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Terça-feira, 29 de Junho de 2010 – 18h05
  Rapidinhas da Terça-feira 
Uma mão porcamente suja, suja muitas outras
O governador Marcelo Deda andou através do Twitter ironizando os percalços enfrentados pela oposição para arregimentar vices às chapas majoritária –DEMos e PSDBistas não se acertaram em Brasília nem em Sergipe. Trata-se de violência política que mais tarde ser-lhe-á cobrada com juros.
Não vai ser fácil aos governistas, sobretudo ao governador, explicar a escolha do deputado federal Jackson Barreto como candidato a vice. Tudo por conta do fatídico dia 5/05/1988, quando Marcelo Deda teve de fugir pela garagem da Assembleia Legislativa para evitar ser linchado.
Partidários de Jackson Barreto, alguns com paus, outros com armas de fabricação caseira, ameaçavam invadir a Alese e vingar-se dos “traidores do povo”, como eram chamados os deputados do PT que haviam votado pela cassação do prefeito, acusado de meter a mão no dinheiro público.
Desse triste imbróglio ainda carecem de julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal) as ações penais 357, 372, 376, 377 e 391 (com acusações de crimes contra a administração pública, peculato e desvio de verbas em obras públicas).
A maior parte dos políticos com problemas com a Lei Ficha Limpa ainda não teve os processos julgados no STF, caso de Jackson Barreto. Para alguns especialista em Direito Eleitoral, a depender da alegação, o TSE poderá julgar procedentes ações de cassação de registro e o deputado poderá, caso seja esta a decisão, ter a candidatura a vice-governador impugnada.
Imaginem se isso acontecer... Como ficará Marcelo Deda ante o eleitorado? Como explicará ter escolhido um notório ficha suja para seu vice? Twittará ele a dizer que tudo não passa de intriga da oposição, por ser Jackson Barreto sujeito probo e justo? Vai rir ou chorar?
Por tudo isso, talvez tenha sido extemporânea a ironia do governador Marcelo Deda, fustigando a oposição por conta da querela para escolher vices. O problema dele poderá ser, dentro de pouca semanas, infinitamente maior. E aí, quem sabe, o ditado a aludir “quem rir por último, rir melhor” possa vir a ser abusivamente relembrado!
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José Eduardo Dutra, o suplente de peso (sem alça nem rodinhas)
Presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, José Eduardo Dutra é “o cara” escolhido pelo senador Antônio Carlos Valadares para ser seu primeiro suplente. Escolha apropriada, porquanto trata-se de persona bem quisto, sobretudo pelos próprios correligionários, que carinhosamente o alcunham como “Hitler”, “nazista” e “fascista”.
O geólogo José Eduardo Dutra nunca foi afeito à profissão. Tão logo diplomou-se, tratou de viver a boa vida de sindicalista, afinal não era bobo: por que trabalhar? Ainda estudante, desprezava a matemática –e continua a desprezar até hoje, como pode ver o respeitável público por estas postagens no Twitter, comentadas pelo jornalista Augusto Nunes do portal http://www.veja.abril.com.br/.
José Eduardo de Barros Dutra nasceu no Rio de Janeiro a 11 de abril de 1957. Reside em Sergipe desde garoto e fez carreira política no estado, de onde saiu eleito senador (1994) mesmo sendo um ilustre desconhecido do eleitor... indo à reboque de Antônio Carlos Valadares.
Se a dupla joga em parelha há tempos, Valadares escolher o “queridinho” do PT não causa surpresa! Talvez o tenha feito até para agradar os próceres da companheirada ou quem sabe para mostrar publicamente que está muito satisfeito com a liderança de Marcelo Deda. Somente isso justifica ter escolhido um primeiro suplente de tamanho peso (sem alça ou rodinhas)...
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Enfim, quem está mentindo?
Um twitteito definiu a Zona de Expansão de Aracaju como “Zona da Lamação”. Não é para menos. Sempre que chove, a área é tomada pelas águas de lagoas afluentes, cujos territórios foram invadidos sem nenhum critério ambiental.
Para evitar os constantes alagamentos, a prefeitura concebeu duas obras. Mas quando os moradores iriam aplaudir, receberam a notícia de a verba haver sido negada pelo Ministério das Cidades.
A procuradora federal Lívia Nascimento Tinoco, com esmerado cuidado para evitar culpabilizar nominalmente o prefeito Edvaldo Nogueira, disse que a prefeitura teria perdido o prazo para dar entrada no projeto de macrodrenagem e que os projetos dos canais teriam apresentado problemas e necessitariam de readequação.
Indignado, o prefeito comunista de boutique discordou da afirmação do MPF. Segundo ele, todos os projetos estão corretos e os prazos cumpridos. A culpa seria do Ministério das Cidades.
Então, sobra a questão: afinal, quem fala a verdade?

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