AS PÉSSIMAS PRÁTICAS DE GOVERNADORES PETISTAS Editorial da edição de ontem do jornal paulista Valor Econômico ressaltava o fato de "o PT haver perdido os mecanismos de controle sobre os seus filiados, ou começou a achar normal o que antes, se não era considerado ilegal, dentro do partido era tido como imoral: a nomeação de parentes". O jornal cita o caso do ex-governador José Orcírio Miranda dos Santos, o Zéca do PT. Em oito anos de mandato, viveu "sob acusações - provadas pelo Diário Oficial - de contratação de parentes e outras coisas mais e terminou com a "aceitação" de uma aposentadoria, aprovada pela Assembléia no apagar das luzes de seu governo". Comenta ainda sobre a atual governadora do Pará, Ana Júlia Carepa: "Presenteou não apenas a família com cargos no governo, mas nomeou como assessoras sua cabeleireira e sua esteticista. Não pegou bem. As duas foram retiradas do decreto de nomeação. Mas não houve nenhum constrangimento na contratação do namorado, do ex-marido, do irmão do ex-marido, da ex-mulher do ex-cunhado e de seus irmãos Luiz Roberto Vasconcelos Carepa e José Otávio de Vasconcelos Carepa. Segundo o consultor-geral do governo, "ex-marido, ex-cunhado e ex-mulher de ex-cunhado não são parentes". Namorado também não é parente. Irmão é, mas os dois foram contratados por secretários de governo, e por isso a governadora não põe na sua cota de nepotismo". Para o VE, "os exageros da governadora, que tão cedo se adaptou aos usos e costumes da política paraense, sequer mereceram atenção da direção nacional do PT - assim como não se percebeu a desaprovação da direção nacional a nenhum desmando do ex-governador Zéca do PT. Afinal, essas duas omissões não ficam devendo em nada ao comportamento do partido quando viu parte de sua direção nacional envolvida no escândalo do mensalão. Para um partido que, durante décadas, tentou afirmar-se junto à opinião pública como o único capaz de resistir às tentações do poder, chega a ser patética a omissão dedicada a esses exageros dos petistas que conquistaram posições de destaque na vida nacional". Respeitável público, ao se omitir perante casos escandalosos como esses, o PT apenas colabora para referendar a máxima que "todos os políticos são iguais" - inclusive quem não sucumbiu ao oportunismo ou à falta de ética. O PT apenas faz hoje tudo o que condenava ontem. E pior, sem remorsos...

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