de Sergipe e Prefeitura de Aracaju. Ouvir o reclamo dos pobres, de acordo com JB, seria “nossa missão, se quisermos ganhar a eleição”.
Convenhamos, poucos políticos entendem melhor a alma do povo de Aracaju quanto Jackson Barreto. Ao deixar de ouvi-lo, com sua larga experiência e calejo eleitoral, o orgulhoso Marcelo Déda pode ser surpreendido –como o foi, aliás, com as muitas vaias a ele dedicadas no Forró-Caju 2011. Sem o tagarela, mas dotado de frieza e calculismo, o fim pode ser dolorosamente triste...

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